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Fecho os olhos, baixo a cabeça e deixo que desponte em mim o desejo de Te sentir.
Pouco a pouco do meu coração sai o Teu nome que vou repetindo baixinho, em surdina: Jesus, Jesus, Jesus…
Afundo-me na cadeira em que estou sentado e parece que à minha volta tudo desparece ou, pelo menos, nada me incomoda ou distrai.
Parece-me que Te sentas no chão junto à cadeira em que estou e eu protesto de imediato:
Não, Senhor! Eu é que me sento a Teus pés!
Dizes-me então, ou sonho que me dizes:
Não te queres sentar comigo aqui no chão?
Saio imediatamente da cadeira e sento-me no chão junto a Ti, sentindo o frio das lajes frias da capela debaixo de mim.
Parece-me ver um sorriso de criança na Tua face, como se estivesses a achar graça a Ti e a mim sentados no chão da capela a olhar para Ti no Santíssimo Sacramento.
É então que me pedes para levantar a cabeça, olhas-me nos olhos, e perguntas-me candidamente:
Porque vens tantas vezes aqui?
Eu olho-Te espantado, (como se Tu não soubesses porquê!), e respondo-Te:
Para estar Contigo, Senhor!
Olhas-me ainda mais profundamente e perguntas:
Mas Tu acreditas que Eu estou aqui no Santíssimo Sacramento?
Sobressalto-me, assusto-me, e fico a pensar no que Te hei-de responder.
Depois penso que é melhor fingir que não ouvi para não ter que responder.
Mas Tu tocas-me na mão e insistes:
Então, não me respondes?
Como uma criança apanhada em falta, abro a boca e ouço-me dizer:
Sim, Senhor, acredito. Sim, Senhor, quero acreditar como todo o meu ser que estás aqui, que és Tu realmente presente na Hóstia Consagrada.
Sorris e dizes com ternura:
Mas não é fácil acreditar, pois não? De vez em quando parece-te duvidar, não é?
Fico sem jeito, mexo-me na posição em que estou e digo:
Oh, Senhor, não me provoques! Tu conheces-me tão bem! Sabes bem que eu acredito, que eu quero acreditar, mas também sabes que a minha humanidade é frágil, que a minha humanidade gosta de ver com os olhos do corpo e tocar com as mãos que Tu me deste.
Colocas o braço à minha volta, apertas-me junto a Ti e dizes-me ternamente:
Eu sei, Joaquim, eu sei. Mas concedo-te, concedo a todos os que quiserem, essa graça imensa de me poderes ver com os olhos do coração e tocares-me com as mãos da fé.
O que falta ao teu crer eu compenso com a minha misericórdia, com o Meu amor por ti, por todos vós.
Levanto a cabeça e com os meus olhos apenas vejo a Hóstia Consagrada, mas com o coração cheio de amor e confiança, digo:
Vejo-Te, Senhor! Sinto-Te, Senhor! Amo-Te, Senhor! Obrigado, Senhor!
Garcia, 21 de Julho de 2022
Joaquim Mexia Alves
Pouco a pouco do meu coração sai o Teu nome que vou repetindo baixinho, em surdina: Jesus, Jesus, Jesus…
Afundo-me na cadeira em que estou sentado e parece que à minha volta tudo desparece ou, pelo menos, nada me incomoda ou distrai.
Parece-me que Te sentas no chão junto à cadeira em que estou e eu protesto de imediato:
Não, Senhor! Eu é que me sento a Teus pés!
Dizes-me então, ou sonho que me dizes:
Não te queres sentar comigo aqui no chão?
Saio imediatamente da cadeira e sento-me no chão junto a Ti, sentindo o frio das lajes frias da capela debaixo de mim.
Parece-me ver um sorriso de criança na Tua face, como se estivesses a achar graça a Ti e a mim sentados no chão da capela a olhar para Ti no Santíssimo Sacramento.
É então que me pedes para levantar a cabeça, olhas-me nos olhos, e perguntas-me candidamente:
Porque vens tantas vezes aqui?
Eu olho-Te espantado, (como se Tu não soubesses porquê!), e respondo-Te:
Para estar Contigo, Senhor!
Olhas-me ainda mais profundamente e perguntas:
Mas Tu acreditas que Eu estou aqui no Santíssimo Sacramento?
Sobressalto-me, assusto-me, e fico a pensar no que Te hei-de responder.
Depois penso que é melhor fingir que não ouvi para não ter que responder.
Mas Tu tocas-me na mão e insistes:
Então, não me respondes?
Como uma criança apanhada em falta, abro a boca e ouço-me dizer:
Sim, Senhor, acredito. Sim, Senhor, quero acreditar como todo o meu ser que estás aqui, que és Tu realmente presente na Hóstia Consagrada.
Sorris e dizes com ternura:
Mas não é fácil acreditar, pois não? De vez em quando parece-te duvidar, não é?
Fico sem jeito, mexo-me na posição em que estou e digo:
Oh, Senhor, não me provoques! Tu conheces-me tão bem! Sabes bem que eu acredito, que eu quero acreditar, mas também sabes que a minha humanidade é frágil, que a minha humanidade gosta de ver com os olhos do corpo e tocar com as mãos que Tu me deste.
Colocas o braço à minha volta, apertas-me junto a Ti e dizes-me ternamente:
Eu sei, Joaquim, eu sei. Mas concedo-te, concedo a todos os que quiserem, essa graça imensa de me poderes ver com os olhos do coração e tocares-me com as mãos da fé.
O que falta ao teu crer eu compenso com a minha misericórdia, com o Meu amor por ti, por todos vós.
Levanto a cabeça e com os meus olhos apenas vejo a Hóstia Consagrada, mas com o coração cheio de amor e confiança, digo:
Vejo-Te, Senhor! Sinto-Te, Senhor! Amo-Te, Senhor! Obrigado, Senhor!
Garcia, 21 de Julho de 2022
Joaquim Mexia Alves
Nota: Escrito ontem quinta feira 21, na tarde de adoração na Capela da Garcia
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