quarta-feira, 28 de julho de 2021

HOMEM DE POUCA FÉ!

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Elevo uma prece ao céu
na confiança
de que a fé em mim vivida
é a absoluta esperança
que anima a minha vida.

E que peço eu ao Senhor?

Que me acolha
e me conduza,
que me proteja
e me guarde,
que me reduza,
enfim,
à mais ínfima parte
do meu nada,
para que seja Ele,
e apenas Ele,
o Tudo em mim.

Estendo a mão para Ele,
e grito com esperança:
Salva-me, Senhor,
de todo o mal,
de mim,
até!

E Ele agarra-me a mão,
aperta-me junto a Si,
abre-me o Seu coração,
e diz-me com infinita ternura:
Não temas,
homem de pouca fé!



Monte Real, 28 de Julho de 2021
Joaquim Mexia Alves

segunda-feira, 26 de julho de 2021

DIA DO MEU PAI

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Neste dia entra em mim uma saudade imensa.

O meu pai faria hoje 122 anos.

Mas é curiosamente uma saudade quase egoísta, pois se a sua ausência fisica me é dolorosa, (é no entanto mitigada pela certeza profunda no meu coração que está junto de Deus), o que mais me faz falta é ouvi-lo, é aprender com ele, é senti-lo nas lições de vida que me/nos dava constantemente.

Quanto mais me lembro do que fazia, das suas atitudes, da sua honestidade levada ao extremo, da sua ética, do seu servir, da sua fé, inquebrantavelmente forte e humilde, da sua generosidade escondida, do seu inenarrável amor pela família, mais o quero imitar, pobre de mim, sem nunca o conseguir.

Mesmo quando estive longe, por terras de África, na guerra ou a trabalhar, sempre senti a sua presença junto de mim como a dizer-me: és meu filho e eu tenho orgulho em ti.

Era “desajeitado” nas suas expressões de amor, mas uma festa dele, (que mais parecia uma palmada), com aquelas suas enormes mãos, era uma ternura inexplicável, que me levava a querer refugiar-me nos seus braços e dali não sair.

Obrigado, meu Deus, pelo pai que me deste e que ainda hoje continua a marcar a minha vida e a servir-me de referência para viver a família, para viver a dignidade do ser, para viver a fé que dá sentido à minha vida.



Monte Real, 26 de Julho de 2021
Joaquim Mexia Alves

terça-feira, 20 de julho de 2021

MOMENTO

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Abro a Bíblia e os meus olhos "caem" neste versículo:
«Coisa boa é o sal; mas, se perder o seu sabor, com que há-de ele temperar-se?» Lc 14, 34


E ao meu coração vem esta frase:
«Coisa boa é a vida; mas, se perder o seu sentido, como há-de ela viver?»


E depois, reflicto que a vida só tem sentido em Deus e vivida no e para o Seu amor.

Então, se me falta Deus e o Seu amor, falta-me a vida!

 

Monte Real, 20 de Julho de 2021
Joaquim Mexia Alves