.
Diz ele: Vocês acreditam em cada coisa! Então o Homem era Deus e deixava-se morrer assim!
Se fosse Deus fazia um gesto, nem precisava de um gesto, mas apenas um pensamento e tudo ficava resolvido com os seus inimigos derrotados.
Digo eu: Pois! Mas ainda não percebeste que para Ele todos aqueles não eram seus inimigos? Eram apenas gente que “não sabia o que fazia”! Não percebeste que Ele veio para salvar todos! Mesmo todos!
Diz ele: Então e julgas que aqueles que O crucificaram se salvaram?
Digo eu: Não sei! Mas eu não julgo nem posso julgar porque não sei o que aconteceu na vida de todos eles. Ele é que julga e sabe se o arrependimento em algum momento tocou aqueles corações.
Diz ele: És um ingénuo! Parece que ainda acreditas em “contos de fadas”!
Digo eu: Em “contos de fadas” não acredito, mas acredito no amor infinito e eterno de Deus. E o amor infinito e eterno de Deus tudo pode, desde que o homem se abra a Ele.
Diz ele: A verdade é que se Ele se fosse Deus podia ter-se salvo a Si mesmo e afinal não o fez porque não podia!
Digo eu: Posso responder-te de dois modos que obviamente não esgotam a resposta:
O primeiro, e de modo simbólico, é que realmente não podia salvar-se a Si mesmo porque o seu amor pelos homens o levava a entregar-se por eles e se se salva-se apenas a Si mesmo de nada teria servido a sua vinda até nós e como nós.
O segundo é que a salvação de cada um só faz sentido com a salvação de todos os outros.
Ele não veio dizer-nos cada um por si. Veio dizer-nos e chamar-nos a amarmo-nos uns aos outros até à entrega pelos outros. Aquele que o faz é que é o «verdadeiro amigo»!
Diz ele: Então também acreditas, se calhar, que Ele ressuscitou?
Digo eu: Claro que acredito! Mais do que acredito, vivo a sua Ressurreição como verdade última da vida que Ele me deu na certeza de que, por sua graça, morrendo com Ele, com Ele também ressuscitarei.
Diz ele: Não me digas que nunca tens dúvidas?
Digo eu: Ah, sim tenho dúvidas. Claro que tenho. Mas essas dúvidas coloco-as nas minhas orações e Ele responde-me sempre, e de tantos modos, fortalecendo um pouco mais a minha fé.
Não há mal nenhum em ter dúvidas. Mal existe sim em querer permanecer nas dúvidas que é aquilo que tu queres que nós façamos.
Diz ele: Não se pode conversar contigo, porque tu não queres pensar racionalmente, mas sim deixar-te levar por uma fé cega.
Digo eu: Aí é que te enganas e é isso que te incomoda. Penso racionalmente e por isso mesmo é que tenho dúvidas e por isso mesmo é que a minha fé não é cega, mas sim iluminada por Ele que nunca deixa os seus à tua mercê.
Por isso afasta-te de mim e deixa-me viver a alegria do Senhor Jesus ressuscitado!
Monte Real, 18 de Abril de 2022
Joaquim Mexia Alves
Se fosse Deus fazia um gesto, nem precisava de um gesto, mas apenas um pensamento e tudo ficava resolvido com os seus inimigos derrotados.
Digo eu: Pois! Mas ainda não percebeste que para Ele todos aqueles não eram seus inimigos? Eram apenas gente que “não sabia o que fazia”! Não percebeste que Ele veio para salvar todos! Mesmo todos!
Diz ele: Então e julgas que aqueles que O crucificaram se salvaram?
Digo eu: Não sei! Mas eu não julgo nem posso julgar porque não sei o que aconteceu na vida de todos eles. Ele é que julga e sabe se o arrependimento em algum momento tocou aqueles corações.
Diz ele: És um ingénuo! Parece que ainda acreditas em “contos de fadas”!
Digo eu: Em “contos de fadas” não acredito, mas acredito no amor infinito e eterno de Deus. E o amor infinito e eterno de Deus tudo pode, desde que o homem se abra a Ele.
Diz ele: A verdade é que se Ele se fosse Deus podia ter-se salvo a Si mesmo e afinal não o fez porque não podia!
Digo eu: Posso responder-te de dois modos que obviamente não esgotam a resposta:
O primeiro, e de modo simbólico, é que realmente não podia salvar-se a Si mesmo porque o seu amor pelos homens o levava a entregar-se por eles e se se salva-se apenas a Si mesmo de nada teria servido a sua vinda até nós e como nós.
O segundo é que a salvação de cada um só faz sentido com a salvação de todos os outros.
Ele não veio dizer-nos cada um por si. Veio dizer-nos e chamar-nos a amarmo-nos uns aos outros até à entrega pelos outros. Aquele que o faz é que é o «verdadeiro amigo»!
Diz ele: Então também acreditas, se calhar, que Ele ressuscitou?
Digo eu: Claro que acredito! Mais do que acredito, vivo a sua Ressurreição como verdade última da vida que Ele me deu na certeza de que, por sua graça, morrendo com Ele, com Ele também ressuscitarei.
Diz ele: Não me digas que nunca tens dúvidas?
Digo eu: Ah, sim tenho dúvidas. Claro que tenho. Mas essas dúvidas coloco-as nas minhas orações e Ele responde-me sempre, e de tantos modos, fortalecendo um pouco mais a minha fé.
Não há mal nenhum em ter dúvidas. Mal existe sim em querer permanecer nas dúvidas que é aquilo que tu queres que nós façamos.
Diz ele: Não se pode conversar contigo, porque tu não queres pensar racionalmente, mas sim deixar-te levar por uma fé cega.
Digo eu: Aí é que te enganas e é isso que te incomoda. Penso racionalmente e por isso mesmo é que tenho dúvidas e por isso mesmo é que a minha fé não é cega, mas sim iluminada por Ele que nunca deixa os seus à tua mercê.
Por isso afasta-te de mim e deixa-me viver a alegria do Senhor Jesus ressuscitado!
Monte Real, 18 de Abril de 2022
Joaquim Mexia Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário