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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

DIÁLOGOS COM O SENHOR 29 - A DECISÃO

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Então o que decides sobre esse assunto que tens de resolver?
Oh, Senhor, não sei bem pois tenho, pelo menos, duas soluções, julgo eu.


E ambas são justas e dignas?
Bem, uma julgo que o é, mas a outra teria que “torcer” um pouco a consciência para conseguir ter êxito, mas é muito mais fácil do que a outra.

Então, volto a perguntar, qual delas escolhes?
Bem, Senhor, eu gostava muito que me dissesses qual eu deveria escolher.

Mas Eu já te disse!
Como, Senhor?

Com tudo o que ensinei, com tudo o que está escrito na Minha Palavra, com tudo o que te ensina a Igreja.
Pois, Senhor, mas eu penso que a solução mais fácil, não é assim tão má.

Não é assim tão má ou não tem nada errado?
Bem, não será completamente correcta, mas também não é algo de muito mau.

Pergunto-te mais uma vez, o que decides então?
E eu volto a pedir-Te, Senhor, que me digas qual devo escolher?

Eu não to posso dizer. Dei-te tudo o que precisas para tomares a decisão correcta, mas não a posso tomar por ti, porque senão violaria a tua liberdade, a liberdade que Eu te dei.
Ah, Senhor, mas eu cedo na minha liberdade e assim podes dizer-me.

Nem isso te posso fazer, porque a liberdade é fruto do Meu amor por ti, e eu nunca abdico de te amar, mesmo quando fraquejas.
Está bem, Senhor. Entrego-me nas Tuas mãos, rezo e decido.

Qual foi então a tua decisão?
Não posso ir contra a minha consciência cristã, não posso “torcer” a verdade para alcançar uma solução, por isso, e porque só assim faço a Tua vontade, vou pela solução mais difícil, mas que é aquela que é justa, digna e correcta.

Eu te abençoo, meu filho. Vai que Eu estou sempre contigo.
Obrigado, Senhor, pelo Teu amor e porque afinal me disseste claramente que decisão eu devia tomar. Eu é que não queria ver a verdade que é só uma. A que vem de Ti, que és o Caminho, a Verdade e a Vida.





Marinha Grande, 28 de Agosto de 2024
Joaquim Mexia Alves

terça-feira, 18 de junho de 2024

DIÁLOGOS COM O SENHOR 28

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Estou à espera.
Estás à espera de quê?

Que Ele fale comigo.
Que fale contigo sobre o quê?

Que me responda a tantos pedidos que Lhe fiz.
Ah bem, e já O cumprimentaste, já Lhe disseste que O amas, e O louvaste e honraste com a tua entrega a Ele?

Mas isso Ele sabe muito bem que sim, que O amo, que O louvo, que me entrega a Ele.
Ah, então Ele sabe isso tudo e julgas tu que Ele não sabe do que necessitas?

Pois, isso é verdade. Mas talvez seja preciso lembrar-Lhe, salvo seja, dos pedidos que Lhe faço.
Então, mais uma vez, não julgas que será preciso também lembrar-Lhe de como O amas, O louvas e a Ele te entregas.

Hum, estás a complicar tudo!
Achas que sim, que estou a complicar tudo, ou estou apenas a lembrar-te a ti, do que deves fazer primeiro.

Mas afinal quem és tu que estás a falar comigo e eu não te vejo?
Talvez seja a voz da tua consciência, talvez seja a voz do amor d’Ele em ti, talvez seja o teu eu que a Ele se entregou.

Obrigado! Reconheço que peço muito, louvo pouco e, se calhar, agradeço ainda menos.
Não te preocupes que Eu sou Aquele a Quem tu pedes e o meu amor por ti é infinito, pelo que descansa e não temas, porque Eu sei bem de tudo o que realmente precisas, e nunca te faltarei com nada do que necessitas.

Desculpa, Senhor, que eu estava tão absorto em pedir e receber, que nem me lembrei de dar primeiro o que Te é devido, para depois aguardar com serena confiança o que Tu me quiseres dar.

Vai em paz, meu filho!






Marinha Grande, 18 de Junho de 2024
Joaquim Mexia Alves

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

DIÁLOGOS COM O SENHOR 27

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- Senhor, hoje não encontro inspiração para escrever sobre a minha vivência da fé.
- Escreve sobre o teu amor por Mim.


- Era mais fácil, Senhor, escrever sobre o Teu amor por mim, por nós.
- Isso julgas Tu, meu filho. Afinal conheces verdadeiramente tão pouco do Meu amor por ti, por vós!

- Sim, Senhor, acredito que não consigo, nem por um pouco, abarcar toda a dimensão do Teu infinito amor por mim, por nós.
- Não te preocupes com isso. Basta-te saber que te amo, que vos amo, com amor infinito e eterno e que dei a vida por ti, por todos vós.

