quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

MARIA, NOSSA/MINHA MÃE 4

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Muitas vezes foi criticada a Igreja, e com Ela os católicos, pela devoção que a mesma presta à Virgem Maria, e a ligação tão íntima e pessoal que os fiéis têm e dedicam à Mãe do Céu.
Às vezes quase pretendem dizer que essa devoção, essa ligação espiritual e afectiva, seria uma “invenção” da Igreja com uns quaisquer propósitos, para os quais não se descortinam razões plausíveis.
Há até algumas seitas que por força de quererem negar essa ligação do Povo de Deus a Maria Santíssima, A desprezam e ofendem com actos inomináveis.

Mas terá sido por vontade da Igreja, ou dos católicos, que essa devoção, essa ligação tão espiritual e filial aconteceu e se desenvolveu?
Claro que não, e mais uma vez a Palavra de Deus nos vem esclarecer a verdade sobre a extraordinária dedicação da Igreja e dos católicos à Mãe de Jesus Cristo.

Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!». Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.
Jo 19, 25-27

Pelo que lemos, (sobretudo com o coração), percebemos sem margem para dúvidas, que foi por vontade de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que Maria Santíssima foi dada como Mãe a João, e João dado como filho a Maria.

Em todas as passagens da Palavra em que Jesus fala com os Apóstolos, sempre foi entendimento que aquilo que Ele lhes diz, ultrapassa o tempo, ou seja, foi para ontem, é para hoje e será para amanhã, bem como, não é apenas dirigido a eles, mas a toda a humanidade, sobretudo àqueles que acreditam e seguem a Cristo.

Porque seria então diferente esta passagem e Jesus apenas se dirigiria ao Apóstolo João?
Verdadeiramente não estava ali mais nenhum Apóstolo, portanto Ele não se poderia dirigir a todos, porque não estavam presentes, mas ao dirigir-se àquele significava, como sempre tinha feito, dirigir-se à universalidade dos Apóstolos.

Assim, quando Jesus por Sua própria vontade dá Maria como Mãe a João e o dá como filho a Maria, está a fazê-lo a e com toda a humanidade, todos os que foram criados à imagem e semelhança de Deus, crentes e não crentes, porque não tenhamos dúvidas que Maria intercede por todos, sobretudo pelos seus filhos que andam longe da Verdade.

Mas reparemos ainda que o evangelista emprega o termo discípulo para afirmar que, «E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.»
O próprio autor do Evangelho mostra-nos quem é o discípulo, os discípulos.

Discípulo é aquele, são aqueles, que acreditam que Jesus vem do Pai e enviado pelo Pai.
«…e reconheceram verdadeiramente que Eu vim de ti, e creram que Tu me enviaste.» Jo 17,8

Discípulo é aquele, são aqueles, que amam a Jesus Cristo e guardam os seus Mandamentos, a sua Palavra.
«Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos.» Jo 14,15
«Quem recebe os meus mandamentos e os observa esse é que me tem amor; e quem me tiver amor será amado por meu Pai, e Eu o amarei e hei-de manifestar-me a ele.» Jo 14,21
«Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.» Jo 14,23


Ora se o autor utiliza o termo discípulo, até por duas vezes, temos de compreender, temos de aceitar, que com isso ele quer significar que por vontade de Jesus Cristo, Maria é nossa Mãe e passa a fazer parte integrante da caminhada do discípulo, passa a fazer parte integrante das nossas vidas, pois todos nós que acreditamos, queremos ser discípulos de Cristo.

Jesus Cristo quis sem dúvida nenhuma dar-nos Maria como Mãe, como testemunho exemplar de fidelidade ao amor, à Palavra, («Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» Lc 1,38), como intercessora poderosa, como já o tinha desvendado nas Bodas de Caná, («Não têm vinho!» Jo 2,3).

É Jesus Cristo quem nos diz,
«Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.» Lc 8,21

Ora quem melhor que Maria, entre os seres humanos criados por Deus, ouviu a Palavra e a pôs em prática?
Quem melhor que Ela, portanto, para nos guiar, para nos ensinar, a sermos verdadeiros irmãos de Jesus Cristo, filhos de Deus?
Quem melhor que Ela para nos dizer permanentemente, («Fazei o que Ele vos disser!» Jo 2,5), para escutarmos a Palavra, A vivermos e Lhe sermos fiéis?

