Era um dia férias, faz quatro dias agora, e esperava por uns irmãos da Comunidade que tinha convidado para almoçarem comigo na praia.
Caminhei em direcção ao restaurante apesar de ainda faltar muito tempo para a hora marcada e à medida que caminhava lembrei-me que mesmo ao lado do restaurante ficava a capela da praia, e logo decidi que era o melhor sitio para esperar por eles.
A verdade é que para além do mais, nestes dois curtos dias de férias a minha oração tinha sido pouca, o tempo que tinha dedicado a Quem me tinha dado as férias tinha sido muito pouco.
Assim era tempo de Lhe dizer pessoalmente, que estava um pouco envergonhado, que tinha esmorecido a minha oração, a minha intercessão por aqueles que me confiam as suas preocupações, que tinha enfim gasto tempo em nada, quando Ele era tudo e tudo podia fazer do tempo que eu gastava.
Entrei na capela e logo agradeci a primeira graça que Ele me dava:
Não estava ninguém, por isso podia estar em paz, sem interferências. Era um bocadinho egoísta, é certo, mas a verdade é que precisava daquele tempo que Ele de forma tão simples me proporcionava.
E foi um nunca acabar de orações, de pedir perdão, de pedir pelos outros e por mim também, de desfiar preocupações, dúvidas, planos e projectos, enfim a minha cabeça não me dava descanso, não Lhe dava descanso e sobretudo não permitia sequer que Ele falasse comigo, que Ele me deixasse sentir a Sua presença.
Ao fim de uns trinta minutos esgotei assunto, ou Ele o esgotou em mim e dei por mim de cabeça entre as mãos, sentado com os cotovelos nos joelhos e dizendo-Lhe cheio de vergonha, mas com o coração nas mãos:
Caramba ainda nem sequer me calei desde que aqui entrei, e ainda nem deixei que me dissesses o que queres de mim, o que me queres dizer, o que queres precisar de mim!
De mansinho, muito de mansinho, como aquela brisa, sabem, a calma foi chegando, a paz foi-se instalando, deixei de ter peso, de ter espaço, de ter tempo e Ele foi tomando conta de mim, foi-me envolvendo, foi-me aconchegando, acarinhando, abraçando, até que ficámos ali os dois, apenas os dois e mais nada, nem paredes, nem bancos, nem barulhos da rua, nem nada que perturbasse aquele momento de amor.
Não sou muito dado a momentos místicos, mas aquele momento levou-me a um estado de paz, de alegria interior, de certeza da presença de Deus em mim e comigo e sem dúvida nos outros.
Baixinho, sussurrando, disse-Lhe absolutamente convicto de que me ouvia:
Obrigado Senhor!
Ouvi-O também no meu coração dizer-me:
Vês como também no mundo se vive o Paraíso?
Pois é muito mais do que isto, muito mais, o que prometi e prometo a todos os que Me seguirem.
Ainda Lhe perguntei na minha pequenez:
Que queres de mim, Senhor?
E Ele respondeu amorosamente:
Nada! Agora neste momento não quero nada de ti!
Queria apenas que soubesses que Eu estou sempre, sempre convosco!
Um choro de criança na rua fez-me perceber que aquele momento tinha acabado, mas que era sempre possível quando nos deixamos envolver pelo Mestre, quando nos deixamos tocar pelo Seu amor.
Olhei para o relógio e o telemóvel vibrou!
Eram eles, estavam a chegar, ali mesmo à porta da capela!
O tempo que eu tinha gasto, tinha-O Ele arranjado para Se encontrar comigo e me lembrar do Seu eterno amor por nós!
Isto aconteceu comigo, agora neste tempo!
Não o inventei, mas senti-O, mas vivi-O!
Não hesites, vai à Sua procura.
Entra numa igreja, no silêncio do teu quarto, ou do sítio que escolheres e quando lá chegares reza, fala, pede, intercede, esgota todo o assunto e depois deixa que Ele tome conta de ti e preencha o teu silêncio!
Ele não falha, Ele não falta, Ele está à tua espera!
Caminhei em direcção ao restaurante apesar de ainda faltar muito tempo para a hora marcada e à medida que caminhava lembrei-me que mesmo ao lado do restaurante ficava a capela da praia, e logo decidi que era o melhor sitio para esperar por eles.
A verdade é que para além do mais, nestes dois curtos dias de férias a minha oração tinha sido pouca, o tempo que tinha dedicado a Quem me tinha dado as férias tinha sido muito pouco.
