segunda-feira, 28 de julho de 2014

OS “GESTOS” DO PAPA FRANCISCO

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Agora lemos e vemos permanentemente em jornais, revistas, televisões, etc., frases acompanhadas de fotografias, tais como:
«Papa Francisco almoça na cantina do Vaticano.»
«Papa Francisco pára para falar com deficiente.»
«Papa Francisco telefona a esta ou àquele.»
e podia continuar, enchendo folhas e folhas de papel com todas estas notícias sobre o Papa Francisco.

Antes de mais, quero louvar a Deus por este Papa que nos quis dar, neste tempo em que o mundo tanto necessita de testemunhos de paz, de humildade, de amor, enfim, testemunhos de Deus.
Depois afirmar que, para mim, todas estas notícias, todos estes testemunhos, me tocam e exortam a querer ser melhor cristão, mais católico, (universal), a querer ser mais Igreja com todos e para todos.

Mas também me apetece perguntar se a razão da comunicação social tanto noticiar o Papa Francisco se prende com a bondade de querer testemunhar este extraordinário exemplo, ou se pretendem fazer comparações com outros Papas, (criando divisão), ou de alguma forma atacar a Igreja antes deste Papa?
E depois perguntar ainda se, de alguma forma, os testemunhos deste Papa são noticiados para exercerem boa influência na sociedade, ou se são noticiados apenas como “fait divers”, que não levam a qualquer reflexão sobre a vida e a sociedade, até da parte daqueles que colocam tais notícias?

É que se as notícias sobre estes testemunhos da Papa Francisco servem apenas como “arma de arremesso” em desfavor dos anteriores Papas, ou como se houvesse uma pretensa “nova” Igreja, desiludam-se porque não é essa de modo nenhuma a vontade de Francisco, mas apenas e tão só ser o homem que o Espírito Santo entendeu colocar à frente da Igreja com todos as suas qualidades, capacidades, carismas e até defeitos, (que os terá, sem dúvida), no tempo certo, para sociedade deste tempo.

Vejamos todas essas fotografias com olhos de ver, leiamos todas essas notícias com a bondade do coração, rezemos cada vez mais pelo Papa Francisco e pela Igreja, e, sobretudo, tentemos imitar o seu testemunho de humildade e amor ao próximo.

Então sim, acredito que estaremos a entender perfeitamente os gestos do Papa, estaremos a construir a Igreja de Cristo, que começou em Pedro e continuou pelos seus Sucessores, até chegar a este Francisco que Deus nos deu.


Marinha Grande, 28 de Julho de 2014
Joaquim Mexia Alves
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sexta-feira, 25 de julho de 2014

CHEGOU O VERÃO! CHEGARAM AS FÉRIAS!

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Chegou o Verão!
Chegou o calor!
Chegaram as férias!

Durante um ano inteiro as pessoas trabalham, enervam-se com os problemas decorrentes das profissões de cada um, “queimam” tempo demasiado na carreira profissional, que porventura deveria ser tempo para cada um, tempo para a família, tempo para o descanso e lazer.

Muitos, sem dúvida, mesmo durante este tempo de trabalho não deixam de ter tempo para Deus, tempo para as celebrações comunitárias, (mormente a Eucaristia Dominical), de tal modo que o seu trabalho, as suas preocupações constituem também uma oração diária e de entrega a Deus, com Ele colaborando, na sua obra criadora do mundo.

Outros há, também, que se servem do trabalho, da carreira profissional, como desculpa para não ter tempo para Deus, para não perceberem que a vida é dom de Deus e que o trabalho que lhes é dado e sai das suas mãos, pode e é também sinal de Deus para eles e para os outros.

Em ambos os casos as férias chegam e devem ser vividas como tempo de descanso, tempo de família, tempo necessário para cada um, tempo de descontracção e lazer.

Os primeiros viverão, com certeza, essas férias com Deus, para aproveitar um tempo mais próximo com Ele e de maior entrega em oração.

Os segundos, terão agora a desculpa de que, estando em férias, têm que aproveitar todos os momentos para si próprios e por isso continuarão a não ter tempo para Deus, ou então, para Lhe dar apenas as “sobras” do “seu” tempo.

Como posso eu querer ter tempo para mim, para descansar, para estar em família, para me retemperar, e não fazer desse tempo um tempo de Deus e para Deus?

Alguma vez o homem se constrói, se encontra a si próprio, se faz verdadeiramente humano, se não estiver em comunhão com Deus?

E se Deus fizesse férias de nós?


Monte Real, 25 de Julho de 2014
Joaquim Mexia Alves
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

JOIO E TRIGO

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Sou joio e trigo da mesma seara,
Senhor,
que um dia em mim semeaste,
embora o joio saia de mim
e o trigo seja todo o fruto
que me vem do teu amor.

O joio quero arrancar,
para que o trigo cresça
e dê fruto,
cem por um,
e cem por mil,
mas apenas se fores Tu,
com a tua água a regar
a seara que em mim,
Senhor,
Tu quiseste semear.

Quem me dera ser só trigo,
não ser joio do pecado,
apenas estar contigo,
permitir a tua ceifa,
e fazer da minha vida,
o teu amor partilhado.