- Escrever sobre o meu amor por Ti, Senhor, é algo de muito difícil, a não ser escrever com toda a simplicidade e toda a sinceridade que Te amo, que Te quero amar acima de todas as pessoas, acima de todas as coisas.
- Eu sei, meu filho, que esse é o desejo profundo do teu coração, mas como concretizas tu esse amor que Me tens e queres ter?

- Oh, Senhor, como tantas vezes digo e escrevo é tão fraco o meu amor por Ti. Tão inconstante, tão volúvel, tão frágil!
. Meu filho, quem sabe do teu amor por Mim, sou Eu. Tu apenas tens que amar com todas as capacidades que te dei.

- Reparo, Senhor, que me dizes “tens que amar” e não “tens que Me amar”?
- De propósito, meu filho, porque se tu amas com amor verdadeiro o teu próximo, seja ele qual for, é a Mim que tu amas.

- Ai, Senhor, que assim tudo se complica, porque há ainda tanta gente à minha volta que eu não amo, ou seja, que eu ainda não tenho verdadeiramente no meu coração. Até, confesso humilde e envergonhadamente, algumas pessoas me causam, digamos, aversão.
- Eu estou em todos, mas é nesses particularmente e em relação a ti, que me faço presente, mesmo que eles não Me queiram, porque a todos amo sem acepção de qualquer espécie.

- Mas isso és Tu, Senhor, que tudo podes, cujo amor é infinito e sem quaisquer barreiras, pois até amas aqueles que Te repudiam.
- Por isso, meu filho, é imprescindível que Me ames acima de tudo, porque só no Meu amor e com o Meu amor, tu podes amar aqueles que te são mais difíceis de amar, para assim também os guardares no teu coração e por eles intercederes junto de Mim.

- É tão belo, Senhor, o Teu amor, mas tão difícil de viver, porque só amando, ou melhor, só querendo amar como Tu amas, é que o amor se torna verdadeiro amor.
- É verdade, meu filho, mas repara que já te fiz sentir, de vez em quando, esse amor que te tenho e com o qual tu deves amar os outros e, sabes bem, como tudo se iluminou na tua vida, como a paz e a serenidade te fizeram sentir irmão de todos e a felicidade te deslumbrou por momentos.

- É verdade, Senhor! Obrigado por esta conversa que nunca tem fim e por isso a continuo, pedindo-Te que me ensines a amar como Tu amas.
- Deixa-te tomar pelo Meu amor. E, quando estiveres com dúvidas, pede-Me amor para com ele amares mais e melhor e, em cada momento de intranquilidade ou de escuridão, reza a oração ao Pai que vos ensinei, porque ela contém tudo o que é necessário para amares e seres amado.




Marinha Grande, 11 de Outubro de 2023
Joaquim Mexia Alves

sábado, 2 de setembro de 2023

DIÁLOGOS COM O SENHOR 27

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- Apetece-te escrever, mas não sabes sobre quê.
- É verdade, Senhor. Mas Tu sabes bem que isso me acontece muitas vezes.

- E não achas estranho que isso aconteça?
- Talvez, Senhor! Mas Tu, que sabes muito melhor o que eu sou e o que se passa em mim, podes ajudar-me a perceber porquê?

- Não será, meu filho, um desejo de falares Comigo, um desejo de orar/conversar Comigo por escrito?
- Perguntas-me Tu, Senhor, que me conheces melhor do que eu me conheço?

- Pergunto-te para que percebas melhor esses teus desejos, que no fundo, são desejo de Mim.
- Disso, Senhor, não tenho dúvidas!

- E não tens dúvidas porquê?
- Porque cada vez mais, Senhor, Te procuro quase ansiosamente em tudo o que faço e sou, mas sinto-me tantas vezes tão afastado de Ti.

- Mas meu filho, tens que reconhecer que cada vez que Me chamas ou te diriges a Mim, Eu estou contigo e mesmo quando não o fazes Eu estou contigo também.
- Obrigado, Senhor, porque Te deixas tantas vezes sentir por mim e isso dá-me uma paz e um amor que apenas quero testemunhar em simplicidade e verdade.

- Percebeste agora porque tinhas tanto desejo de escrever?
- Sim, Senhor, percebo que precisava desta conversa escrita para Te ler e ouvir falar-me ao coração. Obrigado, Senhor!




