Aqueles que já tiveram paludismo, ou qualquer doença em que se registem febres altas, conhecem perfeitamente a sensação, a realidade de estarem a “arder em febre” e no entanto “tremerem de frio”.
Isto fez-me lembrar umas certas atitudes, ou melhor, certas maneiras de viver a vida religiosa, ainda muito enraizadas na nossa prática de viver a vida cristã.
São aquelas ou aqueles que permanentemente rezam orações, as mais variadas, preocupados mais com a quantidade, do que com a qualidade.
No fundo, não rezam, mas “debitam” orações como se de alguma fórmula mágica se tratasse, mas na sua vida diária não se reflecte a vivência da fé.
É assim mesmo, estão a “arder em febre”, mas a “tremer de frio”.
Ou seja, vivem no “calor” de um frenesim de orações, cheias de esquemas programados, mas ali não está a fé, a fé que aquece a alma, que aquece o coração, por isso “tremem de frio”.
É que rezar é elevar o coração ao Pai, é conversar com Jesus Cristo, é entregar-se ao Espírito Santo.
Rezar é falar, mas também é ouvir, também é escutar, também é deixar-se envolver no amor de Deus.
E muitas vezes temos medo de escutar, temos medo de nos deixarmos envolver no Seu amor, porque temos medo do que Ele nos vai pedir, da mudança que Ele quer operar em nós, das exigências da prática da vida cristã, que nos levam muitas vezes a pensar que nos afastam da vida do dia a dia, quando é precisamente o contrário, isto é, a mudança, (conversão), a vivência da prática cristã, dá sentido à vida, torna a vida mais fácil, mais segura e forte porque acompanhada pelo Senhor da Vida, no fundo e na realidade dá mais vida à vida, porque enraíza no Autor da Vida.
Isto não quer dizer que não se rezem o Rosário, as orações da Tradição da Igreja, as Ladainhas, as Novenas e sei lá quantas expressões da piedade popular, mas sim que a nossa fé não está na oração, na quantidade de oração, (no sentido de que é a oração que tudo realiza), mas sim que a nossa fé se torna esperança, vida, realidade, no Pai, no Filho, no Espírito Santo, que tudo fazem e tudo podem.
E mais ainda, se a nossa oração não nos levar a um encontro pessoal com Jesus Cristo e portanto à mudança, (conversão), das nossas vidas, então não estamos a rezar, estamos apenas a debitar palavras, palavras que saem da boca, mas não vêm do coração.
Podemos “arder de orações”, mas “trememos do frio da ausência da fé”.
«Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para satisfazer os vossos prazeres.» Tg 4,3
Isto fez-me lembrar umas certas atitudes, ou melhor, certas maneiras de viver a vida religiosa, ainda muito enraizadas na nossa prática de viver a vida cristã.
São aquelas ou aqueles que permanentemente rezam orações, as mais variadas, preocupados mais com a quantidade, do que com a qualidade.
No fundo, não rezam, mas “debitam” orações como se de alguma fórmula mágica se tratasse, mas na sua vida diária não se reflecte a vivência da fé.
É assim mesmo, estão a “arder em febre”, mas a “tremer de frio”.
Ou seja, vivem no “calor” de um frenesim de orações, cheias de esquemas programados, mas ali não está a fé, a fé que aquece a alma, que aquece o coração, por isso “tremem de frio”.
É que rezar é elevar o coração ao Pai, é conversar com Jesus Cristo, é entregar-se ao Espírito Santo.
Rezar é falar, mas também é ouvir, também é escutar, também é deixar-se envolver no amor de Deus.
E muitas vezes temos medo de escutar, temos medo de nos deixarmos envolver no Seu amor, porque temos medo do que Ele nos vai pedir, da mudança que Ele quer operar em nós, das exigências da prática da vida cristã, que nos levam muitas vezes a pensar que nos afastam da vida do dia a dia, quando é precisamente o contrário, isto é, a mudança, (conversão), a vivência da prática cristã, dá sentido à vida, torna a vida mais fácil, mais segura e forte porque acompanhada pelo Senhor da Vida, no fundo e na realidade dá mais vida à vida, porque enraíza no Autor da Vida.
Isto não quer dizer que não se rezem o Rosário, as orações da Tradição da Igreja, as Ladainhas, as Novenas e sei lá quantas expressões da piedade popular, mas sim que a nossa fé não está na oração, na quantidade de oração, (no sentido de que é a oração que tudo realiza), mas sim que a nossa fé se torna esperança, vida, realidade, no Pai, no Filho, no Espírito Santo, que tudo fazem e tudo podem.
E mais ainda, se a nossa oração não nos levar a um encontro pessoal com Jesus Cristo e portanto à mudança, (conversão), das nossas vidas, então não estamos a rezar, estamos apenas a debitar palavras, palavras que saem da boca, mas não vêm do coração.
Podemos “arder de orações”, mas “trememos do frio da ausência da fé”.
«Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para satisfazer os vossos prazeres.» Tg 4,3
«É assim que também o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos o que havemos de pedir, para rezarmos como deve ser; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.»
Rm 8,26
16 comentários:
Não sei bem o que dizer, Joaquim.
