Quantas vezes,
Senhor,
passo por ti na rua,
onde vives a tua dor,
e não te quero reconhecer?
Quantas vezes,
Senhor,
não olho o teu olhar,
quando pedes sofridamente,
um pouco de amor,
da gente?
Quantas vezes,
Senhor,
não sinto a tua sede,
não reconheço a tua fome,
o teu profundo desejo,
de apenas um pouco de amor?
Perdoa-me,
Senhor,
se não Te vejo no meu irmão,
se não o amo com o Teu amor,
se o não ajudo na aflição,
se não lhe abro o meu peito,
e o guardo no meu coração.
Monte Real, 11 de Março de 2019
Joaquim Mexia Alves
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