quinta-feira, 21 de abril de 2011

QUINTA FEIRA SANTA - 1º DIA DO TRÍDUO PASCAL

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Continuando a nossa caminhada começada no início da Quaresma e que nos vai levar à Páscoa da Ressurreição.

A Quinta Feira Santa é tão rica em tudo o que a Igreja nos propõe, que um simples texto nunca daria para abarcar tudo que neste dia a Igreja nos exorta a meditar e a viver.

Assim, tomei a opção pela 2ª Leitura da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, para nos conduzir à “particularidade” mais importante do mistério do sacramento da Eucaristia.

1ª Carta aos Coríntios 11,23-26.

Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão
e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim».
Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.»
Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.

Diz-nos João Paulo II
Homilia (a partir da trad. L'Osservatore romano)

«Sempre que comerdes este pão e beberdes este vinho proclamareis a morte do Senhor, até que Ele venha»

«Jesus, sabendo bem que tinha chegado a Sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os Seus que estavam no mundo, levou o Seu amor por eles até ao extremo». E eis que, durante a refeição pascal, a última antes da Sua partida para o Pai, se revela um sinal novo: o sinal da Nova Aliança. «Até ao extremo» quer dizer: até Se dar a Si próprio por eles. Por nós. Por todos. «Até ao extremo» significa: até ao fim dos tempos. Até que Ele venha pela segunda vez.

Desde esta noite da Última Ceia, todos nós, filhos e filhas da Nova Aliança no sangue de Cristo, recordamos a Sua Páscoa, a Sua partida graças à morte na cruz. Mas não se trata apenas de uma lembrança. O sacramento do Corpo e do Sangue tornam o Seu sacrifício presente, fazendo com que nele participemos sempre de novo. Neste sacramento, Cristo crucificado e ressuscitado está constantemente connosco, Ele vem constantemente até nós sob a forma do pão e do vinho, até vir de novo, a fim de que o sinal dê lugar à realidade última e definitiva. Que darei eu em troca deste amor «até ao extremo»?

Salientemos então, vivamente, esta imensa verdade que Cristo nos oferece e que tantas vezes deixamos passar “sobre a rama”.

A Eucaristia é memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

E memorial não é memória, não é algo que se lembra, não é algo que se recorda, é algo sim que se faz presente, total e realmente presente.

E não é uma repetição, ou seja, na Eucaristia, Jesus Cristo não sofre a Paixão, Morte e Ressurreição, outra vez.
Não, na Eucaristia a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo há cerca de dois mil anos, torna-se presente no momento.

É o que nos diz muito claramente o Catecismo da Igreja Católica:

1363 - «Na celebração litúrgica destes acontecimentos, eles tomam-se de certo modo presentes e actuais.»
1364 - «Quando a Igreja celebra a Eucaristia, faz memória da Páscoa de Cristo, e esta torna-se presente: o sacrifício que Cristo ofereceu na cruz uma vez por todas, continua sempre actual: «Todas as vezes que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual "Cristo, nossa Páscoa, foi imolado", realiza-se a obra da nossa redenção» (LG 3)

E a presença de Cristo sob as espécies eucarísticas, não é simbólica, não é representativa, não é em “vez de”, é sim real e total, como nos diz mais uma vez o Catecismo da Igreja Católica:

1374 - «No santíssimo sacramento da Eucaristia estão «contidos, verdadeira, real e substancialmente, o Corpo e o Sangue, conjuntamente com a alma e a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, Cristo total» (Conc. De Trento: Ds 1651)

Poderíamos escrever, transcrever tratados e mais tratados sobre a Eucaristia, mas todos eles nos levam a esta verdade única e sublime:
Na Eucaristia, Jesus Cristo faz-se real e totalmente presente, na sua Paixão, Morte e Ressurreição, oferendo-se ao Pai por nós e dando-se como alimento divino a cada um de nós.

E é a Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica, comunhão de fiéis, desde Pedro até aos nossos dias, em Bento XVI, nos dá e juntos celebramos, este sublime, precioso e todos os dias extraordinário, Sacramento da Eucaristia.

