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Eles aí estão os comentadores, os jornalistas, os experts de tudo e mais alguma coisa, os que não acreditam e também os que acreditam, mas numa fé que querem à medida deles.
E todos eles ao olharem para o Papa Leão XIV querem um Francisco dois ou um Bento dois ou um outro qualquer Papa do seu agrado.
E vêem sinais em tudo, desde as palavras, aos gestos, às mais pequenas reações.
Vão ao passado procurar discursos, atitudes, pronunciamentos, para os interpretar segundo a sua conveniência.
Estarão convencidos de que por muito falarem ou escreverem, Leão XIV lhes fará a vontade?
Leão XIV não é um “substituto” seja de que Papa for, e se é um continuador, sê-lo-á apenas de Pedro, ou seja, é um discípulo de Jesus Cristo, que Ele mesmo chamou para governar a Igreja.
Sabemos lá nós o que o Espírito Santo lhe inspira para fazer, o que o faz sentir?
Como sacerdote, como bispo, como cardeal, teve um caminho que é conhecido, mas agora como Papa, não esquecendo, sem dúvida, o que foi toda a sua formação académica e sobretudo vivência espiritual, abre-se um novo horizonte, uma nova e difícil missão, que será de acordo com o que o Espírito Santo e apenas Ele, com o Pai e o Filho, sabem ser necessário para a Igreja neste tempo.
Que desejo maior um verdadeiro cristão católico deveria querer para Leão XIV, que não seja ele ser o «servo dos servos», aquele que, como ele próprio disse citando São Paulo, «deve diminuir para que apenas Cristo apareça», aquele que faz a vontade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Poderei estar enganado, e se assim for reconhecê-lo-ei o mais humildemente que for capaz, mas nas minhas orações diárias por Leão XIV, apenas peço que ele seja dócil ao Espírito Santo, seguindo Jesus Cristo no amor do Pai, para que nos guie em Igreja a sermos testemunhas do Evangelho, a “lavarmos os pés uns aos outros”, para que um dia se possa dizer, mais uma vez, da Igreja que todos somos: “Vede como eles se amam”.
Os homens providenciais em Igreja, do passado ou do presente, só o são na medida em que forem por Cristo, com Cristo e em Cristo.
O resto são “mundanidades”.
Marinha Grande, 19 de Maio de 2025
Joaquim Mexia Alves
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