segunda-feira, 8 de outubro de 2012

“DAR À LUZ” A PRÓPRIA LUZ!

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Imagem de Nossa Senhora do Rosário
Igreja Matriz da Marinha Grande
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste fim-de-semana a paróquia da Marinha Grande, (a minha paróquia), celebrou e festejou a sua Padroeira, Nossa Senhora do Rosário.
 
Foram momentos cheios de sentido comunitário sobretudo nas celebrações litúrgicas, que encheram por completo a igreja matriz da Marinha Grande.
 
Não quero fazer aqui uma reportagem das festas, mas sim salientar entre muitas palavras ditas, sentidas e vividas, uma frase da homilia do Padre Armindo Ferreira, pároco da Marinha Grande, na Missa de Sexta feira à noite, como preparação e inicio das festividades.
 
Disse ele, (não sei se sou inteiramente fiel às suas palavras, mas sem dúvida ao sentido das mesmas), falando de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, e estabelecendo um paralelo connosco fiéis ao encontro de Jesus Cristo:
«Com o nosso sim, com o sim de cada um, também nós “damos à luz”, Jesus Cristo, nosso Senhor.»
 
Explicou ele depois o alcance das suas palavras, mas nessa altura, (mea culpa), já o meu coração e a minha mente se tinham deixado envolver por aquela frase e “partiam à desfilada” na procura de todo o sentido e paralelismo que daquelas palavras me era dado retirar.
 
Obviamente que Maria, pela graça do Espírito Santo, gerou Jesus Cristo no seu ventre e verdadeiramente o deu à luz naquela gruta em Belém.
Para isso foi preciso o seu sim, um sim que a levou para além das coisas do mundo tão difíceis naquele tempo para uma jovem virgem, (ainda não “formalmente” casada), um sim que a levou até ao fim, até dar à luz a própria Luz.
 
E é curioso este trocadilho, (se assim lhe posso chamar), entre o “dar à luz” e a própria Luz, que é Jesus Cristo, o Senhor.
 
Com efeito, se acreditamos e abrimos o nosso coração à presença de Jesus Cristo, também Ele habita em nós, e se habita em nós somos levados a dar testemunho da Sua presença, temos de “dar à luz”, ou seja, abrirmo-nos aos outros para que também eles possam ver a Luz que, pela graça de Deus, está “dentro” de nós.
 
Daí percebermos que o nosso sim a Jesus Cristo, é um sim pessoal, mas também e sempre colectivo, porque se a Luz que está em nós, não for também Luz para os outros, acaba por estiolar e apagar-se irremediavelmente.
Assim como a mulher grávida não pode guardar o seu filho dentro de si e tem que o dar à luz, também nós não podemos, se dissermos sim, guardar a Luz dentro de nós sem a reflectir para os outros.
 
Quase temo escrever a frase que me veio ao coração, mas escrevo-a na mesma: “grávidos de Deus.”
 
É, no entanto, uma “gravidez” diferente, porque nós pertencemos a Deus, mas estando com Ele, também Ele nos pertence.
A mãe alimenta o seu filho na gravidez, nós alimentamo-nos de Deus, em Igreja, em nós e nos outros
 
Mãe e filho, na gravidez, pertencem-se de tal modo e tão intimamente, que se pudéssemos interrogar o filho no ventre da mãe, ele diria que toda a sua confiança e esperança, residem na sua própria mãe.
Isso mesmo me leva a desejar que a minha relação com Deus seja também essa união intima e totalmente dependente, “grávido de Deus”, mas agora na minha dependência para com Ele, abandonando-me totalmente à sua vontade.
 
E depois a mãe tem todo o orgulho, (um orgulho são e grato), em mostrar a toda a gente o filho que lhe nasceu, e não poupa palavras, elogios e gestos para o dar a conhecer aos outros.
E isso leva-nos a pensar se nós, tendo Jesus Cristo em nós, também temos todo o orgulho e gratidão em mostrá-Lo aos outros e d’Ele falarmos com as mais belas palavras e gestos que o Espírito Santo nos inspirar.
 
Dar à luz a própria Luz, foi prerrogativa de Maria no Natal de Jesus, mas também ao longo de toda a sua vida em que humildemente estendeu o seu sim à vontade de Deus, dando testemunho da Luz que guardava no seu coração.
«Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.» Lc 2, 51
 
Também nós podemos, e mais que podemos, devemos, “dar à luz”, a Luz que pela graça da Fé em nós vive e é vida.
 
 
Monte Real, 8 de Outubro de 2012
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

QUE É A VERDADE?

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Um comentário do meu amigo Paulo, levou-me a perceber que nunca expliquei a razão do título deste blogue, ou melhor, o que me levou a escolher para dar nome a este espaço, o versículo 38, do capítulo 18, do Evangelho de São João.
 