Jesus Cristo ao dar-nos Maria como Mãe, está a dar-nos a Mulher cuja descendência, Ele próprio, esmagará a cabeça do mal, pelo sim que presta à vontade de Deus.
«Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar.» Gn 3,15

Realmente Maria ao dizer sim à vontade do Pai, gerando Jesus no Seu ventre, colabora de maneira total no plano salvífico de Deus, que enviando o Seu Filho ao mundo, para ser Um como nós, nos vem ensinar que Deus é Pai, que quer a salvação de todos, e que pela Morte e Ressurreição do Seu Filho Jesus Cristo, liberta o homem da lei do pecado, da lei morte, vencendo assim e para sempre todo o mal.

Por isso ao recebermos Maria como Mãe, ao nos unirmos a Ela no amor a Jesus Cristo, na fidelidade à Palavra, somos também protegidos do mal que nada pode contra Ela, como podemos ler, meditar em Ap 12, 1-6; 13-18.

Não sei, francamente, que mais razões serão preciso acrescentar, (para além da Tradição da Igreja no culto à Virgem Maria), que nos levem a abrirmos as portas dos nossos corações à presença de Maria nas nossas vidas, como nossa Mãe Santíssima.
Julgo até que chegava apenas uma razão, e que é a vontade de Deus, pois foi Jesus Cristo quem disse a cada um de nós, «Eis a tua mãe!» Jo 19,27, e foi Ele mesmo quem nos ensinou que, «todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.» Mt 12,50
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46 comentários:

Paulo disse...

E no seu silêncio e humildade foi, A Mãe de Todos Nós. Que pelo menos nisso fossemos Seus Seguidores, Seus Discipulos, já que "hoje" são só ruidos, barulhos e soberba "à maior"
Fica com Deus e Sua Mãe Maria Santíssima.

Rui Santiago cssr disse...

Amigo Joaquim, não me leves a mal este comentário. Para defenderes esta devoção mariana, podes utilizar o argumento da Tradição da Igreja. Isso é correcto, e tocas nisso no fim. Mas, amigo Joaquim, eu nem costumo nunca comentar, mas hoje sinto uma obrigação grande de o fazer. É que querer utilizar a escritura para argumentar a favor da devoçao mariana é meter-se numa "alhada"...

João e Maria ao lado da cruz?!

O evangelista diz A Mãe de Jesus e o Discípulo predilecto... é TÃO diferente! Procura um BOM comentário bíblico, com fundamento teológico, e verás que estas duas figuras são utilizadas no evangelho de João como imagem da Antiga Aliança e da Nova Aliança... no centro, Jesus...

A Antiga Aliança é aquela que gera Jesus, aquela Israel (em hebraico uma palavra feminina, como sabes).

Como nas bodas de Canã... A Antiga Aliança está antes da Hora da Nova Aliança, a Hora do vinho novo... bem, seria uma longa conversa... Antiga Aliança e Nova Aliança, centradas em Cristo... A primeira conduz até ele e a segunda nasce dele, do seu lado... A primeira não pode ficar sozinha, senao torna-se inutil (como as talhas de água secas naquelas bodas...) e a segunda não pode deixar de receber a primeira em sua casa, senao fica sem história, sem raíz, sem maternidade revelacional...

Não vou alongar-me mais... Não queria nada ser chato nem inconveniente...
Só mais uma coisa: quem vai esmagar a cabeça da serpente não é ela a mulher, mas ela a descendência!!! No hebraico isso é evidente porrque é masculino! Em português as traduções, de tão ambíguas, deram espaço às interpretaçoes devocionais que vemos pintadas e esculpidas por aí...
Quem esmaga a cabeça da serpente é Cristo, o Re-Suscitado!

Desculpa a minha ousaida... Mas tu tens muitos leitores, Joaquim! Tu tens muitos leitores... Não podes dizer qualquer coisa só porque te é mais sensível ou sempre te disseram assim.

SHALOM

Um forte Abraço de quem se sente irmão na descoberta destas coisas.

joaquim disse...

Amigo Pe Rui Santiago

Longe de mim envolver-me numa troca de argumentos sobre quem sabe com certeza mais do que eu.

Não deixas de ter razão na interpretação que fazes como eu também tenho.

Mas porque tenho alguns leitores e para que não fiquem com a ideia de que digo «qualquer coisa só porque me é mais sensível ou sempre me disseram assim.», deixo já aqui, numa busca rápida que fiz, alguns excertos de textos que, julgo eu, corroboram o meu texto.



