sexta-feira, 13 de outubro de 2006

ORAÇÃO EM LÍNGUAS 5

"Reconheçamos que nos encontramos, em geral, tremendamente embaraçados quando se trata de exteriorizar os nossos sentimentos religiosos profundos, tanto a Deus como aos homens.
Inclusive os próprios sacerdotes e religiosos sabem muito bem quanto lhes custa “entregar-se” em profundidade espiritual a seus irmãos com quem vivem lado a lado, mas superficialmente. Estamos petrificados por formalismos e ritualismos; adquirimos pouco a pouco uma expressão comunitária litúrgica, depois de muitos séculos de passividade. Ainda não encontramos o calor conveniente para uma festa, para uma celebração fraternal; o degelo é conseguido pouco a pouco. Ainda em nossos dias, o Papa tem de nos pôr em guarda diante da rotina da oração e diante do abuso de fórmulas feitas. Descobrem-se neste momento alguns novos métodos em matéria de expressão corporal e de intercomunicação (...) Os jovens marcham com toda a naturalidade nessa direcção. O dom de ‘falar em línguas’, longe de ser considerado algo arcaico, poderia converter-se em elemento de renovação."


"Um Novo Pentecostes" - Cardeal Leo J. Suenens

(continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho vindo a ler-te e a encontrar outros livros enquanto esses não me chegam às mãos, num dos quais se cita inumeras vezes o Cardeal Suenens:

"É a acção do Espírito Santo, que ora por nós «com gemidos inenarráveis» e consegue que os homens se unam para exaltar o nome de Jesus. O Card. Suenens explica: «Abrir-nos juntos ao Espírito Santo na oração é uma prioridade ecuménica. Todo o acento pneuma-teológico no plano doutrinal é unionista por definição. Isto não significa que, de repente, toda a disputa teológica seja resolvida, mas temos nela um importante lugar de encontro. (...) O Espírito criador está presente no seio da criação. Porque Ele não é só a alma da Igreja, mas também do mundo, em acção em todo o esforço de revolução do mesmo. Como alguém disse, talvez estejamos ainda no princípio da criação» - (Um novo Pentecostes)

Abraços!