Ali estava ele, no meio daquela multidão enfurecida, que aos berros, insistia na morte dAquele Homem. Não conseguia entender nada do que se passava!
Tinha ouvido as perguntas que o Governador romano tinha feito e as respostas dAquele Homem a quem chamavam Jesus, já antes tinha presenciado uma espécie de tribunal dos Sumo sacerdotes e de tudo o que tinha ouvido e visto apenas chegava à conclusão que Aquele era um Homem bom, justo, que tinha feito coisas admiráveis pelo seu semelhante e no Qual residia a paz e a tranquilidade do inocente.
Entendia até, porque é que Ele não se defendia das acusações que Lhe faziam. Realmente dissesse Ele o que dissesse tudo parecia estar combinado, tudo parecia estar arranjado há muito tempo, para que o desfecho de tudo aquilo, fosse a Sua morte.
Queria ir-se embora, não queria estar ali, não queria fazer parte de toda aquela farsa cruel, mas mais do que a curiosidade, mais do que querer confirmar como tudo ia acabar, havia qualquer coisa que o prendia Àquele Homem, qualquer coisa no seu coração o fazia sentir que a sua vida, de alguma maneira, Lhe estava ligada.
Decidiu ficar e foi assistindo ao cortejo de horrores, que se foram seguindo.
Flagelaram Aquele Homem, como ele nunca tinha visto fazer a ninguém e ele bem reconhecia que os tempos em que vivia, eram tempos bárbaros e cruéis, sobretudo depois da ocupação romana. Humilharam, cuspiram, troçaram, fizeram pouco dAquele Homem, sem ele conseguir entender minimamente porquê. A multidão parecia louca, parecia que algo ou alguém, tinha instilado naquela gente um ódio incompreensível para com Aquele Homem chamado Jesus.
O mais estranho é que uns dias antes, aqueles que agora gritavam, crucifica-O e outras barbaridades, Lhe tinham dado vivas e hossanas, quando entrou em Jerusalém.
Carregavam agora sobre os Seus ombros, uma pesada cruz de madeira, e ele pensou, como podia Aquele Homem, depois de já ter perdido tanto sangue, depois de ter sido tão magoado, ferido e mal tratado, conseguir carregar aquela cruz pelo Calvário acima.
Por um momento deu por si a pensar que era um cobarde, porque verdadeiramente o que ele devia fazer era ir ajudar Aquele Homem, era pôr fim aquela barbárie, mas rapidamente se convenceu, que sozinho nada podia e também valha a verdade, era mais fácil nada fazer, até porque o medo era muito.
Decidiu aproximar-se para ver mais de perto, não por curiosidade mórbida, mas porque alguma coisa o impelia ao encontro dAquele Jesus. Queria olhá-Lo nos olhos, queria ter a certeza da Sua inocência, queria acreditar que nAquele Homem residia algo muito superior a todos, sobretudo àqueles que Lhe faziam tanto mal.
De repente Jesus caiu! Ele teve um sobressalto e sem pensar, tentou aproximar-se, mas os soldados não o deixaram.
Num relance Jesus levantou a cabeça e olhou para ele, directamente nos seus olhos.
Foi inundado por algo que não conseguia descrever! O olhar de uma doçura extrema, de uma ternura infinita, era o olhar de um inocente, o olhar de Alguém que Se entregava para o bem de outros.
Não conseguia entender, tanto mais, que aquele olhar dizia ao seu coração: «Eu conheço-te, amo-te e é também por ti que me entrego». Toda a sua vida lhe passou na sua mente num relance rápido, e ele percebeu que tudo mudava, que nada mais seria como antes. Já não podia afastar-se dAquele Homem, porque no seu intimo ele sabia que Jesus não fazia parte da sua vida, Ele era a sua vida.
Continuou a segui-Lo e uma pequena ponta de inveja aflorou ao seu coração, quando viu que os soldados tinham chamado um homem para ajudar Jesus a carregar a Sua Cruz. Queria tanto ter sido ele, mas não tinha coragem para o dizer. Aliás, algo lhe dizia que aquela cruz em parte lhe pertencia.