Assim avançou a Virgem pelo caminho da fé, mantendo fielmente a. união com seu Filho até à cruz. Junto desta esteve, não sem desígnio de Deus (cfr. Jo.19,25), padecendo acerbamente com o seu Filho único, e associando-se com coração de mãe ao Seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima que d'Ela nascera; finalmente, Jesus Cristo, agonizante na cruz, deu-a por mãe ao discípulo, com estas palavras: mulher, eis aí o teu filho (cfr. Jo. 19, 26-27) Lumen gentium 58


A esta luz, Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente (cfr. Gén. 3,15), feita aos primeiros pais caídos no pecado. LG 55


Da Biblia Sagrada – Anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra

Excerto da Nota ao vers. 25

Enquanto os Apóstolos, excepto São João, abandonam Jesus nesta hora de opróbrio, aquelas piedosas mulheres, que O tinham seguido durante a Sua vida pública (cfr Lc 8, 2-3), permanecem agora junto ao Mestre que morre na Cruz.

Excerto da Nota aos vers. 26-27

«A pureza limpidíssima de toda a vida de João torna-o forte diante da Cruz. – os outros apóstolos fogem do Gólgota; ele, com a Mãe de Cristo, fica» São José Maria Escrivá.

Por outro lado, as palavras do Senhor declaram que Maria Santíssima é nossa Mãe: «aqui cita a L G 58»

Todos os cristãos, representados em São João, somos filhos de Maria. Ao dar-nos Cristo Sua Mãe por nossa Mãe manifesta o amor aos seus até ao fim (cfr Jo 13,1). A Virgem Santíssima ao aceitar o apóstolo João como filho seu mostra o seu amor de Mãe.

Da Bíblia de Jerusalém

Nota e) – O contexto escriturístico e o carácter singular do apelativo “Mulher” parecem significar que o evangelista vê aqui um acto que transcende a simples piedade filial: a proclamação da maternidade espiritual de Maria, a nova Eva, sobre os fiéis, representados pelo discípulo amado.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Amigo Paulo

Tens razão!

Peço a Deus todos os dias humildade, mas nem sempre consigo ser humilde.

Abraço amigo em Cristo

Rui Santiago cssr disse...

Tens razão Joaquim, não há razão nenumha para trocas de "argumentação". Não interessa, tens razão. mas olha, volto a propor-te a leitura de um bom comentário bíblico em torno aos textos joaninos. Oh Joaquim, então citas uma encíclica e notas de traduções?! A autoridade de uma encíclica pode ser pastoral ou doutrinal, consoante os casos, mas não tem peso nenhum, a nível teológico, no que toca a interpretação bíblica! E as notas de uma tradução são feitas apenas pelos tradutores de cada livro e depois revistas pela comissão editora.

Se me permites... É muito bom o comentário de Xavier Leon Dufour, não neste ou aquele aspecto, mas pela visão geral do Evangelho de João.

Pronto, Joaquim, um grande abraço! Não me leves a mal, por favor. Grande Abraço!

SHALOM

Alma peregrina disse...

Caro amigo Joaquim...

Muito obrigado pela sucessão de posts, que têm sido muito elucidativos.

Também fiquei feliz por ter descoberto, da parte de Rui Santiago, esta nova imagem: a da Nova e a Antiga Aliança junto da Cruz, sendo Cristo que as une.

Embora, na minha ignorância teológica, eu não veja contradição entre as duas imagens. Poderia ser João e Maria e, ao mesmo tempo, a Nova e a Antiga Aliança que estariam significados por Discípulo Predilecto e a Mãe.

Joaquim, se possível, gostaria de o convidar a visitar o meu blog recém-criado:

http://cronicasdeumaperegrinacao.blogspot.com/

Ainda só tem um post... mas ele vai crescendo, aos poucos...

Um dia, talvez, gostaria de tirar algumas ideias dos seus posts sobre Maria e a Igreja para o meu blog. Claro que acompanharia toda e qualquer citação com o respectivo link.

Pax Christi!
Alma Peregrina (ex-Selvagem de Huxley, ex-Kephas, lol)

André A. Correia disse...

Quem não vai imiscuir-se nas questões exegéticas sou eu :)

Gostava apenas de deixar esta minha reflexão, ultrapassando talvez a mensagem proposta na sucessão de entradas que o meu estimado Joaquim tem vindo a escrever: Maria é Mãe da Igreja e portanto nossa Mãe, mas não é Deus. A Igreja deveria explicar isto muito bem a muitos dos peregrinos de Fátima, por exemplo. É que tenho a nítida sensação que muitos católicos têm uma devoção mariana infinitamente maior que a Cristo Jesus, o que não deixa de ser uma heresia. Ou sou eu a imaginar coisas?

Ora, parece-me que o Joaquim consegue nos seus textos mostar muito bem esta, digamos, "diferença". E isto parece-me muito mais importante que outros considerandos que se possam fazer.

Fá menor disse...

Amigo Joaquim,
ando mesmo com o tempo mt ocupado... só li na diagonal, desculpa!
Tenho que voltar cá.