Marinha Grande, 2 de Setembro de 2023
Joaquim Mexia Alves

segunda-feira, 26 de junho de 2023

DIÁLOGOS COM O SENHOR 26

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«Não julgueis e não sereis julgados.» Mt 7, 1



- Pois, Senhor, mas é muito raro alguém ouvir-me a dizer mal ou a julgar o outro em público.
- Talvez seja um pouco verdade, meu filho, mas achas tu que só aquilo que sai da tua boca é que é julgamento e dizer mal dos outros?
E no teu pensamento?
E naquilo que interiormente pensas do outro, embora o possas não dizer de viva voz?
Não fazes tu um julgamento do outro?
Não “dizes” tu mal do outro para ti mesmo?

- É verdade, Senhor, realmente e afinal julgo e penso muitas vezes mal do outro no meu pensamento! Perdoa-me, Senhor!
- Sabes que quando o fazes assim nem sequer dás ao outro a possibilidade de responder ao teu julgamento, à tua maledicência em pensamento? Fica irremediavelmente manchado pelo teu pensamento.

- Reconheço, Senhor, que assim sou, que assim faço.
- Calcula tu que podias escutar os pensamentos dos outros em relação a ti? Não te revoltarias com a maior parte deles porque achavas para ti que não eram justos? Mas já percebeste que não lhes podias responder porque estavam apenas no pensamento dos outros?

- Mais uma vez, Senhor, perdoa-me e ajuda-me a não julgar nem dizer mal de ninguém, nem em público nem de viva voz. Purifica, Senhor, o meu pensamento e o meu falar.
- Sabes bem meu filho que tens sempre o meu perdão, por isso não te esqueças de confessar esses pecados da próxima vez que te abeirares da Confissão.
«Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» Jo 8, 11




Marinha Grande, 26 de Junho de 2023
Joaquim Mexia Alves

segunda-feira, 19 de junho de 2023

DIÁLOGOS COM O SENHOR 25

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- Quem achas tu que és?
- Oh, Senhor, essa pergunta, perdoa-me, deveria ser respondida por Ti, pois Tu é que me conheces total e perfeitamente, como nem eu me conheço.

- Mas Eu não te perguntei quem és, mas sim quem achas tu que és?
- Oh, Senhor, quem acho eu que sou? Perante Ti apenas posso responder que sou um homem fraco e pecador que Te procura insistentemente para saber verdadeiramente quem sou.

- Mas que dizes tu de ti próprio?
- Digo que quando me confronto percebo que sou orgulhoso, vaidoso, muitas vezes convencido de ser melhor do que outros e que isso é, infelizmente, uma constante na minha vida.

- Não lutas tu contra tudo isso que agora me dizes?
- Sim, Senhor, Tu sabes bem, todos os dias, mas é tantas vezes uma luta que me parece não conseguir ganhar, embora tenha consciência de que, apesar de tudo, vou tendo pequenas vitórias.

- E travas essa luta sozinho?
- Eu julgo que não, Senhor, porque Te sei a meu lado, comigo, mas muitas vezes parece que me deixas, permitindo que eu caia, para depois me levantares e eu perceber que é em Ti e Contigo que estas lutas se travam.

- Então tu achas que só tens defeitos?
- Não, Senhor, verdadeiramente tenho de reconhecer, espero que humildemente, que também tenho qualidades, dons ou talentos, porque me vêm da Tua graça.

- E o que fazes com essas qualidades, com esses dons ou talentos que Eu te dou?
- Tento, Senhor, tento sempre colocá-los ao Teu serviço, servindo outros, mas infelizmente muitas vezes me ufano deles.

- Mas reconheces que não são teus, mas sim fruto da minha graça?
- Sim, Senhor, acredito, quero acreditar, que são Teus e apenas fruto da Tua graça.

- Achas então que não os mereces, ou melhor, que Eu não tos deveria conceder?
- Oh, Senhor, quem sou eu para saber o que mereço ou não e o que Tu deves conceder e a quem. Acredito que Tu não concedes essas graças por qualquer merecimento, que nunca teremos, mas por Tua livre vontade, que não conseguimos abarcar totalmente.

- Não fazes então nada para receber esses dons ou talentos que a minha graça te concede?
- Se alguma coisa faço, Senhor, é porque Tu me conduzes e ajudas a fazê-lo pelo Espírito Santo. Talvez, Senhor, eu esteja disponível, ou melhor, me entregue a Ti e assim podes actuar em mim e servires-te de mim para Te servir, servindo outros.

- E achas que isso é pouco? Achas que essa disponibilidade e entrega tentando fazer a minha vontade é pouco?
- Que sei eu, Senhor, pobre de mim da verdade das minhas razões? Só Tu, Senhor, sabes verdadeiramente da sinceridade dessa minha disponibilidade e entrega. Abandono-me, ou desejo abandonar-me a Ti e que seja verdade em mim também o Sim de Tua Mãe.

