quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

FRAQUEZAS

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Debato-me, Senhor, com as minhas fraquezas que Tu tão bem conheces.

Por vezes querem tomar conta de mim e convencer-me que nada faço de mal, que sim que é normal e até “justo” que eu assim seja.

Este orgulho, esta vaidade, esta ânsia de estar em tudo, é uma “coroa de espinhos”, (perdoa-me, Senhor, a comparação), que me atormenta e não me dá descanso.

Ah, Senhor, se me libertasses e eu pudesse ser um bocadinho só como Tu, ou seja, tudo entregar para todos e em tudo Te dar graças, em tudo reconhecer que nada é meu, mas que tudo Te pertence e vem de Ti!

Sabes, Senhor, há momentos em que parece que me consigo vencer, por Tua graça, claro, mas se descanso um pouco, se me distraio um pouco, logo os meus pensamentos se detêm no mesmo, se detêm na minha “importância”, pobre de mim!

E. se por acaso, penso que é melhor tudo deixar para assim não viver esta tentação, fechar-me, em nada participar, mas apenas “misturado” em todos “apagar-me” para ninguém me ver, logo me surge a dúvida se não é isso precisamente que o inimigo quer para que eu não dê tudo o que Tu me dás para dar!


Leio o que escrevo e novamente me sinto confrontado comigo próprio:

Publico esta “confissão” porque pode servir a outros como eu.

Publico-a por orgulho, afinal, para chamar a atenção sobre mim.

Ou não a publico e deixo-a apenas para mim.


Olha, Senhor, aqui a deixo, escrita, pensada, reflectida, à espera que o Espírito Santo me dirija segundo a Sua vontade.

Obrigado, Senhor, porque me fazes reconhecer as minhas fraquezas.

 

Marinha Grande, 9 de Fevereiro de 2021

Joaquim Mexia Alves

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1 comentário:

NUNC COEPI disse...

Revejo-me neste texto já que tantas vezes me vejo confrontado com o mesmo dilema: 'Faço... ou não faço? Digo... ou calo-me? Escrevo... ou não?'
E enredo-me no pensamento que são manifestações de orgulho pessoal, de desejos de protagonismo e evidência e, portanto...

Mas... detenho-me a pensar que talvez esse "dilema" não passe de uma armadilha hábil e matreira para me afastar do meu dever que é, como o Senhor claramente indicou: que as minhas boas obras sejam vistas pelos outros e que os meus talentos sejam postos a render ao serviço dos outros.
Assim, concluo, que o que tenho de fazer é pedir insistentemente ao Espírito Santo que me ilumine e guie para que diga o que devo dizer e escreva o que devo escrever.