Abraço muito amigo

Anónimo disse...

amigo,
Estou comentando aqui pela primeira vez. Em primeiro lugar, para te parabenizar por cada post lindo que vc coloca e em toda esta série, nos dando a luz transcendental de nossa Mãe Santíssima que o senhor Jesus nos deu. Que Ela te guarde como vc A tem no seu coração. Continua.

Abraço fraterno.

joaquim disse...

Carissimo Pe Rui Santiago

Em primeiro lugar não levo nada a mal, obviamente, pois o meu caminho de fé é de vivência e aprendizagem permanente.

Espero que também tu não me leves a mal por te responder agora, para te dizer aquilo que tu sabes, ou seja, que a Lumen Gentium não é uma enciclica mas sim uma Constituição Dogmática, cujo título é mesmo:
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
LUMEN GENTIUM
SOBRE A IGREJA

Dizer-te ainda que as notas que referi no meu comentário não são simples notas de tradutores mas anotações de equipas escolhidas, num caso pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra e noutro pelos editores da Biblia de Jerusalém.

Permite-me ainda que te cite mais dois "documentos" que, a meu ver, te dão razão e me dão razão, ou seja, em visões diferentes caminhamos o mesmo caminho.


Da encíclica Redemptoris Mater

23. Se esta passagem do Evangelho de São João, sobre os factos de Caná, apresenta a maternidade desvelada de Maria no início da actividade messiânica de Cristo, há uma outra passagem do mesmo Evangelho que confirma esta maternidade na economia salvífica da graça no seu momento culminante, isto é, quando se realiza o sacrifício de Cristo na Cruz, o seu mistério pascal. A descrição de São João é concisa: "Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopá, e Maria de Magdala. Jesus, então, vendo a mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à mãe: "Mulher, eis o teu filho!". Depois, disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!". E a partir daquele momento, o discípulo levou-a para a sua casa" (Jo 19-, 25-27).

Neste episódio reconhece-se, sem dúvida, uma expressão do desvelo singular do Filho para com a Mãe, que Ele ia deixar no meio de tanto sofrimento. Todavia, quanto ao sentido deste desvelo, o "testamento da Cruz" de Cristo diz algo mais. Jesus põe em relevo um vínculo novo entre Mãe e Filho, do qual confirma solenemente toda a verdade e realidade. Pode dizer-se que, se a maternidade de Maria em relação aos homens já tinha aflorado e se tinha delineado em precedência, agora é claramente precisada e estabelecida: ela emerge da maturação definitiva do mistério pascal do Redentor. A Mãe de Cristo, encontrando-se na irradiação directa deste mistério que abrange o homem - todos e cada um dos homens - é dada ao homem - a todos e cada um dos homens - como mãe. Este homem aos pés da Cruz é João, "o discípulo que ele amava". Porém não é ele como um só homem. A Tradição e o Concílio não hesitam em chamar a Maria "Mãe de Cristo e Mãe dos homens": ela está, efectivamente, associada na descendência de Adão com todos os homens..., mais ainda, é verdadeiramente mãe dos membros (de Cristo)..., porque cooperou com o seu amor para o nascimento dos fiéis na Igreja".

Esta "nova maternidade de Maria", portanto, gerada pela fé, é fruto do "novo" amor, que nela amadureceu definitivamente aos pés da Cruz, mediante a sua participação no amor redentor do Filho.



24. Encontramo-nos assim no próprio centro do cumprimento da promessa, contida no Proto-Evangelho: a "descendência da mulher esmagará a cabeça da serpente" (cf. Gén 3, 15). Jesus Cristo, de facto, com a sua morte redentora vence o mal do pecado e da morte nas suas próprias raízes. É significativo que, dirigindo-se à Mãe do alto da Cruz, Ele lhe chame "mulher", ao dizer-lhe: "Mulher, eis o teu filho". Com o mesmo termo, de resto, se tinha dirigido também a ela em Caná (cf. Jo 2, 4). Como duvidar de que, especialmente agora, no alto do Gólgota, esta frase atinja em profundidade no mistério de Maria, pondo em realce o "lugar" singular que ela tem em toda a economia da salvação? Como ensina o Concílio, com Maria, "excelsa Filha de Sião, passada a longa espera da promessa, completam-se os tempos e instaura-se uma nova economia, quando o Filho de Deus assumiu dela a natureza humana, para libertar o homem do pecado, por meio dos mistérios da sua carne".