- Olha, meu filho, quem mede o teu orgulho, a tua vaidade, o teu convencimento, sou Eu e não tu, por isso descansa porque enquanto reconheceres essa luta dentro de ti, Eu estarei sempre aqui para te ajudar a lutar, e sempre te abençoarei com o meu perdão, cada vez que me procurares com arrependimento, confessando as tuas fraquezas.

Baixo os olhos e digo cheio de alegria serena, de confiança reforçada, de esperança concretizada:
- Obrigado, Senhor, porque me amas apesar de mim!



Monte Real, 19 de Junho de 2023
Joaquim Mexia Alves

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS 24

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Apetecia-me perguntar aquilo que muita gente Te pergunta: Porquê eu, Senhor?
Podia responder-te de forma simples perguntando porque não tu e sim outro qualquer.

Eu compreendo, mas por vezes é tão difícil entender e aceitar.
Sabes bem, porque sabes que Eu sou “apenas e só” amor, que nunca poderia “atribuir” problemas ou sofrimento a ninguém.

Mas porquê, Senhor? Porquê o sofrimento?
Faz parte da condição humana. Repara que o corpo humano é perecível e frágil.
Assim, mesmo que não tivesses doença nenhuma ao longo da vida, quando o corpo começa a envelhecer é normal que tenha problemas, dificuldades, dores, sofrimentos, enfim.
Lembra-te, também, que para além do sofrimento físico existem também os sofrimentos “sentimentais”, emocionais, porque dada a condição de fraqueza do homem pecador, os ciúmes, as traições, a má-língua, etc., etc., também provocam o sofrimento ao longo da vida.

Mas pode existir um sentido no sofrimento?
Não, meu filho, não se pode atribuir um sentido ao sofrimento como se ele fosse coisa boa.

Mas pode-se tirar um sentido do sofrimento. Como?
Repara que Jesus Cristo enquanto Homem, sofreu tudo o que há para sofrer, desde o sofrimento físico, ao mental, sentimental, até à morte e morte de Cruz, como escreve Paulo.
E repara que Ele não desejava o sofrimento, por isso mesmo naquela hora pediu ao Pai que afastasse dEle “aquele cálice”.
Contudo aceitou o sofrimento porque lhe deu um sentido e um sentido extraordinário.
Já que o ia viver ofereceu-o inteiramente pela salvação do Homem.

Devo então desejar o sofrimento para oferecer pelos outros?
Não, meu filho, não deves tu nem ninguém desejar o sofrimento seja porque razão for.
Mas já que o sofrimento é inerente à vida é aceitá-lo, combatendo-o com certeza pelos meios à disposição, e oferecê-lo pelos outros que sofrem também ou que ainda não Me quiseram encontrar.
Então o sofrimento terá um sentido e mesmo no meio da tribulação trará paz e tranquilidade porque se reveste de amor aos outros.

Obrigado. Tens sempre razão, obviamente, porque eu sinto o que me dizes quando aceito o sofrimento e o ofereço pelos outros.
Unidos à Cruz de Cristo todos se tornam obreiros da salvação dos homens pela Minha graça e pelo Meu amor.




Monte Real, 10 de Janeiro de 2023
Joaquim Mexia Alves

terça-feira, 16 de agosto de 2022

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS 23

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O que pensas tu que é a oração?
Eu, Senhor?


Sim, tu. É a ti que me dirijo e pergunto: O que pensas tu que é a oração?
Oh, Senhor, e sei lá eu responder-Te a essa pergunta! Tu é que tens de me ensinar a orar, pelo Teu amor, Senhor eu to peço.


Eu ensino-te todos os dias, meu filho, quando o Espírito Santo te impele a pensar em mim, a dirigires-te a mim, a sentires a minha presença na tua vida. Por isso pergunto-Te novamente: O que pensas tu que é a oração?
Oh, Senhor, eu penso que orar é procurar-Te com amor, é sentir-Te com amor, é falar-Te com amor. Mas eu, Senhor, embora Te procure, embora Te sinta, embora Te fale, ainda acho que não sei orar.


Então pensas tu que as palavras são mais importantes?
Que a tua postura é mais importante?
Que a tua sinceridade é mais importante?
Sei lá, Senhor, penso que tudo isso e muito mais é importante na oração.


Sabes, meu filho, o que é mais importante quando orares?
Não, Senhor. Diz-me, por favor!


O mais importante, meu filho, é o teu desejo de Mim, o teu coração aberto para mim, a tua vontade íntima de fazer a minha vontade. O resto, (que é importante também), deixa Comigo porque eu sei bem o que desejas e precisas.
Obrigado, Senhor, e atrevo-me a perguntar: Estive a orar, Senhor?


Claro, meu filho! Não está em ti esse desejo de Mim, de Me encontrares, de quereres ser nada para Eu ser tudo em ti?
Sim, Senhor, pelo menos é isso que eu desejo que assim seja, quando Te procuro e a Ti me entrego.


