domingo, 6 de fevereiro de 2022

PESCADORES DE HOMENS

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Missa das 19 horas, ontem, na Marinha Grande.
Escuto com atenção o Evangelho, a homilia do Pe Patrício e fico a pensar.

É coisa boa pescar, menos para o peixe que, saindo do ambiente onde pode respirar, acaba por morrer porque se lhe acaba a vida.
Podemos dizer, que o trabalho do pescador acabou por ali, ou seja, pescou o peixe e depois vai entregá-lo para a venda do mesmo.

Penso então no ser “pescador de homens”.
E ser “pescador de homens” é também “pescar”, mas para dar um novo respirar, uma nova vida, ao “pescado”.

Depois, também o modo da “pesca de homens” tem meios diferentes, porque enquanto os peixes são pescados com anzol que magoa, “enganados” por um qualquer isco que de nada lhes serve a não ser aprisioná-los, ou uma rede que os prende, os envolve e lhes retira a liberdade, na “pesca de homens” não há anzol que fira, o “isco” é o amor verdadeiro que a ninguém engana, e a “rede” é toda uma comunidade de irmãos que os envolve, mas dá sempre liberdade de escolha.

Enquanto o pescador de peixe acaba o seu trabalho depois da pesca feita e entrega o peixe para os fins necessários, a o “pescador de homens” tem um trabalho contínuo, porque depois da “pesca” tem de continuar a tratar do “pescado”, dando-lhe amor, ajudando-o a respirar “fora das águas” em que estava, acompanhando-o nas suas dúvidas, levando-o a perceber que o “Dono” da pesca, Ele próprio se entrega como alimento ao “pescado”.

Os pescadores são pessoas importantes à sociedade, vivendo uma vida dura e muitas vezes trabalhando de sol a sol, tendo como recompensa o seu sustento material, por vezes, um parco sustento.

Os “pescadores de homens” são todos aqueles que acreditam em Cristo, têm trabalho contínuo, seja rezando, falando, fazendo, testemunhando, acompanhando o “pescado”, (às vezes até aprendendo com ele), e sempre mostrando o amor de Deus que é modo único de pescar.

Ah, e a sua “recompensa” é uma vida sempre nova, cheia do amor de Deus, que nunca mais acaba e se completa para a eternidade quando for “pescado” para junto de Deus.

E cada “pesca” de um “homem perdido” é sempre uma pesca milagrosa!



Marinha Grande, 6 de Janeiro de 2022
Joaquim Mexia Alves

1 comentário:

Anónimo disse...

E agora Joaquim Mexia? O que sobrou para quem entendeu tudo e muito bem?
Sobra-me apenas me esforçar mais na "pesca" também. Se me pescaram, também pescarei. Mais e melhor, prometo-me firmemente! No fundo e a vermos bem, o Joaquim já me "pescou" (tão mais) e também. Graças a Deus por tal e pela forma em que nos conduz. No fundo, fundo, pressinto que precisamos de tão mais e bons pescadores de homens. Deus queira e façamos a nossa parte e porque no Céu caberemos todos, todos e assim seja, Amen!

MC