terça-feira, 10 de abril de 2018

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (17)

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Nascer de novo, Senhor?

Sim, meu filho, nascer de novo!

Mas, Senhor, quando Te encontrei, ou melhor, quando Tu me fizeste encontrar-Te ao fim de tanto tempo, não foi esse um “nascer de novo”?

Sim, foi meu filho, e houve alegria no Céu pelo teu novo nascimento, mas sabes que em Mim, o nascer, o crescer, o morrer, faz tudo parte do “Novo” que Eu sempre sou.

Como pode ser isso, Senhor?

Repara quando nasces em e para Mim, nasces de novo para a vida que Eu Te dou.
Mas quando cresces nessa vida, nasces sempre um pouco em e para Mim, num processo contínuo, que é feito de contínuo nascimento e crescimento, de contínuo crescimento e nascimento.

Então, Senhor, e a morte?

Na morte, meu filho, voltas a nascer em e para Mim, se a tua vida foi um contínuo nascimento e crescimento em e para Mim.
Só que a morte em Mim, torna-se no derradeiro nascimento, no último crescimento, porque a partir daí já não necessitas de voltar a nascer, de continuar a crescer, nem voltarás a morrer, porque estarás em Mim, e Eu sou a eternidade.

Obrigado, Senhor, quero nascer e crescer sempre de novo, para morrer em Ti, nascendo para a vida.

Lembra-te sempre, meu filho: «Eu renovo todas as coisas». Ap 21, 5


Marinha Grande, 10 de Abril de 2018
Joaquim Mexia Alves
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segunda-feira, 2 de abril de 2018

PÁSCOA – VIGÍLIA PASCAL


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Na Vigília Pascal, na minha querida paróquia da Marinha Grande, foram baptizados quatro adultos, numa celebração extraordinária de intimidade com Deus, emotiva até, que me fez dar graças a Deus por me ter feito reencontrá-lO.

As palavras do Vigário Paroquial, Padre Patrício Oliveira, (que bela homilia, tão simples, tão próxima, tão cheia de Deus), vieram directas ao meu coração e fizeram-me lembrar tudo o que fui, tudo o que sou e tudo o que posso vir a ser, pela graça de Deus.

Esta Páscoa do Senhor Ressuscitado, sentia-a também como a minha Páscoa, a Páscoa da minha vida, quando renasci e encontrei a Vida Nova, aquela que nunca acaba.

Com efeito, andei tanto tempo afastado de Deus, por caminhos de vícios vários, que bem posso dizer que estava morto para a vida verdadeira, e que foi o reencontro com o Senhor Crucificado, Morto e Ressuscitado, que há anos atrás, foi e continua a ser a Páscoa que sempre quero viver na minha vida.

E durante esta Vigília Pascal tudo me passou pela memória, mas já não senti vergonha nem culpa, (como as poderia sentir se acredito na misericórdia de Deus e no seu infinito perdão), mas senti uma paz imensa que me levou ainda mais a acreditar que “se com Cristo morremos, com Ele ressuscitamos”.

Como gostaria de ter palavras que exprimissem o que senti, o que vivi naquela Santa Noite e que ainda vivo no meu coração!
E, depois, dar aos meus irmãos na fé, na Comunhão, o Corpo do Senhor na Hóstia Consagrada, emocionou-me, fez-me sentir que a bondade de Deus atinge todos, até mesmo aqueles que durante tanto tempo O rejeitaram, mas que para Ele e por Ele continuaram a ser amados pelo Amor verdadeiro.

Senti-me um pouco como aqueles que foram baptizados, crismados e que pela primeira vez receberam o Corpo do Senhor, ou seja, como se Ele me dissesse, (como tantas vezes me faz sentir no coração), «Eu renovo todas as coisas».

De coração cheio, de alma repleta de alegria, só posso dizer a Deus as palavras que pouco exprimem, mas que saem de dentro de mim:

Obrigado meu Deus pela paróquia que me deste, pelos sacerdotes que colocaste ao seu/teu serviço, por todas as minhas irmãs e irmãos na fé que chamaste a fazerem parte desta comunidade paroquial.
Obrigado, meu Deus, porque me achaste digno de receber a graça de Te reencontrar.
Glória e louvor a Ti, Senhor, hoje, sempre, pelos séculos sem fim.


Marinha Grande, 2 de Abril de 2018
Joaquim Mexia Alves
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