Então, meu filho, aí tens a oração que se faz vida em ti!
Obrigado, Senhor!




Monte Real, 16 de Agosto de 2022
Joaquim Mexia Alves

quinta-feira, 31 de março de 2022

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS 22

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Porque duvidas sempre ao fazeres o que te peço, servindo-me de outros?
Oh Senhor, porque sou orgulhoso, vaidoso e receio quando me pedem para falar, eu o faça para “dar nas vistas”, para ser elogiado, e então tenho medo de errar e sentir humilhação em relação aos outros, claro.

Mas, meu filho, se alguém te chama a falares em Igreja, a dar testemunho do que aprendeste, viveste e vives, não acreditas que sou Eu que te chamo a fazê-lo?
Sim, Senhor, quero acreditar nisso mesmo. Mas mesmo assim o meu ser orgulhoso tem medo de falhar, não por causa de Ti, mas por causa do que os outros diriam de mim. Perdoa, Senhor, esta minha constante fraqueza.

Não saberei Eu o que faço? Não saberei Eu como tu és e o que sentes? E, no entanto, chamo-te para o fazeres e se te chamo é porque estou contigo e te ajudo em cada um desses momentos.
Eu sei, Senhor, e depois de cada momento desses eu percebo que afinal me entreguei, me deixei conduzir, por Tua graça, claro, mas os momentos antes são tão angustiantes, Senhor.

Sabes, se não tivesses essa fraqueza, se não tivesses medo de falhar por causa dessa fraqueza, considerar-te-ias tão capaz, tão “perfeito”, que acharias não precisar de Mim, e, então sim, falharias por completo o que Eu te peço para fazer.
Reconheço isso, Senhor, e por isso mesmo me afadigo tanto na oração antes de falar, para Te pedir humildade e serviço, e que afastes de mim o orgulho e a vaidade.
Por isso Te peço, Senhor, deixa-me viver com esta fraqueza para que sempre e em todos os momentos eu perceba cada vez mais que sem Ti nada sou, nem posso.

Há fraquezas, meu filho, que ajudam a construir, que ajudam a reconhecer os limites de cada um, e, quando o próprio admite essas fraquezas, só uma coisa lhe resta, rezar e abandonar-se em Mim.
Obrigado, Senhor!



Monte Real, 31 de Março de 2022
Joaquim Mexia Alves

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (21)

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«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador». 
«Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens». 


Como pode ser isso possível, Senhor, se apesar de “pescado” ainda me debato tanto na tua “rede”, tentando libertar-me? 
Meu filho, é normal que te debatas em busca da liberdade, porque ainda não percebeste verdadeiramente que é na minha “rede” que és totalmente livre. 


Mas é uma “rede”, Senhor, e as redes prendem?
Repara que é uma “rede” que não prende. A “rede” que te prende e em que te debates és tu mesmo, que ainda não confias verdadeira e totalmente em Mim. 


De que é feita a tua “rede”, Senhor? 
A minha “rede” é feita só de amor e como sabes, quando o experimentas, o verdadeiro amor, o amor que te tenho e a todos vós, não tem prisões, não tem barreiras, é completamente livre, porque é todo doação e recepção. 


Oh, Senhor, percebo e quero viver intensamente na liberdade da tua “rede” de amor, mas «pescador de homens», eu? Pobre de mim! 
Sabes, meu filho, para ser «pescador de homens» não é preciso saber pescar! É preciso apenas saber amar! 


Mas é tão fraco o meu amar, Senhor! 
Quando te chamo a ser “pescador de homens”, como chamo a todos, Eu dou-te tudo o que precisas, sobretudo o amor. Mostra, testemunha o meu amor nas “águas da vida”, leva a “barca da tua vida” onde Eu te conduzir, toca e deixa-te tocar, sente e faz sentir, sorri e recebe os sorrisos, abraça e deixa-te abraçar, beija e deixa-te beijar, ama e deixa-te amar, e Eu me encarregarei do resto da “pesca”. 


E, Senhor, como posso eu saber se sou bom «pescador de homens»? 
Não te preocupes com isso. Faz-te apenas “ao largo” lança a “rede do Meu amor”, e Eu atrairei a Mim aqueles que quero pescar. Não precisas saber do resultado da tua “pesca”, não te vás tu orgulhar. Basta-te saber que Eu estou contigo a “pescar”! 


Obrigado, Senhor, por quereres que eu seja “pescador do Teu amor”! 
A todos Eu chamo, meu filho, a serem “pescadores do Meu amor”, de tal modo que o “pescado” é “pescador” e o amado é também o amor! 




