quarta-feira, 6 de março de 2024

CAMINHO DE QUARESMA VIII

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Como é a minha oração?

Rezo para cumprir uma espécie de obrigação, ou rezo para estar na relação de amor com Deus?

Rezo, se calhar, até quase como uma “superstição”, como que com medo do que possa acontecer se não rezar, ou rezo porque me quero unir no meu dia a dia a Deus?

Tantas perguntas que poderíamos fazer sobre a nossa oração.

Neste tempo de Quaresma demos mais tempo à nossa oração, sobretudo tentemos perceber como é a nossa oração.

Que diria qualquer amigo nosso se em cada encontro que tivéssemos apenas lhe pedíssemos coisas?

Ainda mal o encontrávamos, quase nem lhe perguntávamos como estava, e já estávamos a pedir tudo e mais alguma coisa.
Talvez que esse amigo um dia se cansasse de nós.

Felizmente com Deus tal nunca se passará, porque Ele nunca se cansa de nós, mesmo que as nossas conversas, ou seja, as nossas orações, sejam apenas só para pedir.

Mas realmente não fica bem melhor começar sempre uma conversa seja com quem for, cumprimentando primeiro, perguntado pela pessoa e até, por vezes, fazendo algum elogio à sua figura, à sua vida.

E Deus, precisa que façamos isso com Ele?

Claro que não, mas, com certeza, humanamente falando, ficará bem mais agradado se começarmos a nossa conversa, a nossa oração, portanto, louvando e dando graças a Deus por Ele se fazer sempre presente para nós.

Às vezes é tão mais simples percebermos a nossa relação com Deus, quando percebemos as nossas relações com os que nos rodeiam.

Quando somos crianças e queremos qualquer coisa dos nossos pais, começamos sempre a conversa dizendo do nosso amor por eles, para depois então pedirmos o que queremos.

E com Deus, não será assim também?

Comecemos as nossas conversas com Deus, as nossas orações, louvando-O, bendizendo-O, agradecendo desde logo porque nos ouve e nos atende sempre segundo a Sua vontade e no Seu tempo, que é sempre, (embora por vezes não o percebamos), o melhor para nós e para as nossas vidas.

E depois peçamos, com humildade e, sobretudo, reconhecendo Deus como o Todo Poderoso, Aquele que tudo pode, entregando-nos à Sua vontade.

Aliás, tomemos como exemplo a oração do leproso e, com certeza, estaremos a rezar como convém pelos outros e por nós:

«Senhor, se quiseres, podes purificar-me.» Mt 8, 2







Marinha Grande, 6 de Março de 2024
Joaquim Mexia Alves

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