As palavras que Jesus pronuncia do alto da Cruz significam que a maternidade da sua Genetriz tem uma "nova" continuação na Igreja e mediante a Igreja, simbolizada e representada por São João. Deste modo, aquela que, como "a cheia de graça", foi introduzida no mistério de Cristo para ser sua Mãe, isto é, a Santa Genetriz de Deus, por meio da Igreja permanece naquele mistério como "a mulher" indicada pelo Livro do Génesis (cf. 3, 15), no princípio, e pelo Apocalipse (cf. 12, 1), no final da história da salvação. Segundo o eterno desígnio da Providência, a maternidade divina de Maria deve estender-se à Igreja, como estão a indicar certas afirmações da Tradição, segundo as quais a maternidade de Maria para com a Igreja é o reflexo e o prolongamento da sua maternidade para com o Filho de Deus.


Do livro
Maria, Primeira Igreja – Cardeal Joseph Ratzinger e Hans Urs Von Balthasar

Lucas mostra que a maternidade de Maria não foi apenas um acontecimento biológico que aconteceu uma só vez, mas sim que Maria foi e é, e por isso também permanece, mãe com a totalidade da sua pessoa.
No Pentecostes, no momento do nascimento da Igreja graças ao Espírito Santo, isto torna-se concreto: Maria está no centro da comunidade orante que, graças à descida do Espírito Santo, se torna Igreja. A correspondência entre a incarnação de Jesus de Jesus em Nazaré pelo poder do Espírito Santo e o nascimento da Igreja é iniludível. “A pessoa que une estes dois momentos, é Maria” (RM 24). …
O que Lucas evidencia num tecido de alusões, reconhece-o plenamente desenvolvido o Santo Padre no Evangelho de João – nas palavras do crucificado a sua mãe e ao discípulo amado, João. As palavras “Eis a tua mãe!” e “Mulher, eis aí o teu filho!” fecundaram desde sempre a meditação dos exegetas sobre a missão especial de Maria na Igreja e para a Igreja; é de justiça que sejam o centro de qualquer meditação mariológica. O Santo Padre entende-as como o testamento de Cristo na cruz. Aqui, no coração do mistério pascal, Maria é dada aos seres humanos como mãe. Surge uma nova maternidade de Maria, que é fruto do novo amor, amadurecido aos pés da cruz (RM23). A “dimensão mariana na vida dos discípulos de Cristo…não só de João…mas também de todos os demais discípulos de Cristo e de todos os cristãos” torna-se desta forma visível. “A maternidade de Maria, que se torna herança do ser humano, é um dom que o próprio Cristo faz a cada ser humano pessoalmente” (RM 45).
O Santo Padre dá aqui uma interpretação muito subtil da frase com a qual o Evangelho conclui esta cena: “Desde aquela hora o discípulo acolheu-a como sua casa” (Jo 19,27) – é esta a tradução a que estamos habituados.
Mas a profundidade do acontecimento – assim sublinha o Papa – só se torna aparente se traduzirmos a frase literalmente. E literalmente seria: ele tomou-a ”no que lhe é próprio”. Para o Santo Padre isto significa uma relação profundamente pessoal entre o discípulo – todo o discípulo – e Maria, uma apreensão de Maria no mais íntimo da própria vida espiritual e eclesial, uma entrega e uma entrada na sua existência feminina e maternal, uma total consignação um ao outro, que é sempre caminho para o nascimento de Cristo, que opera sempre a formação de Cristo no ser humano. …
Neste ponto se encadeiam todos os textos da Escritura que na encíclica formam um tecido único. Pois o evangelista João nem nas bodas de Caná nem no relato da crucificação nomeia Maria pelo nome, ou como mãe, mas sim sob o título de “mulher”. A relação entre Gn 3 e Ap 12, com o sinal da “mulher”, é, assim, interpretada a partir do texto. E sem dúvida que esta designação de João tem por trás a intenção de elevar Maria como a “mulher” em geral de forma universalmente válida e simbólica. O relato da crucificação torna-se assim ao mesmo tempo interpretação da história e remete para o sinal da mulher que toma parte, de forma maternal, na luta contra os poderes do “não” a Deus e assim é sinal de esperança (RM 27 e 47).

Um pouco extenso é certo, mas se amputasse partes poderia perder-se o sentido.

Obrigado pela tua intervenção que nos serve de melhor esclarecimento e aprofundamento, mas deixa-me que te repita que tento não escrever sobre a minha "sensibilidade" e que sempre tenho um espírito aberto a rever tudo o que sei ou julgo saber, por isso mesmo, os textos que hoje em dia aqui escrevo são fruto de meditação, oração e estudo.

Abraço amigo em Cristo

Ah, e vou tentar encontrar e ler o comentário de Xavier Leon Dufour.

Maria João disse...

Amar a Mãe não significa deixar de amar Cristo. Amar a Mãe não significa pôr de lado Cristo.

