quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (10)

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Quantas vezes já experimentaste abandonares-te a Mim, sem ligares à tua vontade e aos teus interesses?
Algumas vezes, Snhor, algumas vezes.

E qual foi o resultado desse abandono a Mim?
Uma paz imensa e o encontrar caminho para as situações que vivia e que nem sempre era o caminho da minha vontade.

E depois?
Ah, Senhor, depois, logo a seguir, a certeza inabalável de que estás sempre comigo.

Então porque teimas tantas vezes em quereres estar sozinho, afastando a minha presença da tua vida?
Porque sou fraco, Senhor, porque sou pecador, porque tenho medo, nem eu sei bem de quê.

Então não temas, refugia-te mais na oração. Ela te levará ao abandono de ti, e nesse abandono encontrar-me-ás, porque Eu estou sempre contigo.
Obrigado, Senhor, nas Tuas mãos me entrego!


Monte Real, 28 de Outubro de 2015
Joaquim Mexia Alves
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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

AMAR O AMOR!

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Amar o Amor
é amar maior
é amar o Senhor!

Amar o Senhor
é amar a alegria
que ultrapassa a dor,
que se pode amar,
quando se ama o Amor.

Amar a dor,
amando o Senhor,
é amar o eu,
e o outro,
que se faz amor,
por causa do meu Senhor.

E quem se faz amor,
por causa de Nosso Senhor,
é amor que tudo ama,
na alegria e na dor.

Amar o Senhor,
encarnado Redentor,
eterno Salvador,
Jesus Cristo, Nosso Senhor,
é amar maior,
é amar o Amor.


Joaquim Mexia Alves
Marinha Grande, 16 de Outubro de 2015 
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terça-feira, 13 de outubro de 2015

DIÁLOGOS COM O DIABO (11)

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Diz ele: Vês, precisavas agora de ajuda para escreveres os tópicos para o que deves falar naquele tema na Igreja, e Ele nada te diz? Vês, como Ele não está sempre contigo?

Digo eu: Estás enganado e queres-me enganar. Claro que Ele está sempre comigo, eu é que nem sempre estou com Ele, ou melhor, nem sempre estou aberto para O ouvir.

Diz ele: Podes dizer o que quiseres, mas a verdade é que ainda não escreveste nada e nem uma ideia te veio à cabeça!

Digo eu: Pois, o problema deve estar aí! Estou a pensar demasiado com a cabeça e muito pouco com o coração.

Diz ele: O que queres tu dizer com isso?

Digo eu: Quero dizer que estou a querer fazer apenas por mim, aquilo que Ele quer que eu faça com Ele, segundo a sua vontade.

Diz ele: E como sabes tu isso?

Digo eu: Já sabia antes, mas agora tenho a certeza!

Diz ele: Essa é boa, porquê?

Digo eu: Porque tu me vieste “atazanar” a paciência, o que significa que te deixei entrar um pouco na minha cabeça e assim me distraíres do que é realmente importante.

Diz ele: Vou-me embora, és um ignorante!

Digo eu: Vai, vai, que vou invocar o Espírito Santo e onde Ele está, tu não podes estar. E como vês, Ele está sempre comigo e com todos que a Ele se abrem, de tal modo que até me deu para escrever este texto.


Joaquim Mexia Alves
Monte Real, 13 de Outubro de 2015
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domingo, 4 de outubro de 2015

AH, E SOBRETUDO AMO OS OUTROS!

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Como tantas vezes me acontece, lá acordei às 6 horas da manhã, (nunca consigo perceber se sou eu que acordo ou é Ele que me acorda), e lá veio mais uma história ao meu coração.
Aqui a deixo.




Chegou à esplanada do café, sentou-se e abrindo o jornal começou a ler as notícias.

Percebeu que o empregado se aproximava, mas não deixou de ler o jornal. Ouviu então uma voz alegre e jovem perguntar:
O que deseja?
Respondeu secamente:
Um café!
A voz, ainda sem rosto, retorquiu-lhe:
Com sorriso ou sem sorriso?

Admirado levantou os olhos do jornal, e olhando viu a cara de um jovem, indelevelmente marcada pelo Síndrome de Down, que lhe sorria esperando a resposta.
Não pode deixar de sorrir e disse:
Com um sorriso, claro!

Viu o rapaz partir “saltitando” ligeiro entre as mesas, dirigindo-se ao balcão para ir buscar o seu café.

Quando ele regressou à sua mesa com o café, disse-lhe:
Vê-se que gostas do que fazes!
O rapaz respondeu, sem deixar de sorrir:
Pois, deram-me este emprego, assim sirvo às mesas, sinto-me útil e posso falar com as pessoas, sorrir-lhes, e elas gostam.
Arriscou e perguntou-lhe:
E fazes mais alguma coisa, para além disto?
A cara iluminou-se, espelhando uma muito sincera e incontida gargalhada e ouvi-o dizer:
Ah, e sobretudo amo os outros.
E lá foi ele deslizando por entre as mesas distribuindo e arrancando sorrisos de cada cliente do café.

Colocou o jornal na cadeira ao lado e decidiu saborear aquele café com um verdadeiro sorriso.
Um pensamento lhe veio ao coração e à cabeça:
Oh meu Deus, afinal é tão simples e nós complicamos tanto! "Fazei-vos pequeninos e de vós será o Reino dos Céus, a começar já", pensou ele, numa frase que com certeza Jesus diria também com o Seu rosto a sorrir.

Levantou-se, pagou deixando uma generosa gorjeta, procurou o olhar do jovem empregado e acenou-lhe um adeus a sorrir, imediatamente retorquido com um sorriso ainda maior.
Ao caminhar pela rua apenas uma frase tomava conta de si:
Ah, e sobretudo amo os outros; ah, e sobretudo amo os outros; ah, e sobretudo amo os outros….


Marinha Grande, 4 de Outubro de 2015
Joaquim Mexia Alves


Dedico esta história à minha sobrinha Rita, ao Zé Alberto, seu marido, e aos seus filhos, o Lourenço, meu afilhado, e o João.
Dedico-a também à nossa família, a todas as famílias.
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