domingo, 26 de junho de 2016

«Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus» Lc 9, 62


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Deito as mãos ao arado,
e não olho para trás.

Quero,
com a tua graça, Senhor,
abrir sulcos na terra,
e neles semear a paz,
para que nasça o amor.

Para isso,
também me faço semente,
em que Tu possas habitar,
para que deitado à terra,
por onde o arado passar,
o Teu fruto em mim cresça,
e eu o saiba testemunhar.

Deito as mãos ao arado,
e não olho para trás.

És Tu quem me guias,
Senhor,
se eu me deixar guiar!


Marinha Grande, 26 de Junho de 2016
Joaquim Mexia Alves
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domingo, 12 de junho de 2016

«mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama»

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«mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» Lc 7, 47



Quando sinto que me devo prostrar diante de Deus, colocar a minha cara sobre a terra, reconhecer-me pecador, pedindo perdão, não me sinto de modo nenhum humilhado, desprezado ou abandonado, mas sim, um homem feliz, cheio de confiança e esperança, porque sei que Deus me ama, olha para mim, toma-me pela mão, levanta-me do chão e diz-me ao coração:
Porque muito queres amar, muito conhecerás o amor, e assim, melhor te reconheces pecador, porque o pecado é sempre “desamor”, e Eu abomino o pecado, mas amo o pecador!


Marinha Grande, 12 de Junho de 2016
Joaquim Mexia Alves
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

COMPARAR PAPAS?

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Por vezes alguns textos ou intervenções sobre o Papa Francisco, parecem sub-repticiamente e às vezes até declaradamente, querer fazer comparações com outros Papas, sobretudo os seus antecessores mais directos.

Passe a desproporção da comparação, faz-me lembrar um pouco o “endeusamento” da Mãe do Céu, face ao seu Filho Jesus Cristo, ao próprio Deus, que alguns "praticam".
Parece-me sempre ouvir, (no coração, claro), a Virgem Maria, protestando, indignando-se, com tal modo de a venerar, pois Ela em tudo apenas quer apontar sempre para Cristo.

Confusa a comparação com as duas situações?

Talvez, mas onde quero chegar é que se alguém perguntasse ao Papa Francisco se tudo o que ele faz e diz é para ser “melhor” ou até para “criticar” os seus antecessores, tenho a certeza, a absoluta convicção, de que a sua indignação seria total, e ele diria sem margem para dúvidas que é apenas e só um continuador, no tempo, (outro tempo), e no espaço, (outro espaço), de tudo o que os «Pedros» ao longo do tempo foram fazendo na e em Igreja, iluminados pelo Espírito Santo.

Que coisa tão comezinha nos atinge na nossa humanidade, o querer comparar o que não é comparável, o querer colocar em confronto pessoas que afinal apenas têm e vivem o mesmo extraordinário objectivo: Ser de Cristo, para com Cristo, em Cristo e para Cristo, “mandatados” por Cristo, iluminados pelo Espírito Santo, cheios do infinito amor do Pai, serem Igreja de Cristo.

Todo o seu objectivo e toda a sua acção é continuar, é unir, é comungar, é ser realmente Igreja, e toda e qualquer interpretação que se queira dar das suas palavras, das suas acções, agora e anteriormente, que queira fazer comparações com o antes e o agora, que seja vista como crítica ou posição contrária ao “antes”, que divida, enfim, em vez de unir, é realmente uma “ofensa” à sua entrega em Igreja a Deus.

Procuremos antes ouvir, aprender, reflectir, discernir e seguir o que Francisco nos diz, porque mesmo sendo ele a dizê-lo, é sempre Pedro, Paulo, João Paulo, Bento e todos os outros Sucessores de Pedro que o dizem, para glória de Deus e salvação dos homens.


Marinha Grande, 2 de Junho de 2016
Joaquim Mexia Alves
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