Aliás, a nossa Mãe não se quer sobrepôr a Cristo ou não pedisse: "Façam tudo o que Ele vos disser" (Jo 2, 5)

Há exageros na devoção a Maria?
Claro que há. Mas se os há é por ignorância, teimosia, sei lá... Não estou aqui para julgar.

beijos em Cristo e Maria

joaquim disse...

Caro Alma Peregrina, ex-Selvagem de Huxley, ex-Kephas.

Temos que te arranjar um nome "definitivo"...eheheh

Obrigado pela tua visita e pelas tuas palavras.

Também não vejo contradição nas duas maneiras de interpretar os Textos Sagrados.

Já fui visitar o teu "canto" e lá te disse que tudo o que por aqui encontrares é teu também e dele te podes servir à vontade.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Caro André

obrigado.

Essa que apontas foi uma das razões que me levou a escrever estes textos, até porque a Doutrina da Igreja é clara quanto à devoção à Virgem Santíssima, como se pode ler na Lumen Gentium.

Nós é que muitas vezes nos deixamos levar por ou para outras "espiritualidades", que a própria Mãe do Céu nunca desejaria.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Ó amiga Fa, cá te espero!

Volta sempre!

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Caro Marcus

Obrigado pela visita e pelas palavras que aqui deixaste.

Não são para mim, mas para Quem me guia.

Volta sempre.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Claro que não, Maria João, claro que não!

Tudo em Maria aponta para Cristo, tudo em Maria é cristocêntrico.

vamos ajudando e dando testemunho, para que se possam ir corrigindo os exageros que às vezes se praticam.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Ainda em tempo Pe Rui.

Já "emendei" o que tu escreveste, «Só mais uma coisa: quem vai esmagar a cabeça da serpente não é ela a mulher, mas ela a descendência!!!».

Realmente era isso que eu queria dizer, que pelo sim de Maria o mal foi esmagado, mas não ficou muito explicito realmente.

Abraço amigo em Cristo

A Capela disse...

Pronto, tinha que vir. Ofereces-nos mais um bom texto e já tardavam "os exageros"... Mas quais exageros e como e quem é que os conta? Faço parte de grupos de oração, movimentos marianos e não os vejo/vemos e porque somos muitos, em lado nenhum. Coisa do passado! Sim, que só serve mesmo para desviar do essencial. Não, levou tempo, deu trabalho, estuda-se, educa-se (os Padres que o digam!) e Maria terá sempre o Seu lugar apontando-nos a Cristo.

Uma vez mais, grata por mais um excelente texto.

Abreijos.

Maristella Padão disse...

Olá Joaquim!

Venho desejar a você nesta época tão especial um Feliz Natal com muita paz e alegria.
Desejo paz!
Que Maria nos fortaleça sempre em tudo que possamos fazer.
Que sejamos gratos pelo sim dela.
Obrigada pelo carinho e amizade.
Ando meio sem tempo de escrever e temo não conseguir antes do Natal, por isso, escrevo agora, já estamos no Advento.
Feliz Natal e paz, com amizade, Maristella.

Madeleine K disse...

Caro irmãozinho Joaquim, depois desses belíssimos textos de meditação mariana com os quais vem nos presenteando e ajudam em muito ao nosso crescimento espiritual(que na ascese é diminuição espiritual), gostaria de dizer que o que sinto é que cada vez sabemos menos, porque quanto mais se sabe, menos se sabe.Assim, o que me vem fortemente ao coração depois de ler seus belos e edificantes textos, e também os comentários, é que toda a teologia do mundo inteiro sem joelhos dobrados nada é(Balthazar), e, nesses "joelhos dobrados", acredito do fundo da alma que não há exageros que justifiquem uma crítica severa, posto que muitas vezes vêm dos mais simples, os quais agradam muito a Nosso Senhor com suas devoções e manifestações dessas devoções justamente pela simplicidade. Como sabermos o que em verdade agrada ao Senhor? Mas uma coisa parece certa...Todo filho defende e se alegra com os carinhos ou homenagens que sua mãe recebe. Então, se fomos feitos à Sua semelhança, será que Ele não se alegra com os cultos (exagerados ou não)devidos á Sua Mãe Santíssima? Bem, todas estas palavras apenas para dizer que o espiritual deveria ter, de alguma forma, supremacia em todos os nossos julgamentos, pensamentos, meditações, e nossos joelhos deveriam estar mais dobrados que nossos olhos atentos à leitura...Perdoe se não me fiz entender...E que Deus Amor e Sua Santíssima Mãe continuem a lhe abençoar e lhe inspirar sempre nessa formação espiritual com que vem nos presenteando a todos! Um forte e grande abraço in Domino et Maria semper!