É uma conhecida frase de Pilatos quando interroga Jesus na manhã do dia da Paixão, e que se torna “intrigante” porque Jesus não dá resposta à mesma.
 
Claro que esta minha reflexão não tem preocupações exegéticas ou teológicas, (para as quais nem tenho conhecimentos), mas apenas e tão só aquilo que sinto e tento viver, “provocado” por este versículo.
 
Em todo o diálogo anterior a esta frase, Pilatos vai tentando com perguntas perceber quem é Jesus, e Este responde-lhe sempre, culminando com a seguinte frase:
«Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz.» Jo 18,37
 
É no seguimento desta frase de Jesus, que Pilatos Lhe pergunta:
«Que é a verdade?» Jo 18,38
Jesus não lhe responde porque a resposta já tinha sido dada, ou seja, Jesus é a Verdade, mas Pilatos, preocupado com as coisas do mundo, do seu cargo, do seu poder, não consegue ver a Verdade.
 
Por isso mesmo, a razão da escolha deste versículo, mais do que citar uma passagem bíblica, é para mim um constante desafio à conversão: A Verdade está no meio de nós e tantas vezes não A vejo, não A reconheço, não A vivo.
 
E não A vejo, não A reconheço, não A vivo, porque deixo que o meu coração se feche à Verdade, para apenas querer ver reconhecer e viver a minha “verdade”, a “verdade” dos meus interesses pessoais; a “verdade” do meu egoísmo, da minha vaidade, do meu orgulho; a “verdade” dos meus prazeres; a “verdade” do “meu” mundo; a “verdade” da minha vontade; a “verdade” do meu “eu” desirmanado de Cristo.
 
A Verdade revelou-se, mas apenas A podem ver reconhecer e viver aqueles que abrem o seu coração, a sua vida, à Revelação da Verdade.
 
Tal como Jesus nos disse,
«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou.» Jo 14, 27,
também a Verdade que Ele é, não é a verdade que o mundo mostra e como tal não pode ser vista com os olhos do mundo, mas tem que ser vista com os olhos no mundo, voltados para Deus.
 
Ver o mundo com os olhos de Deus, viver o mundo e no mundo segundo a vontade de Deus, é o caminho de conversão que nos leva à Verdade, que nos leva à salvação, pela graça de Deus.
 
Assim, todos os dias em que abro este meu espaço, deverão ser dias em que me pergunto, «Que é a verdade?», para abrindo o meu coração, conformar a minha vida com a resposta que o próprio Jesus Cristo me dá:
«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.» Jo 14,6
 
 
 
Monte Real, 2 de Outubro de 2012
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SECURA!

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Há momentos em que as palavras não saem!
 
Quero rezar e não consigo!
 
O coração não se abre,
o cérebro não comanda,
nem as mãos se levantam,
em direcção ao Céu!
 
Tudo se dispersa,
nada se pode conjugar,
parece que aquilo que se começa,
não se consegue acabar!
 
E há uma ânsia,
um desejo,
uma vontade,
que cresce dentro de nós,
mesmo se com os olhos não Te vejo,
com o coração não Te sinto,
e nem ouço a Tua voz.
 
É uma travessia,
que por momentos perdura,
quando cheio de nada,
não consigo,
acalmar esta secura!
 
E no entanto sei,
ou melhor,
acredito,
que Tu ali estás,
presente,
amor,
oásis de paz!
 
Não sei se é uma bênção,
ou se me pesa uma cruz,
e então fico assim,
quieto,
com o coração na mão,
repetindo muito baixinho:
Jesus, Jesus, Jesus…
 
 
Monte Real, 27 de Setembro de 2012
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

EFFATHÁ! ABRE-TE!

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Evangelho segundo S. Marcos 7,31-37.
 
Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole.
Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele.
Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua.
Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.»
Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente.
Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam.
No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
 
 
Aquele homem era surdo e tinha graves dificuldades de fala.
Era por isso um homem que não conseguia comunicar e, não comunicando, não conseguiria relacionar-se com os outros.
Era então sem dúvida, por causa disso, um homem que vivia fechado no seu mundo, fechado em si próprio.
Jesus ao curá-lo da surdez e da gaguez abriu-lhe um mundo novo, um mundo em que a relação com os outros lhe dava uma nova dimensão da vida, uma vida mais completa, uma «vida em abundância.»
 
