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Depois
de umas curtas férias, regressei hoje ao trabalho.
A
meio da manhã dei por mim a pensar como é “banal” este regresso ao trabalho depois
de umas férias, como se fosse uma coisa normal, uma coisa a que não se dá
grande importância, porque faz parte do dia-a-dia de cada um.
Pois,
… mas o problema é que logo pensei que afinal não faz parte do dia-a-dia de
cada um!
Afinal
há muitos “uns” que não regressam ao trabalho por duas razões muito simples:
porque não têm trabalho e porque não têm férias!
Mas
nós, os que beneficiamos destas duas coisas, trabalho e férias, nem sequer nos
apercebemos do bem que temos, da graça que usufruímos.
Parece-nos
assim como algo que vem com a vida, que é um direito adquirido, que não nos
pode ser retirado ou excluído.
Parece
algo que nos pertence por mérito nosso!
Mas
então entre aqueles que não têm trabalho não há gente como muito mais mérito do
que nós?
E
no entanto… não têm trabalho, não têm férias!
Não
nos diz São Paulo que em tudo devemos dar graças?
«Em
tudo dai graças» 1 Ts 5, 18
Então
demos graças pelo trabalho que temos, pelas férias, (grandes ou pequenas), que
gozamos, pelo dom da vida que Deus nos deu.
Mas
essas graças nunca ficarão completas, se não nos lembrarmos dos nossos irmãos
que não têm trabalho, nem férias, e por isso, com o mesmo empenho com que agradecemos,
intercedamos por aqueles que sofrem, porque não têm trabalho, porque não têm
férias.
Senhor,
dou-Te
graças pelo trabalho que colocas nas minhas mãos e pelas férias que me
permitiste ter.
Mas
custa-me, Senhor, que tantas irmãs e tantos irmãos, teus filhos, não tenham
trabalho, não tenham férias.
Por
eles Te peço, Senhor, para que na tua infinita bondade lhes concedas a
dignidade do trabalho, que lhes permita umas merecidas férias.
Peço-Te,
Senhor, por aqueles que estão à frente dos destinos das nações e das empresas,
para que tenham o necessário discernimento, entendendo que sem trabalho o homem
não se realiza, não se completa.
Que
aqueles que muito ganham, se preocupem em ganhar menos, para que chegue o
trabalho e o justo salário àqueles que nada têm.
E
que nós, que usufruímos desses “bens”, saibamos sempre dar graças e interceder
constantemente por aqueles que deles não beneficiam.
Amen.
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6 comentários:
Este escrito - tão a propósito no tempo que vivemos - revela duas preocupações do autor:
Pelos outros: Solidariedade!
Pelas graças recebidas: Agradecimento!
Quem dera fossem as de todos!
Cada vez mais, o homem pensa menos com o coração e mais com o cifrão. Deus ensinou-nos que deverá ser ao contrário mas, a maioria dos homens pensa nos lucros da carteira e nãos nos "lucros" do mundo que ha-de vir.
Amigo Joaquim,
Vivo hoje intensamente este problema principalmente por não haver trabalho para tanta gente.
Tantos talentos desperdiçados, filhos emigrados, reformas antecipadas.
Tudo isso me emociona mas peço ao Senhor que me ajude a compreender e a aceitar.
Muito grata pela sua oração e alento.
Abraço fraterno,
Ailime
Obrigado António!
Um abraço amigo em Cristo
Sem dúvida, Paulo, sem dúvida!
Um abraço amigo em Cristo
Obrigado Ailime
Rezemos então, intercedendo por todos aqueles que não têm neste moemnto a dignidade do trabalho.
Um abraço amigo em Cristo
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