Paulo Costa disse...

Obrigado amigo Joaquim por mais este texto que enriquece e aprofunda a minha caminhada. Ainda alimento muitas dúvidas, mas creio que o Espírito a seu tempo me conduzirá à Verdade.
Quanto às questões teológicas discutidas nos comentários, confesso que não sou um entendido e, por isso, me abstenho, colocando-me na humilde posição de aprendiz.

Abraço fraterno!

Ver para crer disse...

Gosto dos teus comentários.
Por eles vejo que estou longe de se discípulo de Jesus à imagem de Sua Mãe.
Por isso a Igreja muitas vezes a trata por Santíssima.

Madeleine K disse...

Caro irmão, tem prêmio e selos pra vc no Amor Dei!!! Forte abraço em Jesus e Maria!!!

sofia disse...

olá!
Já costumo por cá passar (quando tenho tempo), pois este blog é muito precioso. Normalmente passo de forma silenciosa, no entanto hoje passei por aqui propositadamente para te convidar a passares por o meu blog http://viacristo.blogspot.com/, que deixei-te lá algo para ti.
Um abraço
Sofia

José A. Vaz disse...

gostei da "disputa" joaquim vs. santiago. é sinal da pluralidade de visões sobre temas que podem ter várias perspectivas sem que uma anule a outra. uma boa discussão é sempre apetecível. ainda para dizer sobre os textos que postei no meu blogue sobre a Imaculada Conceição (9/12) que o facto de o ter feito não significa que concorde com eles, mas eu também gosto de provocar e descentrar. além disso esse tipo de questões é muitas vezes suscitado a partir "de fora" e devemos estar preparados para lhes dar uma resposta que por vezes tem de ir além dos argumentos dados "ad intra". shalom

joaquim disse...

Olá Malu, minha amiga.

Compreendo bem o que nos queres dizer.

O esforço dos fiéis devotos de Maria tem sido grande, a par com alguma hierarquia da Igreja no sentido de tornar mais verdadeira e "purificada", diagamos assim, a devoção mariana.

A devoção popular terá sempre alguns "exageros", mas que não serão de molde a diminuir a expressão da Virgem Maria na vida dos católicos.

O povo fala com a abundância do coração!

Maria sempre nos apontará o caminho de Jesus, porque essa foi a missão a que Ele disse sim.

Abraço muito amigo em Cristo

joaquim disse...

Olá Mari

Obrigado pela tua visita, pelas tuas palavras e pelos votos que aqui deixas.

Que o Senhor te abençoe e que passes um Santo Natal na companhia de todos os teus, na paz de Jesus, na companhia de Maria.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Caríssima irmã e amiga Kenosis

Que lindo comentário!

Tens razão, pois aquilo que nasce puro do coração, com certeza que é agradável a Deus.

Devemos no entanto e sempre irmo-nos ajudando uns aos outros no caminho para Deus, corrigindo-nos dos nossos "erros", de modo a que sejamos cada vez mais um só rebanho, com um só Pastor, Jesus Cristo Nosso Senhor.

Muito obrigado pelas tuas palavras.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Amigo Paulo Costa

Obrigado pelas tuas palavras.

Com certeza que o Espírito Santo que te conduz te irá sempre mostrando o caminho a percorrer, como o faz com todos os que se deixam conduzir.

E com certeza que a Mãe Santíssima que em Pentecostes intercedia ao Seu Filho pela descida do Espírito Santo nos Apóstolos, também intercede na mesma por ti.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

caro Padre amigo do "Ver para crer"

As suas palavras são um bálsamo e um incentivo para continuar.

Estamos todos tão longe de sermos verdadeiros discípulos!

Mas a Mãe Santíssima intercedendo por nós, nos irá apontando caminho, para que também nós vamos dizendo o sim diário das nossas vidas.

Obrigado.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Kenosis, minha amiga

Obrigado!

Já lá irei buscar e colocar na barra lateral, como sempre faço, dando a indicação de que me "presenteou".

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Sofia

Sê bem vinda, pois penso que é a primeira vez que aqui comentas.

E logo para me dares um prémio!

Já te fui visitar e com tempo lá voltarei.

Irei buscar o que tens para mim e colocarei na barra lateral, como sempre faço, dando a indicação de que me "presenteou".

Volta sempre.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Olá José Vaz

Não foi uma "disputa" mas uma troca de diferentes interpretações que no fundo levam ao mesmo caminho.

Poder-se-á dizer, correndo o risco das palavras não serem as mais correctas, que uma interpretação á mais doutrinal e a outra mais teológica.

Mas ambas servem o mesmo Senhor.