Esta verdade imensa que só Deus pode conter e que a graça da fé nos faz crer, tem de levar cada um de nós a perguntar-se:
Qual a importância da Eucaristia na minha vida, (toda a minha vida, e não só a minha vida em Igreja), como participo eu da/na Eucaristia, como vivo eu a Eucaristia, enfim, como celebro eu a Eucaristia?

Uma Santa Páscoa para todas e para todos.


Amanhã continuaremos com a Marili Alves

44 comentários:

NUNC COEPI disse...

Esplêndida e sã Doutrina, para meditar, compreender e louvar Nosso Senhor Jesus Cristo pelo extraordinário bem da Santíssima Eucaristia.

Talvez...fazer um propósito:

"Durante este ano, se não puder recebê-lo diariamente, pelo menos visitá-lo-ei, por breves minutos que seja, no Sacrário mais próximo."

Gisele Resende disse...

Amigo Joaquim,

"...que a graça da fé nos faz crer, tem de levar cada um de nós a perguntar-se:
Qual a importância da Eucaristia na minha vida..."

levo comigo essa profunda reflexão .Há palavras que nos toca e faz eco no nosso coração.Nos fazendo sentir, repousar, crescer, buscar...Tudo que eu possa escrever ficará superficial de mais. Hoje contemplo a sua postagem agradecendo a Deus por tudo que venho vivido,

Obrigada,

Uma Santa Páscoa para você e toda a sua família,

abraço fraternos

Gisele

Giovana Cunha disse...

Salve Maria!

Diante tão glorioso mistério que ASSISTIMOS acontecer frente aos olhos da fé, prefiro desta vez, apenas silenciar. Porque se "participamos" de algo, seria então com os nossos pecados; pois este Mistério é a ação Suprema, Perfeita, Plena e Propiciatória que Jesus oferece ao Pai em reparação dos nossos pecados; pois acontece nas Santas Missas.

Peço a Deus que me conceda a graça de poder fazer gestos de reparações, por todas as vezes que Jesus Eucarístico é ofendido e este esplêndito Mistério é banalizado ... reparações por Ele ainda ser repudiado, e ser alvo de abusos, sacrilégios e profanações.

Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus!
Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!

Marili Alves disse...

Linda reflexão.
Que possamos silenciar diante de tanto sofrimento rumo a ressurreição.
Jesus misericordioso, manso e humilde, obrigada.
Paz e Bem

Maria Luiza disse...

Sim, a Eucaristia é o memorial que fazemos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Deve ser o momento mais solene de nosso ser que entra em comunhão com Ele, santificadoe santificando-nos. Obrigada, Senhor, pela sua cruz fomos redimidos. Obrigada, Senhor por ter se tornado nosso alimento que nos vivifica. Parabéns, Joaquim, excelente post, zelozo e cuidadoso com as coisas do Senhor! Meu abraço!

Ailime disse...

Amigo Joaquim,
Muito obrigada pela sua explicação sobre a instuição da Eucaristia e seu significado neste dia que nos conduz "à “particularidade” mais importante do mistério do sacramento da Eucaristia."
Que o Senhor me ajude através deste Memorial a mantê-lo sempre presento em mim até à Vinda do Senhor.
Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
Santa Páscoa para si e seus familiares.
Abraço fraterno.
Ailime

Utilia Ferrão disse...

A Eucaristia.
Pensar que jesus está vivo no pão e no vinho.
Alegra-me a alma, e cada vez que vou á missa agradeço a Jesus esse grande mistério essa dádiva.
Joaquim obrigada pelo significativo post que nos trouxeste.
Abraço em Cristo.
e uma Santa Páscua para si e sua Familia

Rosa disse...

Pelas vezes, Senhor, que banalizo e celebro indigna mente a Eucaristia, pelas vezes que comungo o Teu corpo e sangue, de animo leve
Cordeiro de Deus, tende piedade de mim.


Santa quinta-feira

lina santos disse...

So comecei a viver a eucaristia quando comecei a compreender bem o seu ministério.Agora vivo-a com mais intensidade.contudo penso que inda posso aprender mais para que possa transmitir aos outros o que vou aprendendo.Obrigada Joaquim por tanto que nos dá no seu blogue. Uma santa Páscoa.lina

Felipa Monteverde disse...