A verdade é que sinto, tantas vezes, que não sei rezar, pois não o faço com muitas palavras ou frases feitas.
Tento, pelo menos tento, que a minha vida seja ela uma oração... mas está, quantas vezes, longe de o ser...
Qualquer bom pai gosta que o filho lhe fale, de receber as suas palavras, de dialogar com ele, de conhecer os seus problemas, saber dos seus sucessos ou fracassos, mas gosta também do seu carinho e de saber que o seu filho é uma boa pessoa.
Louvemos a Deus com palavras, mas também com as nossa atitudes.
Que toda a nossa vida seja uma oração.
Abraço no amor do Pai.
Uma boa imagem esta apresentada para a força da oração.
Oi Joaquim, acho que entendi o que aconteceu, então apaguei a mensagem e vim ler seu texto também.
Verdade o que falou, muitas orações não são sentidas, deveríamos sentir mais Deus em nós. Eu tento não ficar repetitiva quando rezo o terço, muitas vezes o pensamento voa! Então é um exercício diário, mas penso que nem todos têm muita preocupação no sentir, não obstante Deus nos olha assim mesmo. Somos tão errantes..mas ele nos ama assim....incrível mesmo.
Eu sou mais contemplativa, então tento entrar em sintonia, torna-se mais fácil...
Tomara que mesmo assim eu esteja na sintonia certa. E tomara que saiba pedir bem, mas como bem falastes, temos ainda o espírito santo de Deus para nos auxiliar.
Beijos e muito legal seus posicionamentos. mari
Ops, muito bons seus posicionamentos, rs, mari
É verdade...
Nos últimos tempos tenho sentido uma sede para conhecer melhor o Espírito Santo ...
Que Ele nos ilumine na oração e em tudo...
beijos em Cristo e Maria
É preciso abrir o coração ao Espírito de amor de Jesus para que ele nos ensine a orar verdadeiramente.
"Quando o espírito estabelece morada numa pessoa, esta não pode deixar mais de rezar, porque o Espírito não cessa de orar nela. Quer durma quer esteja acordada, a oração não se separa da sua alma. Enquanto come, bebe, trabalha ou dorme, o perfume da oração exala-se espontaneamente da sua alma. " (Isaac, o Sírio)
Nem sempre Deus responde às nossas orações de acordo com as nossas expectativas e desejos.
"Se alguma coisa acontece contra o que pedimos na oração, nunca duvidemos de que o mais vantajoso é o que acontece segundo a vontade de Deus e não segundo a nossa, e suportemos com paciência tal contrariedade, dando graças a Deus por tudo." (S.Agostinho, Carta a Proba)
Amigo Joaquim, plenamente de acordo com as tuas sábias palavras:"É que rezar é elevar o coração ao Pai, é conversar com Jesus Cristo, é entregar-se ao Espírito Santo."
Aproveito para relembrar a célebre frase de Santa Teresa de Jesus que complementa na perfeição as tuas palavras:
"Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, no meio da provação como no meio da alegria, enfim, é qualquer coisa de grande, de sobrenatural, que me dilata a alma e me une a Jesus." (S. Teresa de Jesus)
Para mim, a oração também é isso.
Que Deus me conceda o dom de orar dessa forma.
Espero que os exames estejam a correr bem.
Boa sorte!
Abraço fraterno em Cristo Jesus.
Perseguição à Igreja Católica no Vietname:
http://www.zenit.org/article-18806?l=portuguese
Exemplo de Fé e Coragem.
Fa amiga
Rezar e rezar muito sempre foi e será muito bom, porque nos conduyz a Deus.
Repetir palavras, mesmo que sejam orações, mas esperando que as ditas palavras tenham algum "alcance mágico" é que não vale a pena.
A oração "alimenta" a fé e a fé a oração.
Mas sem fé a oração são apenas palavras.
É a isso que me refiro.
Obrigado Fa pelas tuas palavras.
Abraço amigo em Cristo
Obrigado António!
Abraço amigo em Cristo
Olá Mari
Obrigado pela visita.
O Rosário é sempre uma oração repetitiva, mas tudo depende da intenção com que se reza, ou seja, se é para louvar a Deus por Maria, se é pedir a Maria a sua intercessão, por amor a Deus, etc, ou se é apenas na convicção de que ao repetirmos aquelas palavras alguma coisa acontece.
É que não há formulas mágicas, nem Deus é mágico!!!
Lógico que se tens o teu coração aberto à vontade de Deus estás na "sintonia certa".
Abraço amigo em Cristo
Olá Maria João
Quanto mais O queres e mais O pedes mais Ele será derramado em ti.
A oração de pedir o Espírito Santo é para mim uma oração diária.
Abraço amigo em Cristo
Caro Paulo
Obrigado pelas tuas palavras, sempre cheias de ensinamentos.
Quando escrevi as palavras que refres sobre a oração, tinha na mente precisamente essas palavras de Santa Teresinha.
Já acabaram e estou à espera dos resultados.
Abraço amigo em Cristo
Obrigado "osátiro" pela visita e pela intenção de oração.
Abraço amigo em Cristo
Linda passagem que aqui nos deixaste. Fica com Deus
Obrigado Paulo!
Que Deus te abençoe!
Abraço amigo em Cristo
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