Vou lendo diversos blogues cristãos católicos e fico triste, muito triste.
A Igreja Católica é em alguns desses espaços muito mal tratada, é mesmo alvo de muitas criticas e ataques, alguns até de uma certa violência escrita.
E a maior parte das acusações podem resumir-se praticamente apenas numa: “abuso de poder”.
E as razões apresentadas dizem que são porque proibiu este ou aquele teólogo, porque estabeleceu determinada regra, porque não deixa as pessoas serem “livres” para fazerem o que lhes apetece, etc., etc.
Mas a acusação que mais me espanta é a de que a Igreja não interpreta verdadeiramente, não é “fiel depositária” da Doutrina de Jesus Cristo!
Mas aqueles que assim escrevem consideram-se eles próprios os detentores da “verdade” baseados em conhecimentos que não se percebe bem de onde vêm, e em interpretações da Bíblia tantas vezes feitas para darem cobertura às suas reflexões.
Não, não estou a dizer que sejam mal intencionados a maior parte deles, pelo contrário, julgo que buscam a verdade, mas infelizmente, digo eu, a sua própria verdade.
Curiosamente a autoridade doutrinária que eles recusam à Igreja de Cristo, fundada em Pedro, reconhecem-na, ou julgam-se eles detentores da mesma, fazendo afinal o mesmo de que acusam a Igreja.
Muitos deles afirmam peremptoriamente na sua escrita o que a Igreja Católica devia ou deve ser, como que intérpretes indiscutíveis da vontade de Jesus Cristo, negando aos outros, à própria Igreja, as suas interpretações, porque apenas eles não se podem enganar.
Muitas vezes a exclusão que apontam á Igreja, praticam-na eles também ao afirmarem que a Igreja é dos pobres, dos excluídos da sociedade, a maior parte das vezes apenas com uma visão material da pobreza e da exclusão, pondo de lado aqueles que estão “bem na vida”, ou que levam a vida de acordo com os valores morais comummente aceites.
E há tanto rico, que é mais “pobre” que os pobres!
E há tantos que vivem de acordo com os valores morais comummente aceites e no entanto tão afastados de Deus!
A Igreja é de todos e todos têm que nEla caber!
Jesus Cristo andou com pobres e excluídos, mas também comeu com cobradores de impostos e fariseus, que não eram nem pobres, nem excluídos da sociedade, mas pobres de Deus e “auto-excluídos” do caminho da salvação.
Não tenho dúvidas, não por qualquer revelação pessoal, mas por convicção profunda, que Jesus Cristo quando fundou a Sua Igreja em Pedro, sabia que os homens que a constituiriam seriam fracos, pecadores, que haviam de falhar muitas vezes e em muitos momentos, mas Ele também disse que: «as portas do abismo nada poderão contra ela.» Mt 16,18
E os homens falharam e continuam a falhar, mas a Igreja no seu todo, Corpo Místico de Cristo é una, santa, católica e apostólica, e enquanto tal, garante indelével da pureza da Revelação que o Pai deu aos Seus filhos, por Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo.
Quando reflectimos na vida das Santas e Santos reparamos que por todos eles perpassam várias virtudes, uma das quais é sem dúvida a obediência por amor.
Não se venha dizer agora que foi por serem obedientes que foram “declarados” Santos, mas sim verdadeiramente porque sendo Santos tinham a graça da obediência no amor.
E com certeza que tinham a graça da obediência, porque sendo Santos, (que é afinal o que todos devíamos desejar ser), aceitavam a verdade da Palavra de Cristo, que disse: «Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» Mt 16,19, e assim sendo acreditavam e acreditam que a Igreja detêm esse poder que lhe foi dado por Deus, e mais, acreditavam e acreditam também, que se o seu caminho, as suas reflexões, os seus procedimentos estiverem em comunhão com Cristo, então mais tarde ou mais cedo a Igreja lhes dará razão, como já aconteceu tantas vezes na história da Igreja.
Porque a eles não lhes interessava ter razão, só para terem razão, porque não eram eles que eram importantes, mas interessava-lhes sim a unidade da Igreja, (para além dos homens), que não podia, nem devia ser abalada, na convicção profunda de que se fosse da vontade de Deus, aquilo que hoje podia ser causa de divisão, passaria a ser causa de mais união, comunhão e conhecimento de Deus no tempo futuro.
E não se julgue que tanto antigamente como agora nos nossos dias, eles não tinham seguidores que queriam impor as suas reflexões, os seus ensinamentos, os seus modos de viver, mas eram então eles que em obediência de amor, pelo seu testemunho de humildade, ajudavam e exortavam os outros a serem fiéis à Igreja, a serem fiéis à Palavra de Cristo.
