sábado, 30 de maio de 2020

UM “RECOMEÇO”


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Recomeçam hoje as Missas com a participação dos fiéis. Graças a Deus!

Embora condicionadas por força da Pandemia, vamos esperar que tudo se normalize e brevemente nos possamos juntar como sempre para celebrar o nosso Deus.
Talvez seja importante reflectir em como “afinal” a Missa é importante e como Ela nos faz falta e aproveitar para rezar por aqueles que pelo mundo fora vivem diária e seguidamente aquilo que nós agora vivemos, ou seja a ausência da Eucaristia, seja pela força das armas, seja porque razão for, de ódio ou de incompreensão.

Mas mesmo aqui entre nós, julgo que para além de muito mais será preciso fazer grande “uso” de duas grandes virtudes: A obediência e a paciência.

Sabemos que o número de presentes terá de ser limitado e que terá de haver algumas regras a serem seguidas.
Haverá equipas, (pelo menos na nossa paróquia), para ajudar e dirigir as pessoas aos seus lugares dando as indicações necessárias.

Ora é importante perceber que essas pessoas, essas irmãs e irmãos, estão a cumprir ordens e a velar por nós e não têm portanto culpa do Covid ou das condições que a Igreja determinou.
É preciso lembrarmo-nos também que a igreja/edifício é lugar sagrado onde o respeito deve ser mantido e como tal não é local de discussões nem de irritações.

Por isso, por favor, não discutamos e obedeçamos a quem está a fazer o trabalho de organização, que com o seu próprio esforço, (se não estivessem lá voluntariamente a Missa não poderia acontecer nas circunstâncias em que vivemos agora), ali dedica o seu serviço a Deus, servindo os outros.

As equipas são forçosamente pequenas, por isso é preciso “usar e abusar” da nossa paciência, (aproveitemos para rezar o terço), enquanto esperamos a nossa vez de entrar e de comungar.

A estas virtudes, obediência e paciência, é preciso juntar outra bem importante e que é a humildade, sobretudo para que não entremos logo com vontade de criticar e de dizer mal de tudo e de todos.

Lembremo-nos que o Jesus que levarmos no coração a seguir à Eucaristia é o Jesus que devemos testemunhar aos outros cá fora, ou seja, um Jesus verdadeiro que sofreu a Paixão e morreu por nós, e não um “jesus” que vai criticar e dizer mal de tudo o que se passou.

Temos ideias planos que nos parecem ser melhores do que aqueles que estão a ser executados?
Óptimo!
Vamos escrevê-los e entregá-los de modo a que cheguem aos nossos sacerdotes e equipas e assim possam reflectir na possibilidade de mudar para melhor o “sistema” que vai ser usado, mas lembremo-nos sempre, que os membros das equipas naquele momento nada podem mudar, nem têm tempo para nos ouvir.

Se devia haver Missas como antes, com toda a gente, ou isto ou aquilo, não é neste momento discussão para aqui chamada neste lugar, nem eu, respeitando a opinião dos outros, a permitirei nesta minha página.

Em vez de nos deixarmos ter ideias de “como é que isto vai correr”, rezemos antes para que tudo corra bem e que Deus seja louvado, dentro ou fora da Eucaristia.

Um Santo Domingo a todos e que Deus nos abençoe, proteja e guarde.



Marinha Grande, 30 de Maio de 2020
Joaquim Mexia Alves
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quinta-feira, 21 de maio de 2020

CONFIAR EM DEUS


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O que é confiar em Deus, quanto a mim, claro, que não sou teólogo nem coisa que se pareça?

Claro que a confiança em Deus tem que residir primeiro no acreditar firme de que Deus é Deus.

Se confio em Deus também tenho que confiar que nada Lhe é impossível.
Se confio em Deus também confio no Seu amor e que Ele me ama com o Seu amor infinito e quer sempre o meu bem.
Se confio em Deus também confio que Ele me criou em liberdade e que essa liberdade dá os frutos correspondentes às minhas escolhas pessoais.
Se confio em Deus sei obviamente que o ser humano é frágil, não só espiritualmente, como psicologicamente e fisicamente, mas confio que seja o que for que eu tenha de atravessar, Ele está comigo e acompanha-me em todos os momentos.

Mas falando da confiança em termos, digamos, simplesmente humanos, muitas vezes a minha confiança em Deus "resume-se" a acreditar que Ele me dará o que eu Lhe peço, seja saúde, seja bens materiais.

Mas então se eu confio em Deus, no Seu amor infinito por mim e que Ele só quer o meu bem, como posso eu duvidar dessa confiança se não obtiver o que peço?

Afinal quem sabe o que é melhor para mim? Eu ou Deus?

Quando somos crianças e pedimos coisas aos nossos pais, todas elas nos parecem lógicas e, no entanto, há coisas que eles nunca nos dão a pensar no nosso próprio bem!
Ora se eles o sabem, quanto mais Deus há-de saber melhor o que realmente eu necessito?

Claro que esta conversa escrita poderia não ter fim, mas para mim, e repito para mim, que não sou ninguém, a minha confiança em Deus reside no facto de Ele ser Deus, me amar com amor infinito e apenas querer o meu bem, por isso a minha confiança em Deus tem que ser ou tenta ser um Sim como o  de Maria.

Senhor, que queres de mim?
Amo-Te com todas as minhas forças por isso faça-se sempre a Tua vontade em mim, mesmo que eu não a entenda!



Marinha Grande 20 de Maio de 2020
Joaquim Mexia Alves
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quarta-feira, 13 de maio de 2020

CARTA DA MÃE DO ROSÁRIO AO SEU FILHO JESUS

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Meu querido e adorado Filho

Estavas preocupado que a Tua Mãe ficasse sozinha na Cova da Iria, (sem os filhos que lhe deste aos pés da Cruz), local onde me mandaste aparecer para avisar da oração, da penitência, do arrependimento, da reconciliação, que levam à paz, à tranquilidade, ao amor, ao perdão, e assim todos pudessem caminhar a esperança verdadeira da salvação.

Mas sabes, meu Filho, eu vi todo aquele enorme recinto vazio, “apenas” cheio de amor por Ti, e perguntei-me onde estariam todos.

Depois percebi!
Os homens não mandam em Deus, que lhes deu toda a liberdade, menos, claro, a liberdade que quererem mandar nos Teus planos.

Sabes então, meu Jesus, que percebi isso imediatamente quando vi vir para junto de mim, todos os filhos que me deste na Cruz, transformados em gotas de chuva incontáveis, que se fossem fisicamente humanos, o Santuário não conteria!

Foi a maior peregrinação de sempre, meu Filho e senti-me tão amada!

É todo esse amor que eu deposito a Teus pés, porque todo esse amor é Teu, é por Ti e para Ti.

E sabes o que cada gota de chuva me dizia aos ouvidos:
Oh Mãe, diz ao teu Filho Jesus, na unidade do Espírito Santo e no amor do Pai, que O amamos, com amor total e que Lhe damos graças pela Tua presença de Mãe junto de nós.

No fim, cantei com todos eles:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!!!


Marinha Grande 13 de maio de 2020
Joaquim Mexia Alves
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