terça-feira, 30 de janeiro de 2018

TALITHA KUM

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Levanta-te!

Não te deixes ficar adormecido,
numa fé rotineira
vazia e sem sentido!

Levanta-te!

Não julgues que a salvação,
já é tua,
só porque bates no peito com a mão!

Levanta-te!

Acorda os outros também.
Se precisas de não fazer o mal,
mais precisas de fazer o bem!

Levanta-te!

Dá-te a ti mesmo de comer,
a Palavra de Deus,
que fortalece o teu viver.

Levanta-te!

Toma a tua cruz.
Coragem!
Lembra-te que o teu Cireneu
É Jesus!


Monte Real, 31 de Janeiro de 2018
Joaquim Mexia Alves
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

PERDOAR É TAMBÉM DESEJAR O BEM PARA OS QUE NOS OFENDEM!

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Em mais uma madrugada acordado, veio ao meu coração, ao meu pensamento, esta frase: Perdoar é também desejar o bem para os que nos ofendem!

Fiquei então ali a pensar nesta frase e rezando, pedindo ao Espírito Santo que me desse o discernimento para tal frase, apesar de a mesma sem bem clara e concisa.

Não basta apenas perdoar como um acto da nossa vontade, (iluminada por Deus, claro), mas para que esse perdão seja efectivo, ou melhor, para que ele se torne em paz verdadeira para nós e para os outros, temos que ir mais longe, temos que desejar o bem àqueles que nos ofendem.

Só esse desejo, que acompanha o perdão, leva à mudança de atitude interior e exterior para com aquele que nos ofende.
Mas para que tal mudança aconteça em nós, (e já sabemos como é difícil perdoar, quanto mais desejar o bem ao ofensor), é preciso a conversão, a mudança interior, e para isso acontecer, apenas com o auxílio de Deus, envoltos no Seu amor, podemos conseguir.
Assim precisamos rezar por quem nos ofende, porque será essa oração, pelo amor de Deus, que irá transformando o nosso coração, os nossos pensamentos, e nos levará, para além do perdão, a desejar o bem para quem nos ofende.
E então, quando tal acontece, a paz é imensa, a alegria interior é uma verdade, e nós sentimo-nos incrivelmente bem.

O perdão une, a falta de perdão divide!

Com efeito, o perdão é coisa divina, é amor, e assim sendo une, constrói, dá vida, dá paz, dá alegria.
A falta de perdão é rancor, ressentimento, (que por vezes até leva ao ódio), e portanto destrói, mata, causa tristeza, divide.
E nós sabemos bem de onde vem aquilo que divide, quem é aquele que divide!

Pensamos muitas vezes que tal ofensa, tal ofensor, não seremos capazes de perdoar.
Mas o perdão é um acto da nossa vontade, e como tal tem que partir de nós essa vontade.
Se desejamos perdoar, se temos essa vontade, Deus conhece esse desejo, essa vontade em nós, e se nos colocarmos perante o Seu amor, se Lhe pedirmos ajuda na oração contínua, não só por nós, mas rezando também pelo ofensor, lentamente Ele irá colocando no nosso coração, na nossa vida, a paz e a força necessária, para não só perdoarmos, mas também para acabarmos por desejar o bem para o nosso ofensor.

E então ficamos unidos interiormente, já não há divisão em nós, e a paz instala-se, afastando a tristeza, a amargura, que tantas vezes leva ao mal-estar psíquico e físico.

Deus é a união perfeita na Santíssima Trindade, por isso tudo o que vem de Deus é união, é amor.
Por isso só unidos interiormente, só unidos aos outros pelo amor que Deus coloca em nós, estaremos em comunhão com Deus.

Por isso, também, o perdão é “coisa” divina, a que o homem tem acesso, pela graça de Deus!


Marinha Grande, 23 de Janeiro de 2018
Joaquim Mexia Alves
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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

AS “NOTÍCIAS” SOBRE A IGREJA

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As “notícias” nos jornais, televisões, revistas, etc., sucedem-se a um ritmo impressionante, criando casos, ou “denunciando”, segundo eles, ataques ao Papa Francisco, obviamente pelos sectores ditos conservadores da Igreja, Cardeais, Bispos, Sacerdotes, Leigos, etc., etc.