Monte Real, 2 de Setembro de 2021 
Joaquim Mexia Alves

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (20)

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Então, meu filho, este ano está a acabar. O que Me queres dizer sobre ele?

Oh, Senhor, foi um ano complicado, com tantas coisas que não correram bem e sobretudo esta pandemia. Mas houve coisas muito boas, sem dúvida!

Então e nessas coisas que não correram tão bem, encontraste algo para a tua vida?

A pandemia, Senhor, fez-me reflectir na nossa fragilidade, na nossa pequenez!

Afinal um vírus, coisa tão ínfima, coloca em perigo a humanidade, o Homem, que se julga tantas vezes invencível.

Mas Eu estou sempre convosco, sabes bem!

Sim, Senhor, eu sei e acredito firmemente que sim.

E toda esta situação faz-me pensar, (e espero bem que os outros também assim pensem), em como na nossa sociedade, apesar de tantas promessas de solidariedade, afinal íamos/vamos ficando cada vez mais individualistas, egoístas, “frios” nos sentimentos, e com as distâncias obrigatórias da pandemia, percebemos agora como nos fazem falta os afectos, os abraços, os sorrisos, (agora tapados por máscaras), enfim, os toques de amor entre nós.

É verdade, meu filho, o homem só é feliz em comunidade, em comunhão de amor, coMigo e com os outros e por isso precisa sempre de gestos, atitudes e palavras.

Senhor, neste novo ano que vai começar, afasta de nós esta pandemia, mas sobretudo, afasta de nós o individualismo, o egoísmo, a indiferença, que tantas vezes fazemos sentir aos outros, principalmente àqueles que mais necessitam, quer materialmente, quer emocionalmente.

Para isso, meu filho, voltai-vos para Mim, e «tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»* Enfim, meu filho, procurai em tudo fazer a Minha vontade.

Obrigado, Senhor, nas Tuas mãos entrego este novo ano, o meu e o de todos os homens.

 

Marinha Grande, 31 de Dezembro de 2020

Joaquim Mexia Alves

 

*Mt 11, 29-30

terça-feira, 13 de outubro de 2020

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (19)

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Noto em ti alguma tristeza, meu filho. O que se passa?

 Ó Senhor, então não sabes o que se passa?

 Eu sei, meu filho, mas gostava que me dissesses.

 Sabes, Senhor, é tão difícil às vezes lidar com certas situações que envolvem outros e querer manter o sorriso, a boa vontade, a concórdia.

 Eu sei, meu filho, lembra-te do que passei nas mãos daqueles que Me ofendiam e batiam e no entanto guardei no coração tudo isso e transformei-o em perdão.

 Pois é, Senhor, mas Tu tinhas a certeza de que nada tinhas feito para que tal acontecesse e eu tenho sempre a sensação que nalgum tempo concorri para aquilo que se passa comigo nestas situações.

Mas, meu filho, tu não és perfeito, sabes bem. E os outros também não o são. Aos teus olhos parece-te injustiça, pior, sentes como injustiça, mas para os outros talvez não seja esse o seu sentimento, porque não conseguem perceber as razões que te moveram.

Mas dói, Senhor, apetece desistir, não me preocupar mais com essas situações e viver a vida que me deste em paz, contigo.

E julgas, meu filho, que poderás viver em paz comigo se não estiveres em paz com os outros?

Pois, Senhor, por isso Te digo que é tão difícil!

Olha, meu filho, faz primeiro as pazes contigo, depois tenta colocar-te na pele dos outros, a seguir perdoa as más interpretações dos outros, (afere também se foste claro e transparente), e depois … depois enquanto tentas resolver tudo, coloca nas minhas mãos, reza, confia e espera, sabendo que Eu estou contigo e com os outros também.Hoje é dia da Minha Mãe em Fátima, por isso coloca no seu regaço todas as tuas intenções e situações e não te esqueças que Eu disse: «Mulher, eis o teu filho!» Jo 19, 26

 Obrigado, Senhor, abriste um sorriso no meu coração e na minha boca!

 

 Monte Real, 13 de Outubro de 2020

Joaquim Mexia Alves

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (18)


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Julgas que Me fui embora, que não estou perto de ti?

Não sei, Senhor!
O meu acreditar, o meu querer, diz-me que estás aqui a meu lado, que me abraças, que me falas, que me envolves!
Mas o meu sentir, este sentir humanamente racional, nada me faz sentir, ou melhor, sinto-Te longe, quase como se me dissesses que estou por minha conta!

Mas sabes que isso não é verdade, não sabes?

Não sei, Senhor!
Quero acreditar que não, que não é verdade, que Tu estás aqui como sempre estiveste, mesmo quando eu não estava, mesmo quando eu não estou.

Repara que só o facto de falares coMigo devia mostrar-te que Eu estou aqui e não largo a tua mão.