Cheguei há pouco da missa de lava pés, com a qual se iniciou o tríduo pascal na minha paróquia.
Amanhã será a Via Sacra ao vivo e no sábado a vigília.
Quinta-feira santa, dia da constituição da Eucaristia, louvemos ao Senhor!
Abraço

joaquim disse...

Obrigado António.

É um belo propósito que faço meu também.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Gisele

Nada do que possamos dizer aflora minimamente o Dom da Eucaristia.

Somos pobres em linguagem para falar deste Mistério que se faz real aos olhos da fé.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Giovana

Mais do que participarmos, celebramos, pois somos parte do sacerdócio comum a que fomos chamados.

E celebramos com tudo o que nós somos, as nossas fraquezas e as nossas virtudes.

E Deus acolhe-nos na nossa pobreza e dá-se como alimento àqueles que de coração sincero o procuram.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Marili, obrigado!

Caminhemos humildemente o caminho que o Senhor mesmo nos oferece.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Maria Luiza

Com efeito a Eucaristia é o centro da vida do cristão.

E é também ponto de partida, de começo, e ponto de chegada derradeira, de passagem á eternidade por graça de Deus.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Ailime.

Lembremo-nos sempre da frase dos discipulos de Emaús:
«Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso» Lc 24,29

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Utilia

Nós nem conseguimos abarcar as graças que nos vêm de um Eucaristia bem celebrada, bem participada.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Rosa

Apetce-me dizer como Jesus disse:
«Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» Jo 8, 7

Todos nós, Rosa em algum momento, não vivemos, não celebrámos a Eucaristia com tudo o que o Senhor nos deu.

Que Ele tenha piedade de nós.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Lina

Estamos sempre a aprender e a melhor maneira de ensinar é testemunhando.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Felipa

Caminhemos rumo à Páscoa da Ressurreição.

Um abraço amigo em Cristo

Lucinha disse...

Amigo Joaquim,

Eu amo nossa Igreja em todos os tempos. Mas nesse época, apesar de lembrar todo o sofrimento no nosso Senhor, é lindo poder viver com ele. Assim posso refletir sobre a minha fé.
Abençoada partilha.
Abraço fraterno.

joaquim disse...

Obrigado Lucinha

Em Igreja caminhamos juntos e ajudamo-nos mutuamente alicercados no amor de Cristo.

Um abraço amigo em Cristo

Dulce Gomes disse...

Amigo Joaquim
foi muito bom - como sempre - receber ensinamentos de quem tem o coração bem assente na fé, servindo a Sua Igreja.
Obrigada.
Desejo-lhe uma Santa Páscoa.
Abraço em Cristo e Maria

joaquim disse...

Obrigado Dulce

Não são ensinamentos, são partilha minha amiga.

E a partilha de cada um, que vive para o Senhor, é caminho para todos.

Um abraço amigo em Cristo

teresa disse...

amigo joaquim , desejo-lhe uma santa e feliz pascoa ...

abraço amigo -...

Giovana Cunha disse...

Esperei os comentários encerrarem para não causar polêmica; mas esta idéia do "sacerdócio universal" é coisa "daqueles" que pensam que as portas do inferno prevalescerão contra a Igreja.

Não celebramos exatamente nada; quando o padre coloca aquela gota de água no vinho que minutos depois será o Sangue de Cristo, somamos a Cristo nossas dores, sofrimentos, ridículas virtudes e muitos pecados; esta é a nossa "participação".

Quem reza a Missa é o padre, que está em "Persona Christ"; isto pq quem se imola a Deus por nós é Cristo e nós apenas assistimos tudo isto! Não somos nós que morremos na Cruz, no Calvário estava Cristo e não nós!

Caro Joaquim, fico extremamente feliz em ver seu esmero e sua fé; convido vc a conhecer plenamente sua amada Igreja e não somente os documentos de sentido ambíguo pós conciliares!

Vi que vc citou o Concílio de Trento, penso que este é o caminho!

