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E depois há aqueles que estão contra, que arranjam toda a espécie de argumentos para estarem contra, para não quererem que outros vivam a sua fé e louvem a Deus, como nesta JMJ.
E nós que vivemos a fé cristã temos logo, humanamente falando, a tendência também para os criticarmos, (afinal como eles nos criticam a nós), para os afastarmos, (como eles nos querem afastar a nós), para os calarmos, (como eles nos querem calar a nós), para os classificarmos, (como eles nos classificam a nós), para quase os desprezarmos, (como eles nos desprezam a nós).
Mas passados esses primeiros momentos de “descontrole” muito humano, devemos regressar ao ensinamento dAquele que afirmamos seguir, e sem querer obrigá-los a viverem a mesma fé que nós, devemos antes, com o nosso testemunho de amor, de paz, de oração, pedir a Deus que olhe por eles, que toque os seus corações, porque nós não o podemos fazer sozinhos.
«Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.» Lc 5, 32
Talvez que eu, comparando-me com os que estão contra, me ache justo, pobre de mim, mas a verdade é que sou pecador como eles e, se quero amar como Ele me ama, tenho que amar como Ele os ama, ou seja, tenho que os acolher, (pelo menos no meu coração), pedindo incessantemente que encontrem a vida que eu encontrei em Jesus Cristo.
Afinal se os “anatematizamos” estamos a dar razão às suas críticas definindo-nos como um “grupo” à parte que, por muito grande que seja como “grupo”, não deixa de estar à parte se se fecha em si mesmo.
«Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste.» Jo 17, 20-21
Jesus Cristo chama-nos à unidade, chama-nos a proclamar o Evangelho a todos e, quando não o podemos fazer de viva-voz, talvez porque não nos queiram ouvir, podemos fazê-lo rezando por todos e, sobretudo, dando testemunho verdadeiro e real do amor de Deus em nós que tem sempre de se fazer amor para os outros.
Ser Igreja não é pertencer a uma instituição, é sim ser comunhão, ser união na diversidade, é ser oração contínua, é ser Evangelho vivo para nós e para os outros, é querer sempre que todos sejamos um com Jesus Cristo, guiados pelo Espírito Santo, no amor do Pai.
E se assim vivermos, se nos deixarmos guiar pelo Espírito Santo, vivendo no amor do Pai, tendo como centro das nossas vidas e, portanto, como centro da Igreja, Jesus Cristo, então, sem dúvida, «o Senhor aumentará, todos os dias, o número dos que entram no caminho da salvação». At 2, 47
Marinha Grande, 3 de Agosto de 2023
Joaquim Mexia Alves
1 comentário:
E, depois? Faz me lembrar uma entrevista que Prof. Ernani Lopes deu a Margarida Marante ., sobre uma questão de economia que o Professor sabia de olhos olhos fechados o que Margarida Marante não saberia mesmo com eles (olhos) bem abertos.
Excelente poste.
Deus na sua infinita sabedoria, quantas e quantas vezes nos questiona e, depois?
Abraço
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