Está bem, Senhor!
Aceito que assim seja. Aceito que estás aqui, que me tomas pela mão, que me envolves e amas, mas porque não o sinto, Senhor, porque não me sinto em paz?

Olha, meu filho, uma coisa é aceitares que Eu estou contigo agora e sempre, outra é confiares que estou contigo e te ajudo a ultrapassar os maus momentos.
Confias tu, que Eu te ajudo, (assim tu queiras), a ultrapassar as dificuldades, os vazios, os escuros da vida?

Quero confiar, Senhor!
Mas Tu és tão difícil!
Não queres dar sinais, ou então dás mas não os vejo!
Não queres dar soluções, mas dás caminho para as soluções!
Não queres colocar-me ao colo, mas queres fazer-me andar pelos meus próprios pés.
Caramba, Senhor, dá-me só um abraço que me faça sentir a Tua presença e eu poderei descansar em Ti!

O abraço está dado, meu filho, nesta pequena conversa!
Não vês como te sentes mais confiante, mais em paz?
Não sentes essa lágrima que cai pela tua face?
Não sentes esse calor no coração?
Sou Eu, meu filho, descansa, confia e espera, não deixando nunca de fazeres a tua parte.

Devolveste-me o sorriso!
Realmente, Senhor, realmente:
Só Deus basta!


Monte Real, 3 de Janeiro de 2020
Joaquim Mexia Alves
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terça-feira, 10 de abril de 2018

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (17)

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Nascer de novo, Senhor?

Sim, meu filho, nascer de novo!

Mas, Senhor, quando Te encontrei, ou melhor, quando Tu me fizeste encontrar-Te ao fim de tanto tempo, não foi esse um “nascer de novo”?

Sim, foi meu filho, e houve alegria no Céu pelo teu novo nascimento, mas sabes que em Mim, o nascer, o crescer, o morrer, faz tudo parte do “Novo” que Eu sempre sou.

Como pode ser isso, Senhor?

Repara quando nasces em e para Mim, nasces de novo para a vida que Eu Te dou.
Mas quando cresces nessa vida, nasces sempre um pouco em e para Mim, num processo contínuo, que é feito de contínuo nascimento e crescimento, de contínuo crescimento e nascimento.

Então, Senhor, e a morte?

Na morte, meu filho, voltas a nascer em e para Mim, se a tua vida foi um contínuo nascimento e crescimento em e para Mim.
Só que a morte em Mim, torna-se no derradeiro nascimento, no último crescimento, porque a partir daí já não necessitas de voltar a nascer, de continuar a crescer, nem voltarás a morrer, porque estarás em Mim, e Eu sou a eternidade.

Obrigado, Senhor, quero nascer e crescer sempre de novo, para morrer em Ti, nascendo para a vida.

Lembra-te sempre, meu filho: «Eu renovo todas as coisas». Ap 21, 5


Marinha Grande, 10 de Abril de 2018
Joaquim Mexia Alves
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sábado, 9 de setembro de 2017

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (16)

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Senhor?

Sim, meu filho!

Precisava pedir-Te uma coisa.

Agora não tenho tempo, meu filho!

Mas, Senhor, como podes Tu não ter tempo se és o dono do tempo?

E não és tu também, meu filho, o dono do teu tempo? Não te dei eu liberdade total para usares o tempo que te pertence?

Sim, Senhor, isso é verdade. Mas não percebo o porquê dessas Tuas perguntas?

É simples, meu filho. Quando passas pelo pedinte, pelo solitário, pelo esfomeado, pelo sedente, pelo desprezado, pelo outro, e não o olhas, não o ajudas, não te preocupas sequer, não dizes tu no teu intimo, como desculpa, que “agora” não tens tempo?

Sim, Senhor, é verdade! Muitas vezes como desculpa para nada fazer, digo que não tenho tempo para olhar, ouvir ou ajudar o outro.

Pois, meu filho, mas quando não tens tempo para o outro, estás a dizer que não tens tempo para Mim!

Perdoa, Senhor, que sou fraco e pecador!

Está bem, meu filho! Diz lá então o que precisas, porque Eu tenho sempre tempo para ti!!!


Marinha Grande, 9 de Setembro de 2017
Joaquim Mexia Alves
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sexta-feira, 30 de junho de 2017

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (15)

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Senhor, de dentro de mim vem esta vontade de escrever, de colocar no papel aquilo que sinto por Ti, ou apenas conversar e ouvir-Te, mas parece que estou “seco”, frio, sem pensamentos ordenados que expressem o que vivo.

Tens-Me procurado na Eucaristia, Joaquim?

Oh, Senhor, não tanto como preciso, não tanto como devo, não tanto como Te amo!