A nova ordem mundial está aí, o governo único está aí e dizer que somos nós também os "celebrantes" da Eucaristia, da Santa Missa é um passo para estar na RELIGIÃO ÚNICA, onde prevalecerá o relativismo, o falso ecumenismo e toda sordidez do inimigo! E como sempre a velha tática, querer se igualar a Deus!

No mais que Deus lhe abençoe, e cada vez mais sua fé seja este espelho de esperança que vc nos passa!

pax domini.

joaquim disse...

Amiga Teresa

Para ti também e todos os teus uma Santa Páscoa.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Giovana

A arrogância é muito má conselheira.

Porque ao escrever «documentos de sentido ambíguo pós conciliares!», significa, como aliás já reparei nos seus escritos, que parou no antes do Concílio Vaticano II.

Aliás tem a veleidade que já lhe vi escrita de colocar em causa os Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e com certeza Bento XVI.

Quem assim procede e vive não tem que vir tentar dar lições de Doutrina da Igreja Católica a ninguém.

Quem assim procede é que realmente dá entrada ao demónio que é o pai da mentira, o pai da divisão.

O Catecismo da Igreja Católica, que a Giovana não aceita diz claramente:

1141. A assembleia que celebra é a comunidade dos baptizados, que «pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, são consagrados para ser uma casa espiritual e um sacerdócio santo, para oferecerem, mediante todas as obras do cristão, sacrifícios espirituais» (13). Este «sacerdócio comum» é o de Cristo, único Sacerdote, participado por todos os seus membros (14):
«É desejo ardente da Mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e activa participação nas celebrações litúrgicas que a própria natureza da liturgia exige e que é, por força do Baptismo, um direito e um dever do povo cristão, "raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido"(1 Pe 2, 9) (15)»(16).

1142. Mas «nem todos os membros têm a mesma função» (Rm 12, 4). Alguns deles são chamados por Deus, na Igreja e pela Igreja, a um serviço especial da comunidade. Estes servidores são escolhidos e consagrados pelo sacramento da Ordem, pelo qual o Espírito Santo os torna aptos para agirem na pessoa de Cristo-Cabeça ao serviço de todos os membros da Igreja (17). O ministro ordenado é como que o «ícone» de Cristo-Sacerdote. Por ser na Eucaristia que se manifesta plenamente o sacramento da Igreja, na presidência da Eucaristia aparece em primeiro lugar o ministério do bispo e, em comunhão com ele, o dos presbíteros e diáconos.

1143. Para o exercício das funções do sacerdócio comum dos fiéis, existem ainda outros ministérios particulares, não consagrados pelo sacramento da Ordem, e cuja função é determinada pelos bispos segundo as tradições litúrgicas e as necessidades pastorais. «Também os acólitos, os leitores, os comentadores e os membros do coro desempenham um verdadeiro ministério litúrgico» (18).

1144. Assim, na celebração dos sacramentos, toda a assembleia é « liturga», cada qual segundo a sua função, mas «na unidade do Espírito» que age em todos. «Nas celebrações litúrgicas, limite-se cada um, ministro ou simples fiel, ao exercer o seu ofício, a fazer tudo e só o que é da sua competência, segundo a natureza do rito e as leis litúrgicas» (19).

1546. Cristo, sumo sacerdote e único mediador, fez da Igreja «um reino de sacerdotes para Deus seu Pai» (18). Toda a comunidade dos crentes, como tal, é uma comunidade sacerdotal. Os fiéis exercem o seu sacerdócio baptismal através da participação, cada qual segundo a sua vocação própria, na missão de Cristo, sacerdote, profeta e rei. É pelos sacramentos do Baptismo e da Confirmação que os fiéis são «consagrados para serem [...] um sacerdócio santo» (19).

É esta a Igreja Una Santa Católica Apostólica, que é o todo da Igreja instituida por Jesus Cristo, desde Pedro, até aos nossos dias, com todos os Concílios, incluindo obviamente o Vaticano II.

Não lhe permito que venha espalhar a confusão, a divisão, nem o erro aqui neste lugar.

