terça-feira, 24 de maio de 2022

A MORTE NO AMOR

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Olho a inevitabilidade da morte, sobretudo quando acontece nos mais novos do que eu, e fico a pensar que, realmente, só permanecendo em Cristo a morte tem sentido.

Claro que este sentido da morte é muito difícil, diria quase impossível de perceber aos que ficam por cá e sentem e choram a ausência dos que partiram, mas se a mais nada nos podemos “agarrar”, temos, no entanto, a certeza de que permanecendo em Cristo como Ele vivemos para sempre.

E isso mitiga a nossa dor, o nosso sofrimento?
Talvez não, porque nos é quase impossível suportar a ausência dos que amamos.

Mas eles, os que partiram permanecendo em Cristo, gosto de os ver, de os sentir como Jesus Cristo dizendo: «Se assim não fosse, como teria dito Eu que vos vou preparar um lugar?» Jo 14, 2

Não podemos saber os mistérios de Deus, mas sabemos pela fé que em tudo Ele quer apenas e só o nosso bem, a nossa salvação, e que mesmo aquilo que nos é, por vezes, quase insuportável de viver, acaba por se tornar num bem maior que conheceremos um dia, se nEle permanecermos e nEle morrermos para viver eternamente.

O amor não morre, nunca morre o verdadeiro amor e, por isso, quem vive no amor, não morre naqueles que o amam, porque o amor verdadeiro é Deus e vem de Deus e quem permanece em Deus vive no amor que se faz presente eternamente nos que estão em Deus e nos que esperam para estar em Deus na plenitude do amor.

«À ida vão a chorar … no regresso cantam de alegria» Sl 126




Monte Real, 24 de Maio de 2022
Joaquim Mexia Alves

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