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“Morreu-me” alguém muito próximo!
Um sentimento de orfandade percorre-me e faz-me vir as lágrimas aos olhos.
Morreu Bento XVI!
Morreu, com certeza, serenamente, como serenamente viveu.
Um sentimento de orfandade percorre-me e faz-me vir as lágrimas aos olhos.
Morreu Bento XVI!
Morreu, com certeza, serenamente, como serenamente viveu.
Aquele a quem apelidaram de tanta coisa, acabou por surpreender o mundo com a sua humilde renúncia e até esse gesto quiseram distorcer chamando-lhe fraqueza.
Um homem com uma espiritualidade tão profunda e verdadeira, não podia deixar de tomar essa decisão se ela não fosse a vontade de Deus colocada no seu coração.
Acredito que como Cristo, (sentindo-se um nada em comparação com Ele), deve ter rezado por todos eles, pedindo ao Pai que lhes perdoasse porque não sabiam o que diziam, o que faziam.
Mas nada disso interessa agora, mas sim a certeza de que a Igreja tem mais um Santo no Céu.
Um homem com uma espiritualidade tão profunda e verdadeira, não podia deixar de tomar essa decisão se ela não fosse a vontade de Deus colocada no seu coração.
Acredito que como Cristo, (sentindo-se um nada em comparação com Ele), deve ter rezado por todos eles, pedindo ao Pai que lhes perdoasse porque não sabiam o que diziam, o que faziam.
Mas nada disso interessa agora, mas sim a certeza de que a Igreja tem mais um Santo no Céu.
Tanto deu à humanidade em Igreja e tão pouco dela recebeu.
A sua vida narrada em livros é um poema de amor a Deus Nosso Senhor.
Um poema de amor carregado de inteligência, de doação, de humildade, de joelhos no chão.
Agarro-me aos seus livros, aos livros que dele falam, e guardo-os no coração para que neles perceba como é verdadeiramente ser discípulo de Cristo.
O Papa, digo-o com toda a sinceridade, que mais marcou a minha vida.
Comecei por, infelizmente, deixar-me levar por uma comunicação social manipulada e doentia, mas cedo me apercebi de como estavam errados e de como este homem era uma bênção para a Igreja e para a cristandade.
Depois tive a graça de o ver a escassos metros de mim em Fátima, (ia jurar que os nossos olhares se cruzaram), com ele rezámos as Vésperas e a sua timidez, a sua humildade, a sua concentrada espiritualidade tocaram-me profundamente.
Direi mesmo que Bento XVI marcou uma etapa da minha vida em que decidi que tinha de fundamentar a minha fé, tinha que aprofundar o meu ser cristão, tinha, sobretudo, que conhecer melhor Deus até ao ponto em que Ele se me desse a conhecer.
Por isso este sentimento de orfandade que agora sinto.
Apenas colmatado pela certeza de que se ele me falasse agora, diria como Maria disse naquele dia - «faz tudo o que Ele te disser» - porque só Ele interessa e só Ele é o Caminho, a Verdade e a vida.
“Morreu-me” Bento XVI!
Aleluia!
Temos mais um Santo no Céu!
Marinha Grande, 31 de Dezembro de 2022
Joaquim Mexia Alves
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