Escusa de comentar seja o que for, que possa ser divisionista, ou seja contra o Concílio Vaticano II, enfim contra a Igreja, porque será de imediato apagado.

Nem sequer rebato as "enormidades" que escreve no seu comentário, tais como,«Quem reza a Missa é o padre», ou,«nós apenas assistimos tudo isto»! Assistimos???


Rezo por si, para que Deus nosso Senhor a ilumine e a faça perceber e viver a Verdade.

Giovana Cunha disse...

E agora eu escrevo ( se me permite) o que a Igreja SEMPRE ensinou; e nada tem contra a Igreja, porque eu não sou contra a Igreja:

http://www.vatican.va/holy_father/pius_xii/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_20111947_mediator-dei_po.html

75. É necessário, veneráveis irmãos, explicar claramente a vosso rebanho como o fato de os fiéis tomarem parte no sacrifício eucarístico não significa todavia que eles gozem de poderes sacerdotais. Há, de fato, em nossos dias, alguns que, avizinhando-se de erros já condenados,(82) ensinam que em o Novo Testamento se conhece apenas um sacerdócio pertencente a todos os batizados, e que o preceito dado por Jesus aos apóstolos na última ceia - fazer o que ele havia feito - se refere diretamente a toda a Igreja dos cristãos e só depois é que foi introduzido o sacerdócio hierárquico. Sustentam, por isso, que só o povo goza de verdadeiro poder sacerdotal, enquanto o sacerdote age unicamente por ofício a ele confiado pela comunidade. Afirmam, em conseqüência, que o sacrifício eucarístico é uma verdadeira e própria "concelebração", e que é melhor que os sacerdotes "concelebrem" junto com o povo presente, do que, na ausência destes, ofereçam privadamente o sacrifício.

76. É inútil explicar quanto esses capciosos erros estejam em contraste com as verdades acima demonstradas, quando falamos do lugar que compete ao sacerdote no corpo místico de Jesus. Recordemos apenas que o sacerdote faz as vezes do povo porque representa a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo enquanto é Cabeça de todos os membros e se oferece a si mesmo por eles: por isso vai ao altar como ministro de Cristo, inferior a ele, mas superior ao povo.(83) O povo, ao invés, não representando por nenhum motivo a pessoa do divino Redentor, nem sendo mediador entre si próprio e Deus, não pode de nenhum modo gozar dos poderes sacerdotais.

Giovana Cunha disse...

Salve Maria!

Acho interessante vc se exaltar tanto em "defesa" da Igreja e aos mesmo tempo a apedreja com estes textos modernistas, relativistas, sincretistas!

Vc tem boa vontade, é um homem de fé, mas não sabe NADA!!!

Como discutir com uma pessoa que me pega um Catecismo cheio de ambiguidades; onde palavras foram trocadas, para facilitar a vida de muitos, exemplo: maçons!

Vc pode encher o peito e recitar toda doutrina de 43 anos para cá; doutrina estranha ao que a Igreja sempre ensinou; doutrina contrária ao que a Santa Igreja sempre ensinou! Mas isto te importa????

Com certeza não ... mas um nas mãos de lobos!

Quanto aos Papas, tirando Bento XVI que ainda está vivo; o resto dos Papas pós conciliares já prestaram contas para Deus dos seus desmandos, e se Deus já julgou, eu me calo!

Sinto muito vc ter ficado tão decepcionado em saber que vc também não reza a Missa!!! Sinto muito caríssimo, é Jesus quem faz isto; pois é ele quem se imola por nós! E isto deveria ser motivo de sua alegria e não de seu espanto e indignação!


Aceito suas orações; porque creio que seja um homem de fé!


pax.

joaquim disse...

Minhas amigas e meus amigos que aqui costumam vir ler e às vezes comentar.