Eles tinham feito a parte deles, orando, meditando, reflectindo, e se a Verdade lhes assistia, “competia” agora ao Espírito Santo mostrá-la aos homens da Igreja.
«O Espírito Santo e nós próprios resolvemos não vos impor outras obrigações além destas, que são indispensáveis» Act 15,28
«E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.» Act 5, 32
Sim, também a mim por vezes me incomodam certas atitudes que a Santa Sé toma em relação a determinadas coisas, mas acredito, quero acreditar, tenho que acreditar, que o Espírito Santo assiste continuamente à Igreja, e se por vezes os homens se sobrepõe à Sua vontade, a Sua vontade acabará por se realizar porque: «as portas do abismo nada poderão contra ela.» Mt 16,18
Assim, descanso na certeza desta verdade, e oro, oro continuamente para que os homens da Igreja estejam de coração aberto, disponíveis, fiéis e perseverantes ao Sopro do Espírito Santo, amor do Pai e do Filho derramado na humanidade.
Sei que alguns dirão que esta é uma maneira simplista de ver as coisas, mas permitam-me que vos diga que não é simplista, mas simples, porque também eu estudo, medito, reflicto, analiso e abro-me ao Espírito Santo pedindo-Lhe, exigindo-Lhe até, que me faça simples, para que o conhecimento que me é dado ter, não coloque em causa a minha Fé, mas que a fortifique, que a enraíze de tal modo que quando oro o Credo, ele seja verdade na minha boca, no meu coração, na minha vida.
Com este texto não quero dizer que a Igreja não pode ser criticada, mas pelo contrário que pode e até deve, mas numa critica construtiva em que sejamos pedras vivas na construção e não “brechas” no edifício.
Que não usemos argumentos estafados como a “opulência”, as vestes, os rituais, a própria liturgia, mas sim que oremos, que peçamos a assistência contínua do Espírito Santo à Igreja, aos homens escolhidos para nos guiarem, e que nunca deixemos de fazer chegar a esses mesmos homens as razões da nossa critica, aceitando humildemente que possamos não ter razão, ou que não tenha chegado o tempo de termos razão.
Deus ama-nos a todos nós, com todos os nossos defeitos, com os nossos pecados, que por Sua graça vamos tentado corrigir, converter, para chegarmos à graça final de vivermos puros eternamente na Sua presença.
A Igreja Católica é em alguns desses espaços muito mal tratada, é mesmo alvo de muitas criticas e ataques, alguns até de uma certa violência escrita.
E a maior parte das acusações podem resumir-se praticamente apenas numa: “abuso de poder”.
E as razões apresentadas dizem que são porque proibiu este ou aquele teólogo, porque estabeleceu determinada regra, porque não deixa as pessoas serem “livres” para fazerem o que lhes apetece, etc., etc.
Mas a acusação que mais me espanta é a de que a Igreja não interpreta verdadeiramente, não é “fiel depositária” da Doutrina de Jesus Cristo!
Mas aqueles que assim escrevem consideram-se eles próprios os detentores da “verdade” baseados em conhecimentos que não se percebe bem de onde vêm, e em interpretações da Bíblia tantas vezes feitas para darem cobertura às suas reflexões.
Não, não estou a dizer que sejam mal intencionados a maior parte deles, pelo contrário, julgo que buscam a verdade, mas infelizmente, digo eu, a sua própria verdade.
Curiosamente a autoridade doutrinária que eles recusam à Igreja de Cristo, fundada em Pedro, reconhecem-na, ou julgam-se eles detentores da mesma, fazendo afinal o mesmo de que acusam a Igreja.
Muitos deles afirmam peremptoriamente na sua escrita o que a Igreja Católica devia ou deve ser, como que intérpretes indiscutíveis da vontade de Jesus Cristo, negando aos outros, à própria Igreja, as suas interpretações, porque apenas eles não se podem enganar.
Muitas vezes a exclusão que apontam á Igreja, praticam-na eles também ao afirmarem que a Igreja é dos pobres, dos excluídos da sociedade, a maior parte das vezes apenas com uma visão material da pobreza e da exclusão, pondo de lado aqueles que estão “bem na vida”, ou que levam a vida de acordo com os valores morais comummente aceites.
E há tanto rico, que é mais “pobre” que os pobres!
E há tantos que vivem de acordo com os valores morais comummente aceites e no entanto tão afastados de Deus!
A Igreja é de todos e todos têm que nEla caber!
Jesus Cristo andou com pobres e excluídos, mas também comeu com cobradores de impostos e fariseus, que não eram nem pobres, nem excluídos da sociedade, mas pobres de Deus e “auto-excluídos” do caminho da salvação.
