sábado, 30 de janeiro de 2016

ABRIR O CORAÇÃO AO AMOR

.
.







Mansamente,
cheio de amor,
Ele bate à porta da nossa vida.

Meigamente,
com a voz repassada de ternura,
Ele pergunta se pode entrar.

Franqueamos-lhe a porta,
abrimos-lhe a nossa vida,
entregamos-lhe o nosso coração.

Olhos nos olhos,
diz-nos com um sorriso humilde,
quase tímido:
Amo-te, 
por isso dei a minha vida por ti!

Já nada interessa,
(embora tudo interesse),
já não há mundo,
(embora nós o vivamos),
já não há mais ninguém,
(embora a todos queiramos ter),
porque Ele,
com o seu amor,
nos ensina a viver.

Na Cruz,
com Jesus,
encontramos a Luz,
que nos faz sonhar ...
a realidade
de a todos podermos amar.


Joaquim Mexia Alves

Marinha Grande, 30 de Janeiro de 2016
.

domingo, 24 de janeiro de 2016

FELIZ ÉS TU PORQUE ACREDITAS!

.
.








«Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.» Lc 1, 45

Há o Dom da Fé, Dom gratuito de Deus aos homens.

Mas se não abrimos o coração a Deus, se não abrimos o coração para acreditar, para que serve o Dom da Fé?

Feliz de ti que acreditaste, porque assim o Dom da Fé se tornou real, vivo e actuante na tua vida.

E se tens Fé, se acreditas que tens esse Dom da Fé, então acreditas em Deus pela Fé, e acreditas que Ele está sempre contigo, porque acreditas em tudo quanto te foi dito pelo próprio Senhor na Sua Palavra.

E se acreditas que Deus está sempre contigo, como podes tu não ser feliz?

Feliz és tu porque acreditas!
E és feliz porque não só acreditas em Deus, como acreditas em tudo o que Ele te disse, acreditas na Sua Palavra e acreditas em tudo quanto te foi dito da parte d’Ele, pela Igreja.

Por isso, porque acreditas, a Palavra é vida para ti, a oração é ânimo para ti, a Eucaristia é alimento para ti, a Igreja é casa de família e caminho seguro para ti e Maria é tua mãe e refúgio em todos os momentos.

Feliz és tu porque acreditas!


Leiria, 23 de Janeiro de 2016
Joaquim Mexia Alves


Nota: Escrito durante a recoleção para Ministros Extraordinários da Comunhão, no Seminário Diocesano de Leiria-Fátima
.
.

domingo, 17 de janeiro de 2016

«AINDA NÃO CHEGOU A MINHA HORA»

.
.



«Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.» Jo 2, 4

E quando chega a nossa hora, Senhor?

A nossa hora é a tua hora, Senhor, quando naquela tarde a tua cabeça pendeu sobre o teu peito e Tu entregaste a vida como Homem, ao Pai!

Nesse dia e nesse momento foi e é a nossa hora, que todos os dias se faz presente na Eucaristia.

É que foi nessa hora que nos libertaste da lei do pecado, da lei da morte, e é essa hora a que cada um de nós tem acesso, (pela liberdade com que nos criaste), que faz de nós filhos de Deus, herdeiros do Pai, no Filho, pelo Espírito Santo.

E é uma hora tão sublime e presente que é sempre a hora em que livremente escolhemos seguir-Te, para que seja a nossa hora, feita hora Tua, Senhor!

Que essa hora seja a minha hora em todos os dias e todos os momentos, não pelo relógio do tempo, mas pelo “relógio” do teu amor, Senhor!

Não contes os segundos, minutos, horas e dias em que não vivi a tua hora, Senhor, mas conta apenas, pela tua misericórdia, a hora em que fiz da tua hora, a minha hora também.

E assim, que a minha vida não tenha dias, nem horas, nem minutos, nem segundos, mas se resuma apenas e só à tua hora, para que ela seja também a minha hora, Senhor!

Porque é nessa hora, Senhor, que o milagre de Ti acontece na vida que deste!

Obrigado, Senhor!


Marinha Grande, 17 de Janeiro de 2016
Joaquim Mexia Alves
.
.

sábado, 2 de janeiro de 2016

EPIFANIA

.
.







Não foi um choque que me prostrou no chão, não foi um clarão que me arrebatou ao Céu, não foi uma voz poderosa que chamou pelo meu nome, não foi uma visão avassaladora que me revelou a Verdade.

Foi antes o encontro continuado com A presença amorosa, o abraço apertado com Quem apenas ama, a lágrima tranquilamente derramada perante o Bem tornado visível, a alegria discreta do Bem Estar indescritível, a dúvida feita certeza no reconhecimento da Verdade revelada.

Porque Tu és assim, Senhor, revelas-te no mais pequeno e no maior, nas coisas mais ínfimas e nas coisas mais importantes, em cada momento e em cada oportunidade.

Na criança nascida no meio da guerra, no prato de sopa dado a quem tem fome, na camisola vestida àquele que tem frio, no pedaço de tecto sobre o que vive na rua, no sorriso aberto àquele que está triste, no abraço apertado àquele que se sente só, no encontro tranquilo com aquele que está preso, na visita amorosa ao velho abandonado, na reconciliação de quem está desavindo, no perdão dado a cada ofensa, no perdão pedido por cada ofensa, em cada atitude em que o amor é maior do que o mundo.

Revelas-te no Sol de cada manhã, na chuva molhada que empapa os campos, no rio impetuoso que corre para o mar, no lago tranquilo prenho de peixe, na montanha majestosamente serena que torna mais longe a paisagem, na árvore mais alta que aponta o Céu, no animal selvagem e na sua impetuosidade, na ave que voa rasgando os céus, na beleza da flor que reflecte toda a cor, na voz tremenda do trovão que nos chama à razão, no poder imenso do relâmpago que tudo queima para nascer de novo, em toda a natureza, criação perfeita das Tuas mãos.

Revelas-te sobretudo no Pedaço de Pão, feito Eucaristia, servindo-te das mãos do homem em quem queres confiar, porque “apenas” sabes amar!

Afinal o Rei dos reis, é “tão só” o Servo dos servos, o Deus revelado no amor e por amor!

Obrigado, Senhor!


Marinha Grande, 2 de Janeiro de 2016
Joaquim Mexia Alves
.
.