Publico estes dois comentários da Giovana para que se perceba bem até onde vai o terrível orgulho, a incrível sobranceria e sobretudo a enormidade do erro de quem se afirma da Igreja e no entanto tudo faz para a dividir.
É interessante perceber que nas suas erradas convicções, estas pessoas não aceitam o Magistério da Igreja e consideram-se acima dele.
Pararam no tempo, esquecendo-se que o Espírito Santo que anima a Igreja o faz continuamente e tudo renova.
Querem a Missa apenas em latim, quando o povo de Deus nada entendia e vivia de algum modo afastado de todas as celebrações pois apenas ali estava como espectador.
Vivem ainda um ensinamento de um Deus castigador, um Deus que está entre nós apenas para nos vigiar e para que em todo o momento sintamos o peso das nossas fraquezas, o peso dos nossos pecados.
Este Deus não existe, não é o Deus de Jesus Cristo.
O Deus de Jesus Cristo é Pai e perdão constante e infinito. Acolhe os seus filhos, estreita-os nos Seu Coração e não quer que eles vivam atormentados pelo pecado e pelas suas fraquezas.
Para isso entregou o Seu Filho para nos libertar da lei do pecado e da morte.
Isto não quer dizer que o pecado não existe e que nós não somos pecadores.
Somos e sê-lo-emos sempre, mas também sempre teremos, perante o nosso arrependimento, o perdão misericordioso de Deus.
(continua)

joaquim disse...

Reparem nestas frases e percebam a veleidade de quem quer até julgar os Papas da Igreja e com eles obviamente o Magistério da Igreja.
«Quanto aos Papas, tirando Bento XVI que ainda está vivo; o resto dos Papas pós conciliares já prestaram contas para Deus dos seus desmandos, e se Deus já julgou, eu me calo!»
Ao longo da história da Igreja muitos se insurgiram contra a Doutrina emanada dos mais diversos Concílios, dos Papas, ou do Magistério da Igreja.
Alguns desses apenas dividiram, (pecando gravemente), e alguns até constituíram cismas, feridas graves abertas na unidade da Igreja, como recentemente e a propósito do Concílio Vaticano II, Mons Lefebvre, de quem a Giovana é sem dúvida seguidora.
Não foi a Igreja que os excluiu, mas sim eles que se excluíram, causando uma dor imensa ao Corpo Místico de Cristo.
Mas a Igreja, sempre conciliadora e acolhedora tudo tem feito para fazer regressar ao seu seio maternal estes filhos que se afastaram.
(continua)

joaquim disse...

Reparem agora que na mesma CARTA ENCÍCLICA DO PAPA PIO XII - MEDIATOR DEI - SOBRE A SAGRADA LITURGIA o ponto 79 diz o seguinte:
79. Nem é de admirar que os fiéis sejam elevados a uma tal dignidade. Com a água do baptismo, com efeito, os cristãos se tornam, a título comum, membros do corpo místico de Cristo sacerdote, e, por meio do "carácter" que se imprime nas suas almas, são delegados ao culto divino, participando, assim, de modo condizente ao próprio estado, do sacerdócio de Cristo.

Na ânsia de querer fazer passar a “sua doutrina”, a Giovana, não cuidou de interpretar as palavras escritas em que se afirma que todos somos celebrantes, no sacerdócio comum dos fiéis.
Não precisava explicar porque todos entenderam o que se afirma quando tal se diz. Com efeito somos celebrantes embora, como nos diz a Lumen Gentium 10:
«O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo.»

Mas nem são precisas mais explicações a não ser citar na integra este número 10 da Lumen Gentium.
«. Cristo Nosso Senhor, Pontífice escolhido de entre os homens (cfr. Hebr. 5, 1-5), fez do novo povo um «reino sacerdotal para seu Deus e Pai» (Apor. 1,6; cfr. 5, 9-10). Na verdade, os baptizados, pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, são consagrados para serem casa espiritual, sacerdócio santo, para que, por meio de todas as obras próprias do cristão, ofereçam oblações espirituais e anunciem os louvores daquele que das trevas os chamou à sua admirável luz (cfr. 1 Ped. 2, 4-10). Por isso, todos os discípulos de Cristo, perseverando na oração e louvando a Deus (cfr. Act., 2, 42-47), ofereçam-se a si mesmos como hóstias vivas, santas, agradáveis a Deus (cfr. Roma 12,1), dêem. testemunho de Cristo em toda a parte e àqueles que lha pedirem dêem razão da esperança da vida eterna que neles habita (cfr. 1 Ped. 3,15). .O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo (16). Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo; os fiéis, por sua parte, concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real (17), que eles exercem na recepção dos sacramentos, na oração e acção de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa.»