Não tenho dúvidas, não por qualquer revelação pessoal, mas por convicção profunda, que Jesus Cristo quando fundou a Sua Igreja em Pedro, sabia que os homens que a constituiriam seriam fracos, pecadores, que haviam de falhar muitas vezes e em muitos momentos, mas Ele também disse que: «as portas do abismo nada poderão contra ela.» Mt 16,18
E os homens falharam e continuam a falhar, mas a Igreja no seu todo, Corpo Místico de Cristo é una, santa, católica e apostólica, e enquanto tal, garante indelével da pureza da Revelação que o Pai deu aos Seus filhos, por Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo.
Quando reflectimos na vida das Santas e Santos reparamos que por todos eles perpassam várias virtudes, uma das quais é sem dúvida a obediência por amor.
Não se venha dizer agora que foi por serem obedientes que foram “declarados” Santos, mas sim verdadeiramente porque sendo Santos tinham a graça da obediência no amor.
E com certeza que tinham a graça da obediência, porque sendo Santos, (que é afinal o que todos devíamos desejar ser), aceitavam a verdade da Palavra de Cristo, que disse: «Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.» Mt 16,19, e assim sendo acreditavam e acreditam que a Igreja detêm esse poder que lhe foi dado por Deus, e mais, acreditavam e acreditam também, que se o seu caminho, as suas reflexões, os seus procedimentos estiverem em comunhão com Cristo, então mais tarde ou mais cedo a Igreja lhes dará razão, como já aconteceu tantas vezes na história da Igreja.
Porque a eles não lhes interessava ter razão, só para terem razão, porque não eram eles que eram importantes, mas interessava-lhes sim a unidade da Igreja, (para além dos homens), que não podia, nem devia ser abalada, na convicção profunda de que se fosse da vontade de Deus, aquilo que hoje podia ser causa de divisão, passaria a ser causa de mais união, comunhão e conhecimento de Deus no tempo futuro.
E não se julgue que tanto antigamente como agora nos nossos dias, eles não tinham seguidores que queriam impor as suas reflexões, os seus ensinamentos, os seus modos de viver, mas eram então eles que em obediência de amor, pelo seu testemunho de humildade, ajudavam e exortavam os outros a serem fiéis à Igreja, a serem fiéis à Palavra de Cristo.
Eles tinham feito a parte deles, orando, meditando, reflectindo, e se a Verdade lhes assistia, “competia” agora ao Espírito Santo mostrá-la aos homens da Igreja.
«O Espírito Santo e nós próprios resolvemos não vos impor outras obrigações além destas, que são indispensáveis» Act 15,28
«E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.» Act 5, 32
Sim, também a mim por vezes me incomodam certas atitudes que a Santa Sé toma em relação a determinadas coisas, mas acredito, quero acreditar, tenho que acreditar, que o Espírito Santo assiste continuamente à Igreja, e se por vezes os homens se sobrepõe à Sua vontade, a Sua vontade acabará por se realizar porque: «as portas do abismo nada poderão contra ela.» Mt 16,18
Assim, descanso na certeza desta verdade, e oro, oro continuamente para que os homens da Igreja estejam de coração aberto, disponíveis, fiéis e perseverantes ao Sopro do Espírito Santo, amor do Pai e do Filho derramado na humanidade.
Sei que alguns dirão que esta é uma maneira simplista de ver as coisas, mas permitam-me que vos diga que não é simplista, mas simples, porque também eu estudo, medito, reflicto, analiso e abro-me ao Espírito Santo pedindo-Lhe, exigindo-Lhe até, que me faça simples, para que o conhecimento que me é dado ter, não coloque em causa a minha Fé, mas que a fortifique, que a enraíze de tal modo que quando oro o Credo, ele seja verdade na minha boca, no meu coração, na minha vida.
Com este texto não quero dizer que a Igreja não pode ser criticada, mas pelo contrário que pode e até deve, mas numa critica construtiva em que sejamos pedras vivas na construção e não “brechas” no edifício.
Que não usemos argumentos estafados como a “opulência”, as vestes, os rituais, a própria liturgia, mas sim que oremos, que peçamos a assistência contínua do Espírito Santo à Igreja, aos homens escolhidos para nos guiarem, e que nunca deixemos de fazer chegar a esses mesmos homens as razões da nossa critica, aceitando humildemente que possamos não ter razão, ou que não tenha chegado o tempo de termos razão.
Deus ama-nos a todos nós, com todos os nossos defeitos, com os nossos pecados, que por Sua graça vamos tentado corrigir, converter, para chegarmos à graça final de vivermos puros eternamente na Sua presença.
Amemos também nós a Igreja, com todos os defeitos e pecados dos homens que a constituem, principalmente daqueles que foram chamados a servi-La no Seu Magistério, na Fé de que o Espírito Santo nunca Lhe faltará e sempre assistirá e conduzirá na correcção do que estiver errado, na procura da pureza que dEla faz «una, santa, católica e apostólica».