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Durante a adoração ao Santíssimo Sacramento, a pétala de uma flor sobre o altar, desprende-se e cai no chão.
A flor vai atingindo o seu fim, privada que está da seiva que a alimentava, porque o seu caule foi cortado da planta a que pertencia.
Também eu, Senhor, quando me afasto de Ti, quando não Te comungo, quando não Te vivo em oração, quando me deixo esmorecer na fé, também me desprendo de Ti e caio pelo chão do mundo.
Mas, se aquela pétala nunca mais se pode juntar à flor e à planta que lhe davam vida, já eu, mesmo caído pelo chão, tenho sempre a Tua mão, Senhor, para me levantar, tenho o Teu perdão e o Teu amor para a Ti novamente me ligar e, alimentado por Ti na Eucaristia, voltar a viver a vida sem fim que Tu sempre dás a quem se dá a Ti e por Ti.
Ah, Senhor, dá-me sempre a Tua mão para que eu nunca fique pelo chão, apodrecendo longe do Teu amor, para que a vida que Tu me dás seja sempre amor em mim.
Que eu nunca seja a pétala que se separa irremediavelmente da planta que lhe dá vida e por isso morre, mas seja sempre um ramo da videira que Tu és, para que assim, permanecendo em Ti, eu tenha «vida em abundância», dê fruto e fruto que permaneça, para Te servir, Senhor, servindo os outros.
Garcia, 21 de Outubro de 2024
Joaquim Mexia Alves
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