Quantos de nós não somos também de alguma forma “surdos” e “mudos” para Deus e para os outros?
Quantos de nós não vivemos apenas para os nossos interesses, os nossos prazeres, os nossos bens, e por isso mesmo nos tornamos fechados, tristes, muitas vezes desesperados, porque quando nos faltam as coisas para que vivemos, nada mais temos a que nos agarrar.
Se não nos relacionamos com os outros, se não os amamos, (como Jesus nos ensina), como queremos nós que os outros nos ajudem, nos amem, se nem sequer nos damos a conhecer?
 
É por isso que Jesus nos diz permanentemente: Effathá! Abre-te!
 
Abre-te a Deus, abre-te ao amor, porque abrindo-te a Deus e ao amor, abres-te aos outros também!
E abrindo-te a Deus, ao amor e aos outros abres-te à vida, à vida dom de Deus, que é a única que leva à vida eterna.
 
Por isso repitamos constantemente para nós próprios e para os outros: Effathá! Abre-te!
 
 
 
 
Nota:
Texto suscitado por uma homilia do Padre Patrício Oliveira, Vigário Paroquial da Marinha Grande.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

“TENHO SEDE!”


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Por entre os fios de sangue,
que correm sobre os Teus olhos,
causados pelos espinhos
que ferem a Tua cabeça,
sinto o Teu olhar,
terno, doce, exangue,
e ouço a Tua voz meiga,
insistentemente dolorosa:
“Tenho sede!”

Olho para um lado e para o outro,
procuro ansiosamente,
um pote com água,
mas apenas vejo,
infelizmente,
um vasilha com vinagre,
e uma esponja,
que molho na vasilha,
e Te dou a beber.

“Tenho sede!”
Insistes Tu,
com a Tua terna voz,
inundando todo o meu ser.

Quase desesperado,
corro de um lado para o outro,
à procura de uma água,
para dar ao Crucificado.

Mas nada encontro!

Toma conta de mim,
uma mágoa,
e prostro-me de joelhos no chão.

Olho-Te,
o Teu olhar de amor,
e murmuro-Te por fim:
Ai, Senhor,
fosse eu água,
e dava-me a Ti,
todo inteiro,
o corpo, o coração,
e a alma,
para aliviar Tua dor.

Pareceu-me ver no Teu olhar,
um clarão rápido de alegria,
e percebo que a Tua sede…
é de almas,
mesmo as de quem Te escarnecia!

“Tenho sede!”
Repetes,
sem Te cansares.

Que sede essa,
meu Deus e meu Senhor,
insaciável de almas,
do homem pecador.

Faz de mim uma esponja,
que em nada eu apareça,
mas que almas possa embeber,
na fé que me dás a viver,
envolto no Teu amor,
para Te matar a sede ,
meu Deus e meu Senhor!

 

 

Joaquim Mexia Alves
Monte Real, 14 de Setembro de 2012
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A HUMILDADE

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Já escrevi por aqui várias vezes que sou vaidoso e orgulhoso!
Sinto-me bem, (ou melhor orgulhoso), quando elogiam aquilo que eu escrevo, embora reconheça, (ou queira reconhecer), que as palavras que escrevo não são minhas, mas daqu’Ele que as inspira.
Curiosamente, até quando digo isto mesmo ou escrevo, (que a escrita não é minha mas de Quem ma inspira), me parece estar a ser orgulhoso, vaidoso, pois quem sou eu para que Ele me inspire seja o que for, a não ser a minha conversão para me encontrar com a sua vontade.
 
Vem este introito a propósito do livro sobre a Beata Teresa de Calcutá, “Vem, sê a minha luz”, que acabei recentemente de ler.
 
Senti-me esmagado, (no sentido de me achar um nada), perante a grandeza da humildade daquela “pequena” mulher!
 
Transcrevo três passagens das suas cartas, para que possamos entender como esta mulher levou até ao fim, verdadeiramente, a frase de João Batista:
«Ele é que deve crescer, e eu diminuir.» Jo 3, 30
 
«O Padre (Van Exem) também tem muitas cartas que eu lhe escrevi sobre – a obra quando ainda estava em Loreto. Agora que o plano que Jesus nos confiou – ficou escrito nas Constituições (da Obra) – essas cartas deixaram de ser necessárias. Agradecia que mas devolvessem – porque eram a expressão da minha alma naqueles momentos. Gostaria de queimar todos os papéis que revelem seja o que for acerca de mim. – Peço-lhe por favor, Excelência, suplico-lhe que satisfaça este desejo – quero que o segredo que Deus me confiou continue a ser um segredo nosso – o mundo não o conhece e é assim que eu quero que seja.» (1)
 