Assim era tempo de Lhe dizer pessoalmente, que estava um pouco envergonhado, que tinha esmorecido a minha oração, a minha intercessão por aqueles que me confiam as suas preocupações, que tinha enfim gasto tempo em nada, quando Ele era tudo e tudo podia fazer do tempo que eu gastava.
Entrei na capela e logo agradeci a primeira graça que Ele me dava:
Não estava ninguém, por isso podia estar em paz, sem interferências. Era um bocadinho egoísta, é certo, mas a verdade é que precisava daquele tempo que Ele de forma tão simples me proporcionava.
E foi um nunca acabar de orações, de pedir perdão, de pedir pelos outros e por mim também, de desfiar preocupações, dúvidas, planos e projectos, enfim a minha cabeça não me dava descanso, não Lhe dava descanso e sobretudo não permitia sequer que Ele falasse comigo, que Ele me deixasse sentir a Sua presença.
Ao fim de uns trinta minutos esgotei assunto, ou Ele o esgotou em mim e dei por mim de cabeça entre as mãos, sentado com os cotovelos nos joelhos e dizendo-Lhe cheio de vergonha, mas com o coração nas mãos:
Caramba ainda nem sequer me calei desde que aqui entrei, e ainda nem deixei que me dissesses o que queres de mim, o que me queres dizer, o que queres precisar de mim!
De mansinho, muito de mansinho, como aquela brisa, sabem, a calma foi chegando, a paz foi-se instalando, deixei de ter peso, de ter espaço, de ter tempo e Ele foi tomando conta de mim, foi-me envolvendo, foi-me aconchegando, acarinhando, abraçando, até que ficámos ali os dois, apenas os dois e mais nada, nem paredes, nem bancos, nem barulhos da rua, nem nada que perturbasse aquele momento de amor.
Não sou muito dado a momentos místicos, mas aquele momento levou-me a um estado de paz, de alegria interior, de certeza da presença de Deus em mim e comigo e sem dúvida nos outros.
Baixinho, sussurrando, disse-Lhe absolutamente convicto de que me ouvia:
Obrigado Senhor!
Ouvi-O também no meu coração dizer-me:
Vês como também no mundo se vive o Paraíso?
Pois é muito mais do que isto, muito mais, o que prometi e prometo a todos os que Me seguirem.
Ainda Lhe perguntei na minha pequenez:
Que queres de mim, Senhor?
E Ele respondeu amorosamente:
Nada! Agora neste momento não quero nada de ti!
Queria apenas que soubesses que Eu estou sempre, sempre convosco!
Um choro de criança na rua fez-me perceber que aquele momento tinha acabado, mas que era sempre possível quando nos deixamos envolver pelo Mestre, quando nos deixamos tocar pelo Seu amor.
Olhei para o relógio e o telemóvel vibrou!
Eram eles, estavam a chegar, ali mesmo à porta da capela!
O tempo que eu tinha gasto, tinha-O Ele arranjado para Se encontrar comigo e me lembrar do Seu eterno amor por nós!
Isto aconteceu comigo, agora neste tempo!
Não o inventei, mas senti-O, mas vivi-O!
Não hesites, vai à Sua procura.
Entra numa igreja, no silêncio do teu quarto, ou do sítio que escolheres e quando lá chegares reza, fala, pede, intercede, esgota todo o assunto e depois deixa que Ele tome conta de ti e preencha o teu silêncio!
Ele não falha, Ele não falta, Ele está à tua espera!
22 comentários:
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link: www.blogscatolicos.uni7.net/
paz e bem, fica com DEUS
Depois das tuas palavras, da magia das tuas palavras... que me prendem e soltam para vida, voltei aqui.
Já tinha lido o post... mas não soube comentá-lo.
E agora continuo a preferir comentar-vos. Esse espaço, esse tempo, esse sentir... tão vosso é apaixonante.
A vida tem destas coisas bonitas. E Ele é Vida por inteiro.
Ele está sempre à nossa espera. E o que é especial... é que somos muitos a precisar de um momento a sós com Ele, e Ele torna-nos a todos especiais nesse(s) momento(s) nosso(s).
Obrigada!
Ele continua a abraçar-te...
Joaquim.
Linda experiência vivida por vc.
É... "Ele não falha, Ele não falta, Ele está à tua espera."
Não tenho dúvidas disso.
