quarta-feira, 31 de julho de 2019

ORAÇÃO E PROVAÇÃO


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Hoje pensava que tantas vezes rezo e peço a Deus e parece que Ele não me ouve, não me responde, não me dá aquilo que Lhe peço.

Depois reflecti no meu coração se Deus não me pergunta também se eu O ouço, se eu Lhe respondo, se eu Lhe dou aquilo que Ele me pede.

Percebi então que rezo muito, peço muito, mas que ouço pouco, ou nem sequer ouço o que Ele me diz ao coração.

Se eu acredito em Deus, tenho que acreditar que Ele sempre me ouve e responde, que Ele sempre me dá o que Ele sabe ser melhor para mim.

Teimoso que sou, como qualquer outro homem, não quero perceber muitas vezes que preciso passar por provações para aprender a chegar à paz e ao amor.

É verdade que as provações às vezes são muitas, (na minha vida já tive e tenho tantas), mas que comparadas com as de tantos outros, são bem menores, por isso tenho que perceber que as que são permitidas na minha vida são aquelas que Ele sabe, na Sua infinita sabedoria, eu posso suportar, porque Ele nunca permite que me aconteça algo para além das minhas forças, das forças que Ele me deu.

Então, perante esta evidência, tenho que me perguntar: O que queres Tu de mim, Senhor?

E Ele responde-me, olhos nos olhos: A fé “apenas” como um grão de mostarda, e tudo perceberás, tudo alcançarás, porque só precisarás daquilo que Eu te dou e só isso te bastará!

E eu só tenho então que pedir: Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé!


Monte Real, 31 de Julho de 2019
Joaquim Mexia Alves
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segunda-feira, 22 de julho de 2019

«VI O SENHOR» - Jo 20,1-2.11-18


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Quantas vezes Te procurei, sem convicção, sem vontade verdadeira de Te encontrar, obcecado pelo mundo, pelos seus prazeres, pelo meu ego, pelo meu egoísmo, pelo meu orgulho, pelo meu eu!?

E Tu, Senhor, quantas vezes vieste ao meu encontro como o tal “jardineiro”, na pessoa de tantos que colocaste na minha vida, mas que eu não queria ver!

Um dia, Senhor, em que percebeste que talvez eu me perdesse definitivamente, chamaste-me pelo nome, Joaquim, e eu voltei atrás e perguntei: Senhor?

Abriste-me os braços, envolveste-me no Teu amor, perdoaste os meus pecados, (e eram tantos, Senhor!), e disseste-me com a Tua infinita alegria: Segue-me!

E eu segui-Te!

Então olhaste para mim e disseste: Vai dizer aos meus irmãos, com a tua vida, com o teu testemunho, com as palavras que te hei-de dar, que eu sou o Senhor, O que dá sentido à vida, o amor maior entre todos os “amores”, O que salva, O que veio para que a vossa «alegria seja completa».

E eu, Senhor, assim o tento, todos os dias, (falhando tantas vezes), mas acreditando sempre que Tu és infinitamente maior do que as minhas fraquezas, do que tudo o que eu sou, e afirmando sempre a todos quantos se cruzam na minha vida: «Vi o Senhor!»


Monte Real, 22 de Julho de 2019
Joaquim Mexia Alves
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terça-feira, 16 de julho de 2019

FALTAM-ME AS PALAVRAS


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Sinto-Te, Senhor, e quero dizer-Te tantas coisas, expressar o meu louvor, o meu amor, a minha adoração mas parece-me que estou vazio de palavras, de expressões, de emoções.
Queria saber inventar palavras para Te louvar, para Te expressar a minha entrega, mas as que me saem já estão todas inventadas e são tão pobres em relação à Tua grandeza.

A Tua grandeza!

És tão grande, Senhor, e, no entanto, fazes-Te tão perto, tão pequeno, tão humilde, tão doado, como se em vez de ser eu a dizer que preciso do Ti, és Tu que me dizes que queres sentir o meu abraço!
Porquê, Senhor, porque queres precisar do meu abraço, porque queres precisar do meu amor, porque queres precisar da minha vida?
Nada posso acrescentar à Tua grandeza, ao Teu amor, ao Tudo que Tu És!

Pois não, dizes-me Tu, meu Deus, mas quando Me abraças, quando Me amas, quando Me dás a tua vida, acrescento Eu a ti o tanto que sempre precisas, não só para ti, para te completares, para te salvares, mas também para dares aos outros tudo o que a ti dou.

Mas, Senhor, e o meu orgulho, a minha vaidade, o meu desconforto quando sinto que gosto de elogios e de agradecimentos?
É tudo Teu, Senhor, porque continuas a permitir que eu viva sempre e cada vez mais esta luta de me sentir mal comigo próprio, quando me orgulho ou envaideço?

Porque, meu filho, quando assim te sentes percebes sempre que tudo vem de Mim, e não descansas na luta de querer sempre ser e fazer tudo segundo a minha vontade.

Continuam a faltar-me as palavras, Senhor!
Aceitas apenas um amo-Te vindo do coração?



Monte Real, 16 de Julho de 2019
Joaquim Mexia Alves
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terça-feira, 2 de julho de 2019

A BONANÇA


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Dormes na barca da minha vida,
Senhor,
e eu assim velejo descansado,
tocado,
pelo vento do Teu amor.

Levantam-se as ondas,
as tormentas,
as tribulações,
e o medo toma conta de mim,
e nada acalma o meu coração.

Acordo-Te,
suplico por Ti,
choro até,
e Tu dizes-me,
olhos nos olhos:
Homem de pouca fé!

Depois abraças-me,
envolves-me,
enches-me de confiança,
e tudo se aquieta,
acalma,
e no meu coração,
apenas reina a Tua bonança.


Monte Real, 2 de Julho de 2019
Joaquim Mexia Alves
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