sexta-feira, 1 de março de 2013

EM ORAÇÃO COM BENTO XVI

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Acordei hoje de manhã com o Papa Bento XVI no meu pensamento.
 
Naqueles momentos iniciais do dia ia pensando nos caminhos de Deus, como Ele nos surpreende em tantas coisas que damos como adquiridas.
 
E pensava no que teria levado Bento XVI a tomar a decisão que tomou, certamente, (não tenho dúvidas), iluminada por Deus que sempre foi o Caminho, a Verdade e a Vida da sua vida.
 
Surgiu então no meu pensamento esta passagem do Evangelho de São Mateus.
«Depois, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões. Logo que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite, estava ali só.» Mt 14, 22-23
 
E fui-a “rezando” ao sabor da decisão do nosso Papa.
 
“Depois Bento XVI “obrigou” a Igreja a “embarcar” numa nova procura, e enquanto se despedia do povo de Deus, partiu para outra margem. Assim que disse adeus ao povo que com ele tinha estado, retirou-se para orar na solidão. E ao chegar o anoitecer da sua vida, ele ali estava, em oração por esse povo, só, mas sabendo-se acompanhado pelas orações da multidão dos filhos de Deus.”
 
Posso tentar encontrar todas as razões que eu quiser para justificar a decisão do Papa.
Posso ler as opiniões de todos, umas mais justas e equilibradas, outras apenas com o fim de atacar a Igreja e a figura do Papa, que tão atacado foi.
 
No fundo, a conclusão a que chego é sempre a mesma:
Bento XVI, iluminado pelo Espírito Santo, percebeu que a vontade de Deus era a sua oração, retirado, pelo Povo de Deus, pela Igreja que ele tão bem tinha servido, (sem se servir), passando para a “outra margem”.
 
 
Marinha Grande, 1 de Março de 2013
Joaquim Mexia Alves

4 comentários:

Concha disse...

Amigo Joaquim!
Uma partida custa sempre e esta tem um sabor um pouco amargo,pela incerteza do que virá.Sabemos que o Espírito Santo ilumina,mas há sempre a adaptação a novas realidades, com tudo o que isso implica.
Penso e é só uma opinião,que nunca saberemos na realidade o que motivou esta decisão.
Tenho uma certeza,tendo em conta o pontificado de Bento XVI, que ela foi muito ponderada e independentemente de concordar com quem afirma que foi um gesto de liberdade,coragem e humildade,foi um dar testemunho do que de facto é importante na vida.Podemos ter mil e uma atitudes e achar que estamos certos nesse agir,mas é o testemunho de vida que interpela e
evangeliza.Este foi sem dúvida um gesto de imitação de Jesus no despojamento total do poder e na entrega total ao outro!
Abraço com amizade em Jesus Cristo

Fernando Brites disse...

De Mileto, Paulo mandou chamar os anciãos da igreja de Éfeso. Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia, procedi sempre convosco. Tenho servido o Senhor com toda a humildade e com lágrimas, no meio das provações, que as ciladas dos judeus me acarretaram. Jamais recuei perante qualquer coisa que vos pudesse ser útil. Preguei e instruí-vos, tanto publicamente como nas vossas casas, afirmando a judeus e gregos a necessidade de se converterem a Deus e de acreditarem em Nosso Senhor Jesus.
E agora, obedecendo ao Espírito, vou a Jerusalém, sem saber o que lá me espera; só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me avisa de que me aguardam cadeias e tribulações. Mas, a meus olhos, a vida não tem valor algum; basta-me poder concluir a minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus, dando testemunho do Evangelho da graça de Deus.
Agora sei que não vereis mais o meu rosto, todos vós, no meio de quem passei, proclamando o Reino.
(...) Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho, de que o Espírito Santo vos constituiu administradores para apascentardes a Igreja de Deus, adquirida por Ele com o seu próprio sangue.»
(...) Depois destas palavras, ajoelhou-se com todos eles e orou. Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo, consternados, sobretudo, com as palavras que lhes dissera: que não veriam mais o seu rosto. Em segida, acompanharam-no ao barco.
(Act 20, 17-25.28.36-38)
Louvado seja Deus pelas graças que derrama na sua Igreja em todos os tempos!

joaquim disse...

Correctíssimo amiga Concha!

Um abraço amigo em Cristo

joaquim disse...

Obrigado Fernando!

Nada poderia ser mais apropriado!

Um abraço amigo em Cristo