quarta-feira, 25 de julho de 2018

«QUE QUERES?»*

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Sabes o que eu quero,
Senhor?

Deixa-me preparar a minha lista,
de pedidos vários,
de desejos que tenho em vista,
de coisas que preciso para mim,
talvez para os outros,
também,
de riquezas e alegrias,
de coisas boas,
enfim!

Mas a lista é tão comprida,
Senhor,
que desisto,
e não a faço,
talvez não a queira,
afinal,
na minha própria vida.

Sabes, então, o que eu quero,
Senhor,
o que eu quero,
por fim?

Quero apenas o que Tu queres,
todos os dias,
para mim!



* Mt 20, 21

Monte Real, 25 de Julho de 2018
Joaquim Mexia Alves
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sábado, 21 de julho de 2018

O TEMPO QUE TU ME DÁS


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Já não me sobra tempo,
do tempo que Tu me dás,
porque o tempo que em mim fazes,
se esgota no tempo,
para me entregar a Ti,
na Tua amorosa paz.

Eu sei e acredito,
que Tu me dás todo o tempo,
mas que faço eu do tempo,
que em todo tempo
me dás?

O Teu tempo é todo amor,
no amor infinito que dás,
procuro eu nesse tempo,
viver nos outros,
para os outros,
o Teu amor,
a Tua paz?

Quero deixar-me tomar,
pelo tempo que me dás,
para que tomado por Ti,
no tempo,
seja eu também,
tempo de amor,
e de paz.

Apenas para Te servir,
no tempo,
e em todo o tempo,
para dar aos outros o amor,
manifestar-lhes a paz,
que agora e sempre,
Tu,
Senhor,
em todo o tempo me dás.


Marinha Grande, 21 de Julho de 2018
Joaquim Mexia Alves
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terça-feira, 10 de julho de 2018

ERAM COMO OVELHAS SEM PASTOR…

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Sou Tua ovelha,
Senhor!

Por vezes,
afasto-me do meu Pastor,
procurando as pastagens do mundo.

Mas logo me arrependo,
e volto para o Amor,
que és Tu
e só Tu,
meu Deus
e Senhor!


Monte Real, 10 de Julho de 2018
Joaquim Mexia Alves
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segunda-feira, 2 de julho de 2018

SEGUE-ME!

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Segue-me!
E eu segui-Te,
Senhor!

Mas o caminho tem tantas curvas,
tem tantos escolhos,
tem, por vezes,
tanta dor!

Há momentos do caminho,
em que não Te quero seguir,
quase penso que estás enganado,
no caminho que me dás,
mas é nesses precisos momentos,
que Te vejo,
a sorrir!

É então que me pegas ao colo,
que me abraças ainda mais,
que me agarras a mão,
puxando-me com ternura,
dizendo-me ao coração:
Anda, força, coragem,
este caminho só tem fim,
quando estiveres em felicidade,
tão perto, tão perto,
que apenas vivas em Mim!

Segue-me!
E eu segui-Te,
Senhor!

Os escolhos,
ponho-os de lado.
Já não me interessa a dor,
nem as curvas do caminho.
Agarro-me ao Teu braço,
o braço que me foi dado,
e repouso de mansinho,
assim,
totalmente abandonado,
ao Teu sorridente de amor.

Segue-me!
E eu segui-Te,
Senhor!


Monte Real, 2 de Julho de 2018
Joaquim Mexia Alves 
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