Este tipo de jornalismo tem apenas um fim: desacreditar a Igreja e a religião católica.

Aproveitando o facto do Papa Francisco ser muito mais mediático do que os seus antecessores, dá-se notícia de todos os problemas, (a que chamam oposição), para sustentar esta teoria do ataque ao Papa Francisco.
Quem se quiser lembrar, (e é fácil procurar), poderá constatar que Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, (para referir apenas estes), sofreram os mesmos problemas, ou idênticos, mas que, por não serem tão mediáticos, não foram notícia maciça na comunicação social.
Desenganemo-nos, pois este tipo de jornalismo não está preocupado com o Papa Francisco nem com a Igreja, está preocupado sim em fazer passar o seu desiderato de afirmação do politicamente correcto, das ditas causas facturantes, que destroem a família e a sociedade, e para isso, claro, é preciso desacreditar a Igreja Católica e o Cristianismo.

Mas todos nós, ou pelo menos uma grande parte de nós, que falamos, escrevemos, opinamos, etc., publicamente nas redes sociais e não só, somos também culpados, porque publicamos tais “notícias”, criamos debates sobre as mesmas, e assim, provocamos muito mais divisão do que união.

A Igreja, graças a Deus, vive da unidade, reconhecendo a sua diversidade.
A Igreja, como Cristo, não exclui, mas apenas inclui, ou deve incluir.
Desde que em unidade com aquilo que a Igreja diz na sua Doutrina, na sua Tradição, nos seus Documentos Dogmáticos, e portanto em união com o Papa e o Magistério, as Missas podem ser em latim, (com mais ou menos pompa), a Comunhão pode fazer-se na mão, (desde que seguindo os preceitos para tal estabelecidos), e tantas outras coisas que são alvo de discussão entre os chamados conservadores e os chamados progressistas, tudo é possível e tudo é agradável a Deus, porque é vivido em unidade de Igreja.

Aliás a imagem da Igreja como Corpo de Cristo, é particularmente interessante quando pensamos nisto.
O corpo é um todo, com mãos, pernas, etc., e não é perfeito se lhe faltar alguma parte.
No entanto eu posso preferir usar a mão esquerda ou a direita, posso preferir cruzar a perna direita ou a esquerda, mas nada disso impede que o corpo não seja corpo e não esteja unido e coeso.
Não faz sentido, (e ninguém o faria porque causava dor a si próprio), cortar uma mão, um braço ou uma perna, por exemplo, porque por qualquer razão essa parte do seu corpo não lhe é querida.

Assim, todos têm lugar na Igreja, desde que respeitem tudo aquilo que a Igreja é, ou melhor, que Jesus Cristo quer que seja, e isso está bem determinado ao longo dos séculos que a mesma Igreja já tem de longevidade, pela graça de Deus, até aos dias de hoje e para sempre, guiada pelo Espírito Santo.

Não demos a quem está de fora e deseja destruir a Igreja, razões para acreditar que o pode fazer, mas unamo-nos no amor a Deus e aos irmãos, (todos sem excepção), e rezemos unidos, embora vivendo a fé na diversidade de cada um ou de cada grupo, mas unidos em Igreja.

Os problemas de uma família discutem-se em família.
Ninguém traz para a praça pública a discussão dos seus problemas de família.

Assim devemos também fazer em Igreja, para não darmos azo a que outros, a quem move apenas o mundo, o politicamente correcto, possam vir deitar “achas na fogueira” da discórdia, da divisão, porque apenas um fogo deve consumir a Igreja e os seus membros, e esse fogo é o Espírito Santo.

Rezemos pelo Papa Francisco, pela Igreja e por todos nós que vivemos a fé em Igreja, e não demos “audiência” a quem não procura a verdade, mas pelo contrário, apenas pretende impor o seu modo de vida, conduzido pelo príncipe do mundo.


Marinha Grande, 3 de Janeiro de 2018 
Joaquim Mexia Alves 
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