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No Evangelho de ontem Jesus convida-nos a passar à outra margem.
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Mc 4, 35
Depois da Missa e da homilia, fiquei a pensar na “passagem para a outra margem”.
Há tantas margens em que estamos e nos sentimos seguros, e há tantas margens a que somos convidados a passar e que nos tiram do nosso conforto, da nossa rotina, dos nossos hábitos.
Entre todas essas margens em que estamos e as outras a que devemos passar, pensei na “margem da oração”.
Estamos habituados à oração das “orações já feitas”, (e ainda bem que estamos), às mesmas orações e esquema de oração que fazemos todos os dias, (e mais uma vez, ainda bem que estamos), estamos até habituados a pedir aos outros para rezarem por nós, (e ainda bem que o pedimos), e tantas outras coisas que poderíamos rever nesta “margem da oração”.
Mas o “passar à outra margem”, não significa que esta margem seja má ou não seja uma boa margem, nem sequer que devemos esquecer esta margem ou que a ela não possamos voltar de quando em vez.
Significa, julgo eu, Jesus a chamar-nos a descobrir as “coisas novas” que Ele sempre nos dá quando O queremos seguir em tudo e em todos os momentos.
E esta outra “margem da oração” quer levar-nos a descobrir a oração que o Espírito Santo faz em nós, se O deixarmos.
A oração espontânea, a oração das palavras soltas dirigidas a Deus, mais do que escolhidas e pensadas para “agradar-Lhe”.
A oração que se extasia com o belo que Deus coloca nas nossas vidas e que até se pode constituir, não em palavras ditas, mas interjeições e exclamações de espanto alegre.
A oração que faz movimentar o nosso todo, o nosso ser, que nos faz levantar as mãos para Deus, que faz erguer o nosso coração ao Céu, que abre na nossa boca o sorriso que brilha nos nossos olhos, quando nos sentimos tocados por Deus, quando vemos os sinais de Deus.
Mas para passar a esta outra “margem da oração”, por vezes, é preciso arrostar com tempestades, ventos contrários, temores e receios, que são muitas vezes a “secura de oração”, o não ter palavras para dizer, o nada sentir, o parecer que estamos sós.
Mas é então que Ele nos responde: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».
E, com certeza, acrescenta baixinho ao nosso coração: “Abandona-te ao Espírito Santo. Ele está contigo e colocará no teu coração, na tua boca, as palavras que Me hás-de querer dizer!”
Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: «Passemos à outra margem do lago». Mc 4, 35
Depois da Missa e da homilia, fiquei a pensar na “passagem para a outra margem”.
Há tantas margens em que estamos e nos sentimos seguros, e há tantas margens a que somos convidados a passar e que nos tiram do nosso conforto, da nossa rotina, dos nossos hábitos.
Entre todas essas margens em que estamos e as outras a que devemos passar, pensei na “margem da oração”.
Estamos habituados à oração das “orações já feitas”, (e ainda bem que estamos), às mesmas orações e esquema de oração que fazemos todos os dias, (e mais uma vez, ainda bem que estamos), estamos até habituados a pedir aos outros para rezarem por nós, (e ainda bem que o pedimos), e tantas outras coisas que poderíamos rever nesta “margem da oração”.
Mas o “passar à outra margem”, não significa que esta margem seja má ou não seja uma boa margem, nem sequer que devemos esquecer esta margem ou que a ela não possamos voltar de quando em vez.
Significa, julgo eu, Jesus a chamar-nos a descobrir as “coisas novas” que Ele sempre nos dá quando O queremos seguir em tudo e em todos os momentos.
E esta outra “margem da oração” quer levar-nos a descobrir a oração que o Espírito Santo faz em nós, se O deixarmos.
A oração espontânea, a oração das palavras soltas dirigidas a Deus, mais do que escolhidas e pensadas para “agradar-Lhe”.
A oração que se extasia com o belo que Deus coloca nas nossas vidas e que até se pode constituir, não em palavras ditas, mas interjeições e exclamações de espanto alegre.
A oração que faz movimentar o nosso todo, o nosso ser, que nos faz levantar as mãos para Deus, que faz erguer o nosso coração ao Céu, que abre na nossa boca o sorriso que brilha nos nossos olhos, quando nos sentimos tocados por Deus, quando vemos os sinais de Deus.
Mas para passar a esta outra “margem da oração”, por vezes, é preciso arrostar com tempestades, ventos contrários, temores e receios, que são muitas vezes a “secura de oração”, o não ter palavras para dizer, o nada sentir, o parecer que estamos sós.
Mas é então que Ele nos responde: «Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».
E, com certeza, acrescenta baixinho ao nosso coração: “Abandona-te ao Espírito Santo. Ele está contigo e colocará no teu coração, na tua boca, as palavras que Me hás-de querer dizer!”
Então acalmam-se as tempestades, cessam os ventos, faz-se a paz dentro de nós e tudo em nós é oração, às vezes mesmo sem dizer palavras.
Não esperemos mais e passemos à “outra margem”, levando connosco tudo o que aprendemos e vivemos de bom na margem em que estamos.
Marinha Grande, 21 de Junho de 2021
Joaquim Mexia Alves
Não esperemos mais e passemos à “outra margem”, levando connosco tudo o que aprendemos e vivemos de bom na margem em que estamos.
Marinha Grande, 21 de Junho de 2021
Joaquim Mexia Alves
1 comentário:
"Depois da Missa e da homilia, fiquei a pensar na “passagem para a outra margem”.
E o Joaquim, logo nos dá uma outra e excelente homilia. Tenho estado e então a absorver e linha a linha, o mais que possa. Pelo meio, surgem-me tantas luzes, que, postas em frases, bem que poderia usar então para no fim, comentar. Tem tanto o que dizer, de bom e profundidade, que meu silêncio lhe dirá tão mais do que eu escreveria. Leio, releio e quanto mais o faço, menos saberei por onde começar. Só mesmo lhe agradecer e uma vez mais por tanto o que me acrescenta. Louvado seja Deus! - Amén.
MC
P.S: Tinha deixado comentário aqui mas reparo que não seguiu. A ver se acerto agora desta vez, uopsss
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