Marinha Grande, 20 de Julho de 2014

Joaquim Mexia Alves
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segunda-feira, 14 de julho de 2014

TESTEMUNHO SOBRE O ALPHA

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Há três, quatro anos atrás, o Pe Armindo Ferreira e o Pe Pedro Viva, da Paróquia da Marinha Grande, falaram comigo acerca do Curso Alpha, do qual eu já tinha algum, pouco, conhecimento, por ouvir falar do mesmo em Lisboa.

Confesso que não me entusiasmava, e que, tinha até para mim a ideia de que seria mais uma “coisa” da Igreja, que não levaria a grandes resultados.

Entretanto, o Pe Pedro Viva foi para Roma e chegou à Marinha Grande o Pe Patrício Oliveira, e o tal do Curso Alpha voltou “à baila”, pois a Vigararia da Marinha Grande seria a “porta de entrada” do Alpha na Diocese de Leiria-Fátima, e pediam-me, com outros, que fossemos a um fim-de-semana em Lisboa tomar contacto com aquilo que é, como é e para que serve o Curso Alpha.

E assim lá fomos e mais uma vez não me entusiasmou, não me pareceu que fossem possíveis os resultados que “apregoavam”.
Uma coisa, no entanto, me chamou a atenção, e que foi uma certa identificação com uma espiritualidade muito similar à do Renovamento Carismático Católico, sobretudo no chamado fim-de-semana do Espírito Santo, espiritualidade essa que vivo diariamente e me levou a ser hoje em dia um cristão que tenta ser empenhado, vivendo a fé diariamente em Igreja.

Para encurtar razões, lá fomos, viemos, e programámos o primeiro Percurso Alpha.
Tentei colocar de lado todas as minhas reservas e dúvidas e parti para o Alpha de coração aberto a tudo que pudesse acontecer.
Logo de início e sendo eu a dar o primeiro tema sobre Jesus Cristo, agradou-me muito a forma como o tema era abordado, bem como depois, todos os outros temas.
Começou aí uma mudança na minha relação com o Alpha e pensei cá nos meus “orgulhos” que afinal talvez a “coisa” tivesse “pernas para andar”.

As semanas foram correndo e foi muito interessante ver os convidados e a equipa a tornarem-se cada vez mais próximos uns dos outros, perceber uma maior facilidade e abertura para debater os temas, uma maior procura da verdade de Deus e da Doutrina da Igreja, e uma alegria que se ia instalando em todos os participantes.

O fim-de-semana do Espírito Santo, (apesar de eu já ter algumas expectativas sobre o mesmo), ultrapassou largamente tudo que eu esperava e foi visível a mudança que na maioria dos convidados se operou, e até mesmo nos membros da equipa.
Tornou-se mais claro o viver cristão, não assente em “crendices” ou “coisas já estabelecidas”, mas numa vivência e procura de encontrar cada vez mais a Deus em comunhão de Igreja.
Nem falo, obviamente, dos testemunhos que se abriam aos nossos olhos quando no fim-de-semana rezámos individualmente pelos convidados que assim o desejaram.

Daí até ao fim do Alpha, foi um crescendo de empenhamento e dedicação de todos, de tal modo que ficaram saudades quanto o Percurso acabou.
E a realidade de que como mudaram as prioridades e a vivência cristã, foi bem demonstrada em todos os convidados, que se ofereceram para fazer parte do novo Alpha que começou passadas algumas semanas.

Falar dos outros dois Alpha entretanto realizados é repetir um pouco o que acima testemunho.

Deus realmente faz muito, faz tudo, com o tão pouco que nós somos!
Basta que nos abramos à sua presença, e deixar que Ele faça em nós e se sirva de nós, e tudo o mais vem por acréscimo.

Acredito que o Percurso Alpha, pela graça de Deus, pode chamar e mudar aqueles que andam afastados ou mais descrentes, que andam sem rumo, sem sentido na vida, sobretudo pela falta de um encontro pessoal com Jesus Cristo.

E, ao realizar essa mudança nos homens, torna cada vez maior e mais real a comunhão em Igreja, caminho de salvação por Cristo, com Cristo e em Cristo.


Marinha Grande, 8 de Julho de 2014
Joaquim Mexia Alves


Nota: 
Sobre o Alpha, ver este link: http://alphaportugal.org/
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quinta-feira, 3 de julho de 2014

COMO TOMÉ!

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Anda, aproxima-te e coloca a tua mão no meu lado e nas minhas mãos. Não sejas incrédulo.

Mas, Senhor, eu não sou incrédulo! Eu acredito!

Ó meu Joaquim, procura lá bem dentro do teu coração, se não tens dúvidas, se por vezes não pensas que tudo isto parece uma “história” impossível?

Ó Senhor, assim não vale! Tu lês o meu coração, Tu conheces os meus pensamentos!

Pois conheço, Joaquim, por isso Eu te questiono, por isso Eu te provoco, por isso Eu te provo, para que cada vez mais Eu seja uma certeza na tua vida.

Eu sei, Senhor, eu sei! Por isso Te amo tanto! Porque não me queres deixar entrar na rotina de uma fé vivida sem amor, sem chama, sem sentido.

Vês, se não te chamasse agora viverias o dia de hoje com apenas uma “recordação” de Mim. Mas chamei-te, e assim pudeste “ver-me”, porque se te abriram os olhos do coração, os olhos do amor, e assim acreditaste sem ver.

Meu Senhor e meu Deus!


Monte Real, 3 de Julho de 2014
Joaquim Mexia Alves
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