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Tive no meu caminho de reencontro com a fé e vivência cristã, algumas “dificuldades” em encontrar caminhos de devoção à Virgem Maria, por razões que não vale a pena explicar e foram, graças a Deus, ultrapassadas.
Nunca duvidei nem um pouco da sua singular e única importância no caminho da fé, como guia, conselheira admirável e poderosa intercessora junto de seu Filho Jesus Cristo Nosso Senhor.
Sempre A considerei minha Mãe do Céu, (no Céu já está a minha mãe da terra intercedendo também por mim), e rezo, hoje em dia, o Rosário todos os dias, às vezes talvez “mecanicamente”, mas rezo-o.
Por vezes incomodava-me, incomoda-me, que se queira fazer de Maria, (o maior e melhor exemplo de humildade da humanidade), aquilo que, acredito, Ela não quer com certeza, ou seja, ser Alguém que possa provocar divisão, discussão, confusão e, portanto, nos afaste de Jesus Cristo, seu Filho.
É que, quanto a mim, na minha “teologia” simples de apenas discípulo de Cristo, membro da Igreja, não só na narração dos Evangelhos, mas também nas inúmeras Aparições que têm acontecido um pouco por todo o mundo, Maria mostra sempre que a sua única missão é apontar Jesus Cristo, é levar a Jesus Cristo, é reconhecer Jesus Cristo como o único Senhor e Mediador entre o Pai e os homens, é, sobretudo, levar-nos a «fazer tudo o que Ele nos disser» (cf Jo 2, 5).
Às vezes gostaria muito que fosse possível perguntar-Lhe se Ela quer todos esses “títulos” que tanto se discutem, e, acredito firmemente, que Ela responderia com toda a sua simplicidade e humildade: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» (Lc 1, 38), porque eu sou apenas Maria, A que disse sim a Deus.
Com certeza que os teólogos devem estudar e tentar procurar a luz em toda essa discussão sobre Maria. Mas será que o fazem de tal modo, (por exemplo com os joelhos no chão rezando), que aconteça o que Jesus Cristo orou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25-27)
Eu, por mim, não preciso de mais nada, digamos assim, do que olhar para Maria como minha Mãe e pedir-Lhe que me mostre o caminho para o seu Filho, e que, já agora, vá intercedendo por aqueles por quem peço, porque para mim peço apenas que me ensine e ajude a ser verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, para então pode ouvir também: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.» (Lc 8, 21)
Marinha Grande, 6 de Novembro de 2025
Joaquim Mexia Alves

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