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Tenho lido diversos textos sobre o Papa Leão XIV, uma grande parte deles a tentar “puxar a brasa à sua sardinha”, isto é, a querer reivindicá-lo como tradicionalista ou progressista, conforme o “gosto” dos que escrevem ou comentam.
Nada de novo, portanto.
Mas também já li alguns textos em que, digamos assim, se critica Leão XIV por não “fazer nada”, por não se pronunciar contra isto ou aquilo, enfim, por “estar apenas”!
Estas críticas são, na minha opinião, injustas.
Não sou nenhum “vaticanologo”, nem sei o que isso é, (mais um termo inventado nestes nossos tempos), e, por isso, apenas posso exprimir aquilo que sinto ao ver e ouvir Leão XIV.
Em primeiro lugar a sua presença e as suas intervenções levam-me a sentir e a viver um grande sentimento de paz e unidade.
Não o ouço “ralhar”, nem criticar, mas sim, serenamente, guiar em caminho de Igreja.
As suas intervenções são, na sua quase maioria. centradas em Cristo, e precisamente por isso, transmitem essa paz e unidade que a Igreja tanto precisa, porque em Igreja, Cristo é a Cabeça, o Centro, a Unidade, e sem Cristo não há Igreja.
«A igreja não muda com o mundo, mas deve mudar o mundo», dizia Bento XVI, afirmando no fundo o que Cristo ensinou e, por isso mesmo, acredito eu, Leão XIV, guiado pelo Espírito Santo vai-nos “recentrando” nesse infinito amor de Deus, de que Jesus Cristo, com a Sua total entrega por nós, é a prova constante, e que é o único amor que pode mudar o mundo, que pode trazer a paz, que pode unir e conduzir à salvação.
A Igreja sempre foi paciente, muito ponderada, não porque, acredito eu, não soubesse o que era e é necessário fazer, mas sim porque precisava e precisa de rezar muito, para escutar a vontade de Deus, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo.
O Papa Francisco, deu por título à Bula de Proclamação do Jubileu deste ano, “Spes non confundit” – “A esperança não engana” (Rm 5,5) e, para mim, este simples versículo da Carta aos Romanos, leva-me hoje em dia de imediato a pensar em Leão XIV, não por esperar algo que eu quero, mas porque espero o que Deus quer e, em tudo o que vejo e ouço neste tempo, acredito que Leão XIV é agora o portador desta “esperança que não engana”, porque é a esperança de Deus e em Deus.
Os homens são muito apressados, querem tudo agora e já, mas Deus não tem tempo, como a Igreja também não o tem porque emana de Deus, e, por isso, no tempo certo, como sempre aconteceu quando a Igreja se deixou guiar pelo Espírito Santo, o que for a vontade de Deus acontecerá e será, sem a mínima dúvida, o que a Igreja precisa, conduzida pelo Papa Leão XIV.
Muito mais do que as nossas interpretações, opiniões, comentários, críticas, etc., etc. o que o Papa Leão XIV precisa é das nossas permanentes orações por ele e pela Igreja, para que, no amor do Pai e em nome de Jesus, se deixe conduzir pelo Espírito Santo.
Porque «a esperança não engana».
Marinha Grande, 18 de Agosto de 2025
Joaquim Mexia Alves
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