Não vou obviamente dar mais tempo a quem arrogantemente se coloca fora da Igreja e no entanto vem afirmar que “não é contra a Igreja”, embora não aceite os Papas a seguir a Pio XII.

Nem permito que neste espaço de se tente proclamar uma doutrina errada e cismática.

Rezo, não só por ela, mas por todos os que como ela laboram e vivem em erro, auto excluindo-se da Igreja Una Santa Católica Apostólica Romana.

Um abraço amigo em Cristo a todos

malu disse...

"Minhas amigas e meus amigos que aqui costumam vir ler e às vezes comentar."

Joaquim, como tua leitora assídua, não podia passar por aqui sem pelo menos te agradecer teres publicado ainda os últimos comentários da (incómoda) visita em questão e aos quais, paciente e brilhantemente respondeste. E aliás,como não podia deixar de ser.

Acaba por ser-nos útil pelos esclarecimentos que te merecemos, a ter em conta, e podes finalmente fechar este 'episódio' algo triste, em paz de consciência.

Há mais, por aí e ao longo desta Quaresma, bem mais agressivos e porque até mesmo usando de uma linguagem grosseira e inaceitavel, a dirigir insultos a determinados amigos, nossos e da Igreja, que se foi ignorando na medida do possível e apenas para não perturbar outros e de maneira a não nos desviarmos do Essencial e do espírito que para este tempo se pretendia. Mas chega o tempo em que há que pôr termo ao inadmissível e a toda esta 'trama' porque o é, gera a confusão, a referida divisão, e, porque em se calando se consente. E assim tu o fazes e muito bem. Nada mais teria a acrescentar

Grata por tudo isso, daqui te envio um grande abraço em Cristo e Maria.

Dulce Gomes disse...

Olá Joaquim
A minha travessia também chegou ao fim com este final.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

Abraço em Cristo Ressuscitado
Aleluia!

joaquim disse...

Obrigado Malu

A minha dedicação é apenas e tão só à Verdade, e para mim a Verdade é aquela que a Igreja Católica no seu todo me dá em toda a sua história, até nos momentos mais dificeis e conturbados.

E é a Verdade porque foi Jesus Cristo que assim o quis, ao colocar nas mãos da Igreja a Verdade da Revelação de Deus.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Olá Dulce.

Obrigado!

Mas continuamos sempre a caminhar na paz e no amor de Deus.

Um abraço amigo em Cristo

teresa disse...

olá joaquim , como tua amiga , leitora e admiradora de todos os teus textos não podia passar sem deixar aqui umas palavrinhas , concordo PLENAMENTE com tudo que aqui escreveste , principalmente com as respostas inspiradas que deixas-te há nossa visitante ..

sempre me ensinaram que o orgulho e a falta de humildade são os piores defeitos que podemos ter , pois o orgulho cega-nos de uma tal maneira que pensamos que somos os donos da verdade , e a falta de humildade leva a pisar tudo e todos para mostrar que temos sempre razão , não nos importando se estamos ofendendo as outras pessoas ..
o importante para estas pessoas não é descobrir a verdade , o importante para eles é ter sempre razão ....
é de uma falta de respeito imensa nós dizer-mos a alguém ,, que essa pessoa não sabe nada ,,, tou pasma com tamanha arrogançia ,, normalmente só atacamos assim quando não temos mais argumentos , parte-se para a ignorançia né ??
e normalmente só fala assim quem não FAZ ABSOLUTAMENTE NADA pela igreja nem pela comunidade a não ser criticar ..
enfim .
dito isto e como detesto perder tempo com coisitas que não valem a pena fico por aqui ..
obrigada joaquim por todos os textos maravilhosos que aqui deixas-te ..

beijinho ..

joaquim disse...

Obrigado minha amiga Teresa.

