quinta-feira, 11 de outubro de 2018

A PARÓQUIA

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Nesta terça feira, durante a noite de louvor e em Adoração ao Santíssimo Sacramento na capela do Pilado, o Padre Patrício conduziu-nos numa oração/reflexão sobre a comunidade paroquial, exortando-nos a termos confiança em Deus para podermos sair da nossa “zona de conforto” e partirmos a ser verdadeiros missionários, discípulos de Cristo.

Veio então ao meu coração, ao meu pensamento, a imagem da nossa paróquia como estando toda dentro de um grande barco, parado nas águas do mar, tudo muito quieto e silencioso.

Cada vez que alguém se levantava para fazer algo de novo, outros mandavam-no sentar, dizendo que estava a desequilibrar o barco e que assim todos podiam cair na água.

Mas, perto do barco e sobre as águas, estava Jesus que nos convidava, incentivava mesmo, a pormo-nos de pé, a sair do barco, a caminhar sobre as águas ao encontro dEle, como fez com Pedro naquele dia em que o chamou para caminhar sobre as águas, para ir ao Seu encontro.

O Espírito Santo queria que saíssemos do barco, daquela estabilidade morna que nada fazia, e colocava em nós a certeza de que, se nos começássemos a afundar como Pedro, bastava estender a mão e pedir ajuda, que logo Jesus nos salvaria e nos conduziria a porto seguro.

Mais ainda, o Espírito Santo exortava-nos a abrir as velas do barco, a deixá-lo navegar nas águas do mar, dando-nos a certeza de que, se todos vivessemos em comunhão de fé e amor, seria o sopro do Espírito Santo a impelir o barco/paróquia segundo a vontade de Deus.

Afinal, devemos pensar, a renovação, o abrir-se à renovação, («Eu renovo todas as coisas» Ap 21, 5), parte de nós, de querermos levantar-nos, de querermos agitar o barco, de sairmos para as águas fora do nosso conforto estável que nada muda.

A renovação parte sobretudo de nós querermos abrir-nos decididamente ao Espírito Santo para que Ele nos conduza, individualmente e em comunidade paroquial, até onde Ele nos quiser levar!


Marinha Grande, 11 de Outubro de 2018
Joaquim Mexia Alves
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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

ENTREGA

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Entrego-me a Ti como,
Senhor?

Que deixo eu de fora?

O que sou,
ou julgo ser?

A minha cultura,
ou o meu pretenso saber?

O meu amor,
vindo do Teu amor?

O que Te entrego eu,
Senhor?

A minha oração,
envolvida em perdão?

Ou o meu coração,
afastado do perdoar?

Como posso eu saber,
Senhor,
 o que Te devo entregar?

Nada me entregues,
dizes Tu,
Jesus,
que não seja o teu querer,
viver o meu amor,
pegando na tua cruz,
seguindo-me no caminho,
que ofereço ao teu viver.



Cantanhede, 30 de Setembro de 2018
Joaquim Mexia Alves

Nota:

Escrito no terceiro tempo de meditação do Retiro que orientei com a Equipa Alpha de Cantanhede
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terça-feira, 2 de outubro de 2018

OBEDIÊNCIA

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Obedecer em Cristo,
é viver no amor.

Viver no amor,
é ser livre.

Ser livre,
é obedecer no amor,
em Cristo.


Cantanhede, 30 de Setembro de 2018
Joaquim Mexia Alves

Nota:

Escrito no segundo tempo de meditação do Retiro que orientei com a Equipa Alpha de Cantanhede
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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

HUMILDADE

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Vê,
Senhor,
quanto orgulho,
quanta vaidade,
habita o meu coração.

Vê,
Senhor,
como me falta o amor,
que enforma a humildade,
que dá razão à razão.

Vê,
Senhor,
como sou pobre,
sem saber,
sem talento,
uma cana fendida
ao sabor do vento.

Vê,
Senhor,
como nada sou,
nada consigo,
se não estiveres comigo.

Vê,
Senhor,
como preciso de Ti,
em cada momento,
em cada dia,
para viver o amor,
mergulhado na Tua alegria.



Cantanhede, 30 de Setembro de 2018
Joaquim Mexia Alves

Nota:

Escrito no primeiro tempo de meditação do Retiro que orientei com a Equipa Alpha de Cantanhede
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