E, no entanto, tens-me ali, a dois passos de tua casa, não é verdade?

Sim, Senhor, é verdade! Conta-se por segundos o tempo que posso demorar a chegar a Ti, na Eucaristia.

Lembras-te do esforço, dos perigos que tantos correm, nos lugares onde são perseguidos, para chegar até Mim na Eucaristia?

Mais uma vez é verdade, Senhor! E eu sem nada que temer, nem caminhos de risco para percorrer!

Meu filho, aqueles que amam precisam de se procurar, de se encontrar, de se entregar, para cada vez mais conhecerem e fortalecerem o amor que os une.
Eu, meu filho, amo-te incondicionalmente, mas tu, fraco como és humanamente, precisas de Me procurar, de Me encontrar, em todo o tempo e espaço, mas sobretudo na Eucaristia, para melhor Me conheceres, sentires, viveres e assim melhor Me amares, para com o meu amor melhor poderes amar os outros.

Baixo a minha cabeça, o meu olhar para Ti, Senhor, porque a minha preguiça me envergonha!
Hoje recomeço, porque em Ti, tudo é sempre novo!
Obrigado, Senhor!


Monte Real, 30 de Junho de 2017
Joaquim Mexia Alves
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quinta-feira, 18 de maio de 2017

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (14)

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Senhor, porque é que de vez em quando me vem uma tristeza, um vazio, um sentir-me sem caminho, nem objectivo?

Porque, meu filho, ainda colocas a esperança da tua felicidade em muitas coisas do mundo, em muitas coisas materiais.

Mas, Senhor, é errado desejar que os trabalhos que faço, é errado desejar ter uma vida mais desafogada, ou seja, não ter preocupações materiais com o futuro?

Não, meu filho, não é errado! Errado é colocares nessas coisas a tua esperança de felicidade.

Porquê, Senhor, se Te amo e em Ti confio e espero.

Mas, meu filho, na pergunta e afirmação que fazes antes, de alguma forma negas essa confiança e essa esperança em mim, na minha vontade e poder para te dar a felicidade.

Explica-me, Senhor! Ensina o meu coração!

Repara, meu filho, que a felicidade quando é colocada nas coisas do mundo é sempre inalcançável, porque nunca te preenche tudo aquilo que consigas obter. Quererás sempre mais!
O amor, o meu amor, o amor com que te amo não tem dimensão, em tamanho, espaço ou tempo. É desde sempre e para sempre!
Se nele te deixas envolver totalmente, então toda a tua confiança, toda a tua esperança reside nesse meu amor, reside em Mim.
Alguma vez te faltei com algo que verdadeiramente necessitasses?
Em que momentos da tua vida encontraste mais felicidade, mas paz, mais certeza de sentido de vida? Junto a Mim e comigo, ou fora de Mim, no mundo?

Oh, Senhor, disso não tenho dúvidas! Foi junto a Ti e contigo!

Então, meu filho, vive o mundo e no mundo, em comunhão comigo, e então confiarás e esperarás em Mim, e os desaires, as provações, os obstáculos da vida, não só serão ultrapassados, mas serão caminho para cada vez mais Me amares, com o Meu amor amares os outros, e assim cada vez mais te sentires amado.

Obrigado, Senhor!
Realmente a felicidade, e a paz que Tu nos dás, não são como a felicidade e a paz que o mundo dá, mas sim a eternidade do amor.



Marinha Grande, 18 de Maio de 2017 
Joaquim Mexia Alves
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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (13)

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Senhor, Tu amas-me?

Claro que te amo, meu filho, com amor eterno.

Senhor, Tu amas-me assim, apesar dos meus defeitos, das minhas fraquezas, dos meus pecados?

Não, meu filho, Eu não te amo apesar dos teus defeitos, das tuas fraquezas, dos teus pecados. Eu amo-te com os teus defeitos, com as tuas fraquezas, com os teus pecados.

Ó, Senhor, então Tu amas-me como eu sou e não como eu deveria ser!

Sim, meu filho, Eu amo-te como tu és e é no meu amor que encontras sentido e forças para lutares e te libertares dos teus defeitos, das tuas fraquezas e dos teus pecados.

Ah, Senhor, então é com esse amor que Tu queres que nos amemos uns aos outros?

Claro, meu filho. Só amando os outros como eles são, (e não como gostaríeis que eles fossem), é que podereis amar os que vos querem bem, os que não vos querem tão bem e até mesmo os que vos querem mal. É no meu amor, que encontrareis sentido e razão, para amar com este amor pleno.

Senhor, como é bom o amor!!!

Sim, meu filho, o amor é a maravilha de Deus aos homens e para os homens.



Marinha Grande, 30 de Setembro de 2016
Joaquim Mexia Alves
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