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Almoçando com os mais necessitados no Natal de 2010 |
Almoçando com os mais necessitados no Natal de 2010 |
Quando eleito Papa, o Cardeal
Joseph Ratzinger foi rapidamente considerado
com inúmeros “defeitos” e apelidado das mais variadas coisas, tais como,
conservador, inquisidor, rectrógrada, e até, pasme-se, se dizia que com ele a
Igreja iria retroceder e afastar-se do mundo dito moderno.
Viam nele uma intransigência, uma
sede de poder, um autoritarismo insuportável.
Realmente é tão fácil julgar os
outros, sobretudo quando não os conhecemos e queremos atacar uma instituição,
atacando os homens que A servem.
Bento XVI foi-se encarregando,
com uma tenacidade e paciência inesgotáveis, de, sem alardes de nenhuma
espécie, “dar a volta” a tais apreciações sobre a sua figura e personagem.
Onde se queria ver um homem
arrogante e convencido, apareceu um homem frágil, com um sorriso desconcertante
e tímido.
Onde se queria ver um homem isolado,
fechado nas suas convicções não dando espaço a ouvir os outros, apareceu um
homem afável, que queria ouvir os outros, as outras igrejas, até aquelas que
voluntariamente se tinham afastado.
Onde se queria ver um homem
“velho”, afastado dos jovens, apareceu um sorriso quase infantil, uma palavra
de alento, uma empatia difícil de explicar com os jovens.
E tantas outras atitudes, gestos
e palavras que foram deitando por terra os precipitados juízos, as pretensas
opiniões, os vaticínios mais negros a que alguns se dedicaram.
Mas faltava a desarticulação do
infeliz e indigno “cognome” com que alguns o tinham mimoseado: “o panzer
alemão”, como indicação de um orgulho amarrado ao poder que passa por cima de
tudo e de todos.
É que um dia, calmamente, com uma
serenidade desconcertante, surpreendendo tudo e todos, anuncia a sua
resignação, reconhecendo a sua fragilidade, pedindo que o libertem daquela
missão que ele teme não conseguir levar a cabo.
Caem então por terra todas as
insinuações, todos os preconceitos, todas as acusações de uso do “poder pelo
poder”.
Então a humildade transparece,
aliada sem dúvida, à contínua oração, (de um homem espiritualmente inabalável),
que leva os homens a ouvir a Palavra de Deus e a inclinar-se perante a Sua
vontade.
Claro que ainda tentam denegrir a
atitude, o gesto, tentando fazer torpes comparações com João Paulo II, porque
são incapazes de perceber que as soluções que Deus propõe aos seus filhos, são
as que Ele sabe serem as melhores para a Sua Igreja em cada momento.
Bento XVI, foi/é, um grande Papa,
(que eu tive a graça de conhecer de perto em Fátima, num encontro na agora
Basílica da Santíssima Trindade), que nos deu a “reconhecer” o valor
inestimável da Eucaristia, dos Sacramentos, da Doutrina, da Tradição da Igreja,
da Liturgia.
E nunca esteve afastado do povo
de Deus, antes pelo contrário, viveu e vive com ele no coração, e as suas
orações hoje, atrevo-me a afirmá-lo, serão sem dúvida, pelo Papa Francisco,
pela Igreja e por cada um de nós.
Obrigado, Senhor, por Bento XVI!
Abençoa-o e conserva-o sempre no
Teu amor!
Monte Real, 25 de Março de 2013
Joaquim Mexia Alves
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8 comentários:
Boa tarde Joaquim, depois de João Paulo II não me foi fácil e aqui me confesso "aceitar" um Papa aparentemente um pouco mais metido consigo mesmo, não tão mediático. Fiquei rendida quando assisti à missa no Terreiro do Paço em Lisboa aquando da sua vista a Portugal. E mais ainda quando agora pela sua resignação na humildade com que só os escolhidos de Cristo o sabem fazer para em oração continuar a orar pelo povo de Deus que tanto precisa. Que Deus continue a iluminá-lo e conservá-lo, como diz, no Seu Amor. Muito grata por mais um texto abençoado. Abraço fraterno. Ailime
É verdade, Ailime.
De um modo geral quando Bento XVI foi eleito, todos estavamos "intoxicados" pela imprensa em relação à sua figura.
Mas Deus sabe mais e por isso sabia bem quem escolhia para suceder a Pedro naquele particular momento da Igreja.
Um abraço amigo em Cristo
Viva Bento XVI!
Ana
Viva!
Obrigado Ana!
Um abraço amigo em Cristo
Bento VXI, cativou-me pelo dizer profundo de um modo simples.Isso é um dom e ele tem esse dom.
Olhando para o que eu na minha ignorância sei do seu pontificado, posso dizer que foi coerente em tudo, até ao fim.
Que o Senhor o cumule de bençãos, é o que lhe desejo com gratidão eterna.
É verdade Concha.
E acredito que no silêncio a que se remeteu ainda nos irá dar muitos escritos que depois viremos a conhecer e nos ajudarão a crescer na Fé.
Um abraço amigo em Cristo
Só Deus sabe o que faz...
É verdade Paulo!
Um abraço amigo em Cristo
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