«Tenho um grande pedido a fazer-lhe. – Nunca lhe pedi nada pessoalmente. – Fiquei a saber, …, que o Cardeal Spellman deseja escrever sobre mim & sobre a obra. O Bispo Morrow irá pedir a Vossa Excelência todos os documentos. – A si e ao Pe. Van Exem confiei os meus pensamentos mais profundos – o meu amor a Jesus – e o Seu terno amor por mim – por favor, não lhe dê nada de 1946. Quero que a obra continue a ser inteiramente Dele. Quando os começos se tornarem conhecidos, as pessoas passaram a pensar mais em mim – e menos em Jesus. Por favor, por amor a Nossa Senhora, não conte nem dê coisa alguma. … Ele que escreva sobre «a obra» e a nossa gente sofredora. … Nada reclamo como meu. Foi-me dada. …» (2)
 
«Excelência. Agora que tem nas mãos o ficheiro da nossa Sociedade – peço-lhe que destrua quaisquer cartas que eu tenha escrito a Vossa Excelência – que não estejam relacionadas com a Sociedade. - «O Chamamento» foi um delicado presente que Deus me ofereceu – a mim, indigna – não sei porque foi que Ele me escolheu – calculo que tenha sido como as pessoas que nós apanhamos na rua – porque são aqueles que ninguém quer. Desde o primeiro (dia) até hoje – esta minha nova vocação foi um prolongado «Sim» a Deus – sem olhar sequer ao preço a pagar. – A minha convicção de que «a obra é Dele» - é mais do que realidade. – Nunca duvidei. Só me magoa que as pessoas me tratem como fundadora, porque sei com certeza que Ele me pediu - «Queres fazer isto por Mim?» Tudo foi Dele – eu apenas tive que me render aos Seus planos – à Sua vontade. – Hoje, a obra Dele cresceu porque é Ele, e não eu, que a faz através de mim. Estou de tal maneira convencida disto – que de boa vontade daria a minha vida para o demonstrar.» (3)
 
Não se ficam por estes textos os pedidos de destruição de cartas e documentos em que a Madre Teresa de Calcutá descreve a sua vivência da fé e o chamamento que Deus lhe fez para levar a cabo a obra das Missionárias da Caridade.
Realmente ela insiste permanentemente com os seus Directores Espirituais, bem como com os Bispos sucessores do Arcebispo Périer, (a quem dirigiu as cartas acima citadas), para que todas as cartas e documentos que “chamem a atenção” para si, sejam queimados, destruídos.
 
Podem calcular, (por aquilo que escrevo logo no início), como a “descoberta” desta humildade “específica” de Madre Teresa, me tocou, me questionou, me colocou perante tantas mudanças que preciso fazer ainda e sempre na minha vida.
 
O livro é todo ele a exortação de uma humildade e de uma fé inabaláveis, numa completa entrega a Jesus Cristo e à Sua vontade.
 
Quando este livro foi publicado, vieram alguns dizer que Madre Teresa tinha tido dúvidas de fé.
Nada mais errado, (quanto a mim), pois o que o livro, ou aliás os seus escritos demonstram, é uma fé inabalável, que mesmo atravessando um deserto de anos, mesmo vivendo em permanência a “noite escura” da “ausência de Deus”, não deixa de acreditar que, sendo essa a vontade de Deus, Ele acaba por estar presente nesse deserto, nessa “ausência”.
 
Voltarei a este tema da “noite escura” de Madre Teresa, que por vezes nos toca a todos em momentos, (graças a Deus), mais ou menos rápidos, mas que nela e noutros Santos, foi um viver constante, constituindo assim um testemunho de fé intocável.
 
E recomendo a todos a leitura deste livro, sem mais considerações, que as não tenho, porque ficariam muito aquém da beleza do que nele está escrito, beleza essa que me faz lembrar as palavras de D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, referindo-se à «Beleza do Rosto de Deus.»
 
Por vezes, ao lermos livros sobre as Santas e Santos, quedamo-nos pelo “maravilhoso”, ou seja, pelos milagres que Deus por sua intercessão operou nos homens, quando realmente o mais maravilhoso, é aquilo que Deus fez na vida daquelas mulheres e daqueles homens, (em tudo iguais a nós), transformando o seu viver num constante testemunho da presença de Deus no meio de nós, “apenas” porque elas e eles foram capazes de se abrir inteiramente à vontade de Deus, “apenas” porque foram capazes de “desaparecer” para Ele aparecer!
 
Tanto caminho a percorrer!
Assim nós nos saibamos entregar inteiramente a Deus, (em todos os estados de vida a que formos chamados), para podermos por Sua graça, viver a Sua vontade, e assim testemunharmos verdadeiramente a Sua presença nas nossas vidas, a Sua presença no meio de nós.
 
 
 
Notas:
1,2,3 – Cartas de Madre Teresa de Calcutá ao Arcebispo Périer entre 1956 e 1960.
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