sexta-feira, 27 de outubro de 2017

AS “PEDRAS DA VIDA”

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Na terça feira passada tive que fazer uma operação para remover uma pedra que estava onde não devia.
A operação correu até muito bem, e depois de ter vindo para casa, no dia a seguir, pensei que tudo estava passado, mas nessa noite e dia seguintes, as dores foram-me “desiludindo” da esperança que tinha de que tudo passasse sem grande dor ou incómodo.
Lá fui e vou rezando, oferecendo as dores por aqueles que com certeza têm problemas e dores muito maiores do que as minhas, e reflectindo em toda a situação.

Costumamos dizer, quando temos problemas e provações na nossa vida, que são pedras no caminho que precisamos remover e ultrapassar, para podermos viver a vida em plenitude que Deus nos dá.

Na pedra que tirei na terça feira foi preciso um médico e bastante mais pessoas, num processo que envolve sempre algum risco e sobretudo muito incómodo.

Nas “pedras da vida” temos também um “Médico” para nos ajudar a removê-las, bastando para tal, aceitarmos o seu amor e a sua vontade, embora muitas vezes não entendamos o porquê de tais “pedras da vida”, a não ser quando somos nós mesmos que as provocamos.

Também por vezes, a remoção dessas “pedras da vida”, se torna dolorosa, não na dor física, mas na dor psíquica/espiritual, e é preciso algum tempo para que tais “pedras da vida” saíam por fim da nossa vida.

Mas nesta “cura” das “pedras da vida” temos a certeza de que o “Médico” está sempre connosco, e mais do que nos operar e medicar, nos toma pela mão e nos enche de amor e da certeza que no fim, tudo acabará num bem, porque a “cura” de Deus é sempre o bem, seja em que circunstâncias for.

E na “cura” das “pedras da vida”, quando nos entregamos a Deus, sabemos sempre que não é necessária uma segunda opinião, porque a Deus nada é impossível.

Por isso, glória ao Senhor, agora e sempre e em tudo!


Marinha Grande, 27 de Outubro de 2017
Joaquim Mexia Alves
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domingo, 22 de outubro de 2017

A INCLEMÊNCIA DOS HOMENS!

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Pois,
não esperavas que a morte
te viesse,
por uma coisa,
a que chamam “ignição”!!!

Já nem tens direito
a morrer num incêndio,
porque os homens sem coração,
lhe chamam apenas,
“ignição”!!!

Mudam-se as palavras,
talvez para conter,
para fazer morrer,
a indignação!!!

Em Lisboa,
cumprem-se minutos de silêncio,
como se isso apaziguasse,
os corações feridos,
pelos que morrem no incêndio!

E não só os que morrem,
que perdem a vida,
“obrigados” a perdê-la,
mas também os que perdem a história,
porque se perdeu a memória.

“Ay, Deus e u é”,
cantava o Rei,
e nós olhávamos,
a obra que o Rei cantava!

Já não há obra,
já não há Rei,
já não há pinhal,
nem vida,
dos que partiram!

Resta-nos Deus,
que “e u é”,
para que a esperança viva,
não nos homens,
não no mundo,
mas na confiança,
de que ainda existe o bem,
e de que a obra de Deus,
não pode ser extinta,
pela Sua criatura,
que Ele na Sua bondade,
quis fazer homem.

Choremos,
podemos chorar,
e a chorar rezemos,
porque uma coisa é sempre certa:
Deus não nos há-de faltar!!!


Marinha Grande, 21 de Outubro de 2017
Joaquim Mexia Alves
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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

PEDIR O ESPÍRITO SANTO

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Pedir o Espírito Santo
não é pedir pão,
nem peixe,
nem coisas do dia-a-dia,
para a vida que se quiser.

Pedir o Espírito Santo
é pedir coração,
e alimento divino,
é pedir paz e alegria,
vindas no amor,
para a vida,
em que Deus nos quer.

Pedir o Espírito Santo
é pedir Deus,
é pedir o Pai,
e o Filho,
com Maria ao nosso lado,
é pedir para saber amar,
sendo constantemente,
amado!

Pedir o Espírito Santo
é pedir a vida,
que nasce,
sem  nunca acabar,
é pedir o tudo,
o saber rezar,
é pedir o perdão,
que acalma o coração,
é pedir a aceitação,
que alivia a dor,
é pedir o Amor,
muito Amor,
sempre Amor!


Monte Real, 12 de Outubro de 2017
Joaquim Mexia Alves
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