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Quedo-me espantado, maravilhado, atingido pelo amor, pela humildade de Deus, do Deus em que acredito, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
De facto, tantas vezes que nós nos consideramos importantes, superiores, e, por isso mesmo, tantas vezes colocamos de lado outros que julgamos inferiores pelas mais diversas razões, pela cor da pele, pela vida social, pela riqueza ou pobreza, pelo poder, seja ele qual for, enfim, por razões que não são razão nenhuma.
E Deus, o Todo Poderoso, quis-Se fazer igual a nós em tudo, excepto no pecado.
Quis nascer de uma mulher igual a nós e quis nascer como qualquer um de nós, até mais pobremente que a maioria de todos nós.
Claro que Maria, Mãe de Jesus, só podia ser também Ela, um exemplo perfeito de humildade, de escuta, de entrega à vontade de Deus.
Maria é toda Ela um Sim, feito vida de entrega a Deus.
Ah, se eu, se todos nós quiséssemos ser um pouco “Marias”, ou seja, se humildemente recebêssemos Jesus e O mostrássemos a todos com humildade e entrega total.
Se também nós, sem barreiras, nem medos, disséssemos sim a Deus e procurássemos apenas a Sua vontade.
Se cada um de nós fosse Cristo para o outro, independentemente da sua condição, fosse ela qual fosse.
Como podemos nós dizer que amamos e não sermos humildes?
O amor, o verdadeiro amor, nunca pode ser orgulhoso, porque se o for não é amor, mas domínio e arrogância.
Mesmo perante aqueles que erram, devemos sempre perguntar-nos se não erramos nós também tantas vezes.
E, permitam-me uma confissão: É tão “fácil” para mim pensar e escrever isto que escrevi, mas é tão difícil, para mim, colocar em prática o que penso e escrevo.
Hoje na Solenidade da Anunciação do Senhor, peço ao Espírito Santo que não só me ensine e ajude a dizer sim à Sua vontade, mas também a colocar em prática esse sim no meu dia a dia com todos sem excepção.
Marinha Grande, 8 de Abril de 2024
Joaquim Mexia Alves
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