Continuaram a caminhada e viu aproximarem-se de Jesus umas mulheres. Uma delas era lindíssima e irradiava uma paz imensa. À sua volta ouviu sussurrar: «É a Mãe dEle». A serenidade, a paz, a aceitação daquela Mulher, perante o que estavam a fazer ao seu Filho, tocou-lhe profundamente o coração. Tinha de A conhecer.
Chegaram, enfim, ao cimo do monte.
Deitado sobre a Cruz, Jesus ia deixando, com uma aceitação incompreensível, que Lhe perfurassem as mãos e os pés, com grossos cravos, que O fixaram ao Madeiro. Cada martelada era uma chamada de atenção à sua vergonha, à sua cobardia.
Elevaram-No então, colocando a Cruz na vertical.
Ao olhar aos pés da Cruz, o mais perto que lhe era possível, não conseguia distinguir onde acabava a Cruz e começava o Céu. Parecia-lhe, não só à vista, mas também ao coração, que aquela Cruz unia para sempre a terra ao Céu.
Ouviu então a voz de Jesus que dizia qualquer coisa Àquela que diziam ser Sua Mãe e também a um jovem que estava ao pé dEla, aos pés da Cruz. Apenas pode distinguir as palavras, filho e mãe, mas nasceu dentro dele uma vontade imensa de correr para Ela, chamar-Lhe Mãe e dizer-Lhe, também quero ser Teu filho.
De repente tudo escureceu, Jesus deixou cair a cabeça e morreu.
Parecia-lhe que o tempo tinha parado, mas em vez de ficar desesperado, triste, uma estranha paz, uma profunda calma, invadiu o seu ser. No seu coração instalou-se uma certeza. Nada acaba aqui! Nesta morte vou encontrar a vida, pois ainda hei-de ver Jesus vivo!
Para que tudo se torne verdade na minha vida, pensou ele, tenho de conhecer melhor Jesus e saber o que Ele quer de mim e para mim. Começou então a dirigir-se para Aquela Mãe, que também já sentia como sua, porque acreditou firmemente que ninguém lhe poderia dar a conhecer melhor, ninguém o poderia guiar melhor, ninguém lhe poderia ensinar melhor a seguir Aquele Homem, chamado Jesus.
Tinha ouvido as perguntas que o Governador romano tinha feito e as respostas dAquele Homem a quem chamavam Jesus, já antes tinha presenciado uma espécie de tribunal dos Sumo sacerdotes e de tudo o que tinha ouvido e visto apenas chegava à conclusão que Aquele era um Homem bom, justo, que tinha feito coisas admiráveis pelo seu semelhante e no Qual residia a paz e a tranquilidade do inocente.
Entendia até, porque é que Ele não se defendia das acusações que Lhe faziam. Realmente dissesse Ele o que dissesse tudo parecia estar combinado, tudo parecia estar arranjado há muito tempo, para que o desfecho de tudo aquilo, fosse a Sua morte.
Queria ir-se embora, não queria estar ali, não queria fazer parte de toda aquela farsa cruel, mas mais do que a curiosidade, mais do que querer confirmar como tudo ia acabar, havia qualquer coisa que o prendia Àquele Homem, qualquer coisa no seu coração o fazia sentir que a sua vida, de alguma maneira, Lhe estava ligada.
Decidiu ficar e foi assistindo ao cortejo de horrores, que se foram seguindo.
Flagelaram Aquele Homem, como ele nunca tinha visto fazer a ninguém e ele bem reconhecia que os tempos em que vivia, eram tempos bárbaros e cruéis, sobretudo depois da ocupação romana. Humilharam, cuspiram, troçaram, fizeram pouco dAquele Homem, sem ele conseguir entender minimamente porquê. A multidão parecia louca, parecia que algo ou alguém, tinha instilado naquela gente um ódio incompreensível para com Aquele Homem chamado Jesus.
O mais estranho é que uns dias antes, aqueles que agora gritavam, crucifica-O e outras barbaridades, Lhe tinham dado vivas e hossanas, quando entrou em Jerusalém.
Carregavam agora sobre os Seus ombros, uma pesada cruz de madeira, e ele pensou, como podia Aquele Homem, depois de já ter perdido tanto sangue, depois de ter sido tão magoado, ferido e mal tratado, conseguir carregar aquela cruz pelo Calvário acima.