E concordo contigo, há que estar preparado para responder a quem nos questiona.

Abraço amigo em Cristo

Anónimo disse...

O Blog Dominus Vobiscum criou um prêmio para os blogs que foram ao longo de 2008 propagadores da Doutrina Católica. Fico feliz em dizer que dentro dos critérios estabelecidos, o seu blog foi escolhido e condecorado com esse selo. Se for possível, gostaria que você passasse no nosso blog e colasse o selo aqui. O endereço é:

http://blog.cancaonova.com/dominusvobiscum/2008/12/15/blogs-recebem-o-selo-dominus-vobiscum/

Desde já, muito obrigado pelo seu empenho para evangelizar!

Dominus Vobiscum

(Obs.: Este é um outro prêmio ok?)

joaquim disse...

Obrigado Cadu

Sinceramente do fundo do coração, obrigado!

Aceito-o porque ele é para o Senhor que me conduz e guia a dar testemunho do que Ele mesmo faz na minha vida.

Sabes porque penso que já te disse que há uns anos estive ligado à Canção Nova.

Guardo gratas recordações.

Já fui buscar o prémio e já o coloquei com o repectivo link.

Abraço amigo em Cristo

Ecclesiae Dei disse...

Olá!
tem um presente para você lá no blog.
Passa lá!
http://ecclesiaedei.blogspot.com.br
Abraço
João Batista

Madeleine K disse...

Caro irmãozinho em Cristo, somente para agradecer toda a sua gentileza e delicadeza nos seus agradecimentos, o que só indica mais uma vez, que sua alma está cheia do Amor de Deus, O Qual é tão Terno, Delicado e Amoroso com todos os Seus filhos. Jesus e Maria lhe abençoem e guardem muito e sempre!Grande e forte abraço fraterno Neles!

joaquim disse...

Amigo João Baptista, obrigado!

Já nem sei o quer dizer!

É Natal!!!

Obrigado pela tua amizade e pela tua companhia.

Lá irei buscar o que tens para aqui.

Abraço amigo em Cristo

Canela disse...

Venho aqui conhecer o seu canto, Joaquim.

Já que o seu post é dedicado a N. Senhora, deixo-lhe este blog:

http://www.padreleo.org/

Encontrei-o por acaso, e, o post Maria de Nazaré, fascinou-me... talvez porque nos transmite uma imagem de N. Senhora muito próxima de cada um de nós.

Um feliz e Santo Natal

Anónimo disse...

Caro amigo,

Passo a correr só para lhe pedir desculpa se repeti inadvertidamente o pedido de apoio à causa da petição. O problema é que a minha disponibilidade é bastante limitada e parto de uma lista de endereços de e-mail e de uma lista de endereços de blogues que envio para todos, sem saber se me estou a repetir.
Deve haver gente que tem mais do que um blogue, por exemplo, e que recebeu a minha mensagem/comentário em mais do que um.
Abraço fraterno em Cristo.

Madeleine K disse...

Olá, irmãozinho! Passo pra desejar um Santo Natal, pleno de Deus Amor! E pra dizer que tem presente de Natal lá em casa pra vc! Grande Abço!

Yelva disse...

Sabe Joaquim...

as palavras me fogem quase sempre



Feliz Natal, és presença Boa em minha vida

daquelas pessoas que digo ...°gente com gosto de Deus ou minhas queridas janelas para o céu°



só lembro de teres ido ao alento duas vezes

e nas duas fiquei imensamente feliz, mas acho que não sabe disso


bem... Feliz Natal

para vc e os de tua casa e coração

Felicidades

joaquim disse...

Caríssima Canela

Obrigado pela visita e pela informção do blogue que irei visitar com atenção.

Um Santo Natal também para ti e todos os teus.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

caro zedeportugal

Há petições, movimentos, acções, que devemos estar sempre a lembrar de tão importantes que são.

Esta é uma delas, por isso obrigado.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Oh amiga kenosis

Fico até "atrapalhado" com tantos mimos de tantas amigas e amigos.

Lá irei buscar e fazer como é hábito aqui neste cantinho.

Obrigado, obrigado!

Um Santo Natal para ti também e todos os teus.

Abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Oh Yelva

Obrigado pelas tuas palavras.

Acho que até corei!!!

Vou de vez em quando ao teu canto, mas nem sempre comento.

Fico muito feliz também por sentir a tua presença aqui neste meu canto.

Bem hajas, pela tua amizade e delicadeza.

Um Santo Natal para ti e todos os teus.

Que o Senhor Jesus abençoe a tua casa e a tua familia com todos os dons que necessitarem para serem cada vez mais dEle.

Abraço amigo em Cristo