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E o perdão, Senhor?
É tão difícil, por vezes perdoar.
Eu sei, meu filho, mas lembra-te do que dizes quando rezas o Pai Nosso que Eu te ensinei.
É verdade, Senhor, por vezes é tão “mecânica” a forma como o rezo, que nem me detenho a pensar se realmente já perdoei as ofensas que me fizeram.
Mas, Senhor, há certas ofensas muito difíceis de perdoar.
Sim meu filho, com certeza que há. Mas são precisamente essas mais difíceis de perdoar que mais necessitam da tua atenção e da tua vontade de perdoar, porque são essas que te retiram a paz e a tranquilidade e, por vezes, até te provocam mau estar, mesmo físico.
Eu tento, Senhor, mas por vezes até me parece que não estou a ser verdadeiramente sincero nesse meu desejo de perdoar.
O que interessa, meu filho, é a recta intenção do teu coração, a tua vontade firme de querer perdoar, e depois, abre-te ao Meu amor em oração por quem te ofendeu ou tu ofendeste, e deixa que no Meu amor, deixa que o Espírito Santo, vá fazendo do perdão vida em ti.
Porque é tão importante, Senhor, o perdão?
Meu filho, como queres tu amar-Me se o teu coração rejeita alguém?
Como queres tu amar-Me, se não vives no amor?
Como queres tu ser comunhão Comigo, se estás dividido em ti?
Como queres tu viver a paz que Eu te dou, se não tens paz em ti?
Como queres tu sentir a minha alegria, se o teu coração está triste, porque ainda não perdoaste?
É verdade, Senhor, reconheço tudo isso, mas sou tão fraco!
Meu filho, já nem te lembro do que Eu fiz quando morri por ti e por todos, e perdoei aos meus algozes, mas lembro-te de Estevão, que apedrejado, pedia por aqueles que o matavam.
Oh, Senhor, mas Estevão era Estevão e eu sou nada comparado com ele.
Isso não é verdade, meu filho. Tu és como Estevão, um homem exactamente como ele a quem Eu amo com amor idêntico.
Dentro de ti está a mesma centelha divina que estava em Estevão, como está em todos.
Só tens que te agarrar a ela, deixar que ela seja vida em ti e encontrarás então toda a força que necessitas para perdoar e amar os outros com o Meu amor.
Obrigado, Senhor!
Como sempre estas conversas Contigo trazem-me sempre a paz e o amor que necessito para viver.
Senhor
atrevo-me a pedir-Te o que sabes ser necessário para eu viver o perdão, para viver em amor.
Que o Espírito Santo me recorde continuamente que se estou dividido, se não estou em paz, se não amo, se não perdoo, também não posso estar em comunhão Contigo, porque estou a excluir alguém dessa comunhão.
Creio, Senhor, firmemente que no Teu amor posso perdoar sempre e sempre ser amor para os outros.
Obrigado, Senhor.
Marinha Grande, 13 de Março de 2024
Joaquim Mexia Alves
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