Por um momento deu por si a pensar que era um cobarde, porque verdadeiramente o que ele devia fazer era ir ajudar Aquele Homem, era pôr fim aquela barbárie, mas rapidamente se convenceu, que sozinho nada podia e também valha a verdade, era mais fácil nada fazer, até porque o medo era muito.
Decidiu aproximar-se para ver mais de perto, não por curiosidade mórbida, mas porque alguma coisa o impelia ao encontro dAquele Jesus. Queria olhá-Lo nos olhos, queria ter a certeza da Sua inocência, queria acreditar que nAquele Homem residia algo muito superior a todos, sobretudo àqueles que Lhe faziam tanto mal.
De repente Jesus caiu! Ele teve um sobressalto e sem pensar, tentou aproximar-se, mas os soldados não o deixaram.
Num relance Jesus levantou a cabeça e olhou para ele, directamente nos seus olhos.
Foi inundado por algo que não conseguia descrever! O olhar de uma doçura extrema, de uma ternura infinita, era o olhar de um inocente, o olhar de Alguém que Se entregava para o bem de outros.
Não conseguia entender, tanto mais, que aquele olhar dizia ao seu coração: «Eu conheço-te, amo-te e é também por ti que me entrego». Toda a sua vida lhe passou na sua mente num relance rápido, e ele percebeu que tudo mudava, que nada mais seria como antes. Já não podia afastar-se dAquele Homem, porque no seu intimo ele sabia que Jesus não fazia parte da sua vida, Ele era a sua vida.
Continuou a segui-Lo e uma pequena ponta de inveja aflorou ao seu coração, quando viu que os soldados tinham chamado um homem para ajudar Jesus a carregar a Sua Cruz. Queria tanto ter sido ele, mas não tinha coragem para o dizer. Aliás, algo lhe dizia que aquela cruz em parte lhe pertencia.
Continuaram a caminhada e viu aproximarem-se de Jesus umas mulheres. Uma delas era lindíssima e irradiava uma paz imensa. À sua volta ouviu sussurrar: «É a Mãe dEle». A serenidade, a paz, a aceitação daquela Mulher, perante o que estavam a fazer ao seu Filho, tocou-lhe profundamente o coração. Tinha de A conhecer.
Chegaram, enfim, ao cimo do monte.
Deitado sobre a Cruz, Jesus ia deixando, com uma aceitação incompreensível, que Lhe perfurassem as mãos e os pés, com grossos cravos, que O fixaram ao Madeiro. Cada martelada era uma chamada de atenção à sua vergonha, à sua cobardia.
Elevaram-No então, colocando a Cruz na vertical.
Ao olhar aos pés da Cruz, o mais perto que lhe era possível, não conseguia distinguir onde acabava a Cruz e começava o Céu. Parecia-lhe, não só à vista, mas também ao coração, que aquela Cruz unia para sempre a terra ao Céu.
Ouviu então a voz de Jesus que dizia qualquer coisa Àquela que diziam ser Sua Mãe e também a um jovem que estava ao pé dEla, aos pés da Cruz. Apenas pode distinguir as palavras, filho e mãe, mas nasceu dentro dele uma vontade imensa de correr para Ela, chamar-Lhe Mãe e dizer-Lhe, também quero ser Teu filho.
De repente tudo escureceu, Jesus deixou cair a cabeça e morreu.
Parecia-lhe que o tempo tinha parado, mas em vez de ficar desesperado, triste, uma estranha paz, uma profunda calma, invadiu o seu ser. No seu coração instalou-se uma certeza. Nada acaba aqui! Nesta morte vou encontrar a vida, pois ainda hei-de ver Jesus vivo!
Para que tudo se torne verdade na minha vida, pensou ele, tenho de conhecer melhor Jesus e saber o que Ele quer de mim e para mim. Começou então a dirigir-se para Aquela Mãe, que também já sentia como sua, porque acreditou firmemente que ninguém lhe poderia dar a conhecer melhor, ninguém o poderia guiar melhor, ninguém lhe poderia ensinar melhor a seguir Aquele Homem, chamado Jesus.
Sem comentários:
Enviar um comentário