.
.
Senhor
olhas-me com esse Teu olhar doce e terno e dizes-me com um sorriso: «Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo.»
Eu percebo o Teu olhar, mas não consigo alcançar a razão do Teu sorriso.
Deixo-me tocar pelo Teu amor e ouço-Te dizer me: Sorrio, porque a cruz nos teus ombros, é exactamente a cruz que tu podes carregar.
Ó Senhor, mas às vezes sinto- a tão pesada!
Preferes a minha, meu filho? Olha que é um pouco mais pesada do que a tua, e ainda por cima o peso dela é o peso da tua, mais o peso da de todos os outros, sejam eles quais forem.
Baixo a cabeça, levanto os ombros para pegar na minha cruz, regresso ao caminho, e percebo que ela já não me pesa tanto como antes pesava.
Sou Eu que te ajudo transportá-la, dizes-me Tu, quando a Mim te entregas.
Agora sou eu que sorrio e Te digo cheio do meu possível amor: Obrigado Senhor, pela minha cruz. Peço-Te que me dês força para a transportar e, já agora, mais um pouco de força ainda, para ajudar a transportar as cruzes de outros que colocas no meu caminho.
Abre-se a Tua face, ris alegremente, e dizes-me que cada cruz transportada em amor é sempre unida à Tua Cruz que nos dá a vida e a salvação.
Marinha Grande, 6 de Setembro de 2025
Joaquim Mexia Alves

Sem comentários:
Enviar um comentário