Mas é preciso merecê-Lo para senti-Lo. Assim como vc. O sentiu.
Abraços de uma amiga do Brasil.
...
É! Ele está mesmo à nossa espera...
E hoje, antes de ir dormir, de uma forma completamente atípica a estas horas, vim até aqui. Fiquei em Silêncio. E hoje, pela primeira vez, deixo aqui um comentário, Joaquim... só para dizer isto, que veio do Coração:
Muito Obrigado!
Um forte abraço.
Maria
Fiquei sem mais que dizer
Realmente, como Paulo não tenho o que dizer... disse tudo. Obrigado por partilhar conosco esse momento tão de Deus!
Olá Erik Sávio
Já coloquei o link do teu site.
Obrigado.
Abraço em Cristo
Ni
Obrigado pelas tuas palavras.
Agradeço a Deus ter-me dado palavras que te serviram.
Todos nós indidualmente somos especiais aos olhos de Deus, pois Ele ama-nos a todos com um amor especifico e individual a cada um.
Abraço amigo em Cristo
Amiga do Brasil
obriagdo pela visita e pelas palavras.
Volta sempre que esta é casa de todos!
Abraço amigo em Cristo
Maria, sol da manhã...
Que bom ver-te por aqui e sentir que aquilo que vivemos não é só para nós, serve aos outros também...
Abraço amigo em Cristo
Paulo
Então não digas e vive o momento comigo, com todos...
Abraço amigo em Cristo
João Baptista
Tudo o que vem de Deus é de todos, para servir a todos.
Eu é que te agradeço a união de oração.
Abraço amigo em Cristo
Seguramente que Ele é a resposta para muitos silêncios...
Caro irmão em Cristo, um muito obrigada pela preciosa partilha...Foi como se o Amor que lhe atingiu, lhe tocou, se derramasse um pouquinho até todos nós. Mas Ele, o Amor é assim mesmo, é Vazante de amor a todos, e quando inunda uma alma amada, sempre um tantinho escorre e atinge a todos em volta. Mas como vc foi instrumento manso desse derramamento, agradeço-lhe imensamente. E nos seus momentos de intimidade com Ele, lembre-se de todos nós!Forte abraço em Cristo, irmão!
Como é bom estar com Ele!
Obrigado por esta vivência. Faz-nos pensar se não esatremos também a ocupar o tempo em coisas menos úteis, em vez de irmos ter com Jesus...
beijos em Cristo e Maria
Bem vindo António!
Direi mesmo que Ele é a resposta para todos os silêncios!
Abraço amigo em Cristo
Olá kenosis
Obrigado pelas tuas palavras.
Tudo o que vem de Deus é sempre para partilhar, porque não nos pertence, é de todos.
O amor é assim, derrama-se e onde não encontra barreiras entra e toma conta de tudo!
Abraço amigo em Cristo
É verdade Maria João!
Às vezes temos tempo para tanta coisa que afinal não serve para nada e não arranjamos um tempo, mesmo que curto, para estarmos com Ele.
E Ele compensa sempre aqueles que O procuram na simplicidade do coração.
Abraço amigo em Cristo
Deus não tira férias...
e está sempre à espera dos seus filhos.
Nós (falo por mim) é que muitas vezes não sabemos fazer férias do tumulto que geramos na nossa mente e no nosso coração para lhe dedicar nem que seja um pouco do nosso silêncio, para que Ele nos abrace e nos fale.
Que bem que soubeste recolher-te e deixar que te falasse!
Antes de terminar as minhas férias... eu deveria seguir o teu exemplo...
Abraço muito amigo, Joaquim, e obrigada por estas mensagens tão inspiradoras :)
É sempre um bálsamo ler as palavras sentidas que partilhas connosco. Arranjamos tempo para tanta coisa e falta-nos o tempo para estarmos a sós com Ele. Por mim falo...
Beijo amigo
Olá Fa!
É bom ver-te por aqui, ler-te por aqui.
Digo sempre para mim que nas férias ainda me hei-de dedicar mais à oração e confesso que muitas vezes falho nesse meu compromisso...
E assim de um modo lindo, Ele quis dar-me uma lição de amor...
Abraço amigo em Cristo
Olá Graça!
Que boa surpresa esta tua visita!
Obrigado pelas tuas palavras.
Sempre que "arranjamos" tempo para Ele, Ele se encarrega de nos recompensar com o Seu infinito amor...
Abraço amigo em Cristo
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