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Passaram e estiveram ontem na nossa querida paróquia da Marinha Grande os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude.
Foi um dia muito preenchido e vivido em que houve muita “pressa e alegria no ar”!
Não seriamos uma multidão, mas aqueles muitos que ali estavam, ali participaram, ali celebraram, “compensaram” em entusiasmo e alegria a falta dos que não puderam vir.
Senti a certa altura uma certa inveja de já não ser jovem, para poder entusiasmar-me com tudo o que ali se passava, prenunciando o que há-de vir em Agosto, mas logo senti no meu coração aquela “voz” que me perguntava se não estava eu verdadeiramente entusiasmado com tudo o que se passava e ainda há-de passar?
E, claro, que apenas podia responder a mim próprio que sim, que estava entusiasmado, que me sentia jovem na fé, (porque a fé é sempre “jovem”), e que aos olhos de Deus, eu e todos seremos sempre jovens que Ele toma ao colo para nos encher de amor.
Nunca pensei que a presença daqueles símbolos fosse tão «presença»!
Olhei para eles durante muito tempo e senti-me “transportado” em Igreja para o caminho de vida que Deus a todos propõe desde sempre e para sempre.
Tocou-me particularmente aquela grande cruz, “despida” de adornos, (não me refiro à presença da figura de Jesus Cristo que estava ali bem presente), que se “impunha” no centro da nossa igreja.
E, naquela grande cruz, para além de Jesus Cristo Nosso Senhor, com a Mãe a Seus pés, vi retratados os três Papas das Jornadas Mundiais da Juventude, com tudo aquilo que as suas vidas podem e devem ser para nós exemplo de vida.
Muito particularmente veio ao meu coração de cada um desses Papas um exemplo, uma lição, uma missão, para os jovens e para todos nós.
São João Paulo II mostra-nos a entrega total perante a adversidade, seja ela qual for, e nele muito especialmente a saúde.
Aceita a terrível doença e vive-a numa entrega total a Cristo pela Igreja, (que somos todos nós), em Igreja e com a Igreja, mostrando-nos que só, unindo-nos a Ele, somos vida e testemunho para os outros.
Bento XVI ensina-nos a humildade, reconhecendo a sua fragilidade e pela Igreja, em Igreja e com a Igreja retira-se, para também nos mostrar que em momento algum nos devemos agarrar a cargos ou posições “importantes”, mas que apenas e só devemos estar disponíveis para servir conforme a vontade Deus.
Francisco leva-nos a querer viver pela Igreja, em Igreja e com a Igreja, a procura permanente dos outros, o sermos realmente os próximos do outro, sobretudo daquele que mais necessita espiritualmente ou materialmente.
À noite, com o nosso Bispo D. José, celebrámos a Fé em Igreja e não nos despedimos dos símbolos, mas guardamo-los no coração, para que nos levem sempre a essa consciência de que só somos verdadeiramente discípulos de Cristo em Igreja, pela Igreja e com a Igreja.
Sempre para a maior glória de Deus!
Marinha Grande, 19 de Maio de 2023
Joaquim Mexia Alves
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