Rezemos sempre para que aqueles que vivem afastados da Igreja sejam iluminados pelo Espírito Santo e regressem à comunhão eclesial.

Um abraço amigo em Cristo

Utilia Ferrão disse...

Amigo Joaquim
Deus retirou-me desta desordem e só hoje consegui ler estes comentários.
O meu ultimo comentário sobre a Caminhada foi na Quinta feira Santa.
"Este debate religioso" leva-me muito longe no Amor de Deus...

Fico muito feliz com o que leio nunca pensei que Deus me tivesse ajudado tanto...Ensinado tanto

Obrigado Senhor pela tua mão que nunca abandona o simples e os humildes

Retirou-me do cenário por força das circunstancias e muito bem... Ele tinha escolhido alguém á altura de responder a certas questões.

Alegro-me no Senhor.

Por outro lado ainda bem que a Giovana explodiu a sua ciência por aqui, pois assim ficámos esclarecidos e em qualquer outro lugar digo blog ficariamos frustrados... essas coisas podem acontecer na internet e á cautela vale mais enfrentar-se e dialogar.

Daí... eu digo que esta caminhada foi um dom de Deus
Obrigada
O Amor de Cristo nos reuniu.
Abraço em Cristo.
A luta foi grande mas valeu a pena.
E eu agradeço a Jesus por a ter trazido a Giovana até nós pois aqui há muito amor e paz .

Que Jesus a ajude a transformar essa dor que a atormenta e a nós nos dê humildade para aprendermos mesmo até com os erros dos outros.
Obrigada ao Joaquim pelos esclarecimentos e também á Giovana
Que foi vector para que eu aprofundasse mais a Fé da minha Igreja Católica.
Abraço em Cristo

joaquim disse...

Amiga Utilia

Obrigado pelo seu comentário.

Não precisamos no entanto de doutrinas erradas e cismáticas para cimentar a nossa fé.

A Igreja não exclui ninguém, mas há infelizmente alguns que a si mesmo se excluem da Igreja.

A Igreja é um todo, é Corpo Mistico de Cristo, desde que Ele mesmo a instituiu até Bento XVI.

Não se pode aceitar uma parte e rejeitar outra.

Que Deus no abençoe e envie em permanência o Seu Espírito Santo para que todos os que por Ele se quiserem deixar conduzir, vivam em comunhão de Igreja e não em divisão.

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Carmo

A Igreja ao longo do tempo, com muita sensatez, com muito bom senso, mas sobretudo com muita oração e guiada pelo Espírito Santo foi-se edificando e edificando-nos.

Houve períodos tristes, sem dúvida, mas não conseguiram desctruir a Igreja que é de Cristo e não dos homens.

Um Concílio, como o Vaticano II, e os que o antecederam é a Igreja em movimento e como tal nós cristãos católicos neles nos apoiamos para viver a Fé que nos foi dada pela graça de Deus.

Rezemos sempre pela unidade da Igreja, à volta de Pedro, em Cristo, por Cristo, para Cristo.

Um abraço amigo em Cristo

Gisele Resende disse...

Amigo Joaquim,

Passei para deixar minhas palavras de solidariedade com tudo que você escreveu. Para mim, Tú és um testemunho de Fé Viva e dou Graças por tudo que escreves nos auxiliando nesta nossa caminhada... A mão estendida de um verdadeiro Amigo em Cristo, tão importante nos dias atuais. Onde a partilha, o amor a Deus e ao próximo seja o verdadeiro alicerce dos nossos Pés e acima de tudo a verdadeira Paz que está em Cristo Jesus,Nosso Salvador!
Depois de uma caminhada de muitos frutos, penso eu, como todas as que estamos percorrendo juntos durante esses anos. Tendo na oração o caminho maior para a entrega a Deus,Obrigada,


abraços fraternos

Gisele

joaquim disse...

Amiga Gisele

Muito obrigado pelas tuas palavras que são para mim imerecidas.

O que nós somos é sempre fruto de uma caminhada em comunhão e graça de Deus.

Continuemos pois a caminhar com Deus, para Deus e em Deus.

Um abraço amigo em Cristo