.
.
Oh Senhor, porque sou orgulhoso, vaidoso e receio quando me pedem para falar, eu o faça para “dar nas vistas”, para ser elogiado, e então tenho medo de errar e sentir humilhação em relação aos outros, claro.
Mas, meu filho, se alguém te chama a falares em Igreja, a dar testemunho do que aprendeste, viveste e vives, não acreditas que sou Eu que te chamo a fazê-lo?
Sim, Senhor, quero acreditar nisso mesmo. Mas mesmo assim o meu ser orgulhoso tem medo de falhar, não por causa de Ti, mas por causa do que os outros diriam de mim. Perdoa, Senhor, esta minha constante fraqueza.
Não saberei Eu o que faço? Não saberei Eu como tu és e o que sentes? E, no entanto, chamo-te para o fazeres e se te chamo é porque estou contigo e te ajudo em cada um desses momentos.
Eu sei, Senhor, e depois de cada momento desses eu percebo que afinal me entreguei, me deixei conduzir, por Tua graça, claro, mas os momentos antes são tão angustiantes, Senhor.
Sabes, se não tivesses essa fraqueza, se não tivesses medo de falhar por causa dessa fraqueza, considerar-te-ias tão capaz, tão “perfeito”, que acharias não precisar de Mim, e, então sim, falharias por completo o que Eu te peço para fazer.
Reconheço isso, Senhor, e por isso mesmo me afadigo tanto na oração antes de falar, para Te pedir humildade e serviço, e que afastes de mim o orgulho e a vaidade.
Por isso Te peço, Senhor, deixa-me viver com esta fraqueza para que sempre e em todos os momentos eu perceba cada vez mais que sem Ti nada sou, nem posso.
Há fraquezas, meu filho, que ajudam a construir, que ajudam a reconhecer os limites de cada um, e, quando o próprio admite essas fraquezas, só uma coisa lhe resta, rezar e abandonar-se em Mim.
Obrigado, Senhor!
Monte Real, 31 de Março de 2022
Joaquim Mexia Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário