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Estive três horas, Senhor, hoje em adoração, em oração, de madrugada, cumprindo o pedido das vinte e
quatro horas de adoração feitas pelo Papa Francisco.
E sinto-me um herói!?
Pobre tolo!
De vinte e quatro horas de um
dia inteiro que me foi dado por Ti, Senhor, dei-Te três horas, e sinto-me
herói!?
Ah, pois, Tu “só” deste a Tua
vida por mim!
Ah, pois, Tu “só” estás comigo
vinte e quatro horas por dia comigo, até mesmo quando eu não estou contigo, e
eu dei-Te três horas!?
Ah, pois, Tu “só” Te preocupas
comigo em todas as coisas da minha vida, mesmo nas mais comezinhas, mas eu
sinto-me herói porque estive contigo três horas!?
E estive essas três horas por
Ti e pelos outros, ou por mim e pelas coisas que eu acho que necessito?
Ai, Senhor, como posso eu
dizer que Te amo, se me sinto herói por te dar três horas da vida que Tu me
deste?
Ai, Senhor, como eu gostaria
de ser muito mais como o Santo Francisco Marto, para Te fazer companhia, para
fazer companhia ao «Jesus escondido», e não procurar que Tu me faças companhia
nas escassas três horas que Te dei!
Resta-me a consolação de saber
que Tu sabes quem eu sou e como sou, e a consolação de saber que a Tua
misericórdia é infinitamente maior do que o meu eu, e que, portanto, olhas para
mim com o Teu olhar de bondade, de amor, e me apertas junto a Ti, dizendo-me:
Gostei tanto, Joaquim, das tuas três horas que me deste!
E eu envergonhado, baixo a
cabeça, fujo ao Teu olhar e digo-te: Oh, Jesus, ensina-me a amar como Tu!
Marinha Grande, 10 de Março de
2018
Joaquim Mexia Alves
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