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Entregarmo-nos à vontade de Deus é confiar no amor, é viver na esperança de que n’Ele tudo é vida, mesmo na morte que por Ele foi vencida.
Entregarmo-nos à vontade de Deus é ser um pouco santo, porque é vencermo-nos a nós próprios, para sermos verdadeiramente à «Sua imagem e semelhança».
Entregarmo-nos à vontade de Deus é sermos mais para os outros do que para nós próprios, é sermos caridade como testemunhos Seus.
Entregarmo-nos à vontade Deus é dizermos ao mundo em que vivemos que o preservamos porque obra de Deus, mas que obedecemos a Deus e não ao mundo, porque só Deus ama sem limites.
Entregarmo-nos à vontade Deus é deixarmo-nos conduzir pelo Espírito Santo e, em oração, dizer em cada momento, estou aqui, Senhor, serve-Te de mim.
Entregarmo-nos à vontade Deus é espantarmo-nos todos os dias com a beleza da Sua criação, descobrir em cada flor a alegria da cor, ver em cada animal a multiplicidade da vida.
Entregarmo-nos à vontade Deus é admirar-nos com a grandeza de Deus em cada cume de montanha, na imensidade do mar, no ribombar do trovão, na força do vento impetuoso, na força do rio caudaloso, que nos inunda o coração.
Entregarmo-nos à vontade Deus é ser o mais pequenino de entre os pequeninos, é ser criança ao colo, é ser aprendiz do amor, é ser testemunha de bondade, é ser abraço acolhedor.
Entregarmo-nos à vontade Deus é sorrir sem medida, abraçar com força desmedida, cantar em cada dia de Deus a Sua alegria.
Entregarmo-nos à vontade Deus é sermos nada sendo tudo, porque no nada que somos, Deus se faz tudo para todos.
Marinha Grande, 14 de Julho de 2023
Joaquim Mexia Alves
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