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Será muito importante para os cristãos, para os católicos, para a Igreja, a retirada dos crucifixos das escolas?
Correndo o risco de estar em desacordo com a maioria dos que lêem este espaço, acho que não, acho que até nem me incomoda muito esse facto, a concretizar-se.
É importante, isso sim, que esse crucifixo, ou melhor, que tudo aquilo que o crucifixo representa esteja bem vivo no coração, na vida de cada um, e não só no seu olhar.
Outra coisa bem diferente é a atitude subjacente à exigência dessa decisão do Estado, por imposição de uns quantos.
É que não nos enganemos, essa atitude é a continuação de todo o ataque que tem vindo a ser feito contra a religião cristã e particularmente a Igreja Católica, e aos seus valores, ao longo destes últimos anos.
Se olharmos para trás vamos vendo toda uma série de tomadas de posição com o intuito de afastar as pessoas da religião, (sobretudo cristã e católica), ao princípio tomadas “encapotadamente”, mas, perante a passividade dos cristãos, dos católicos, da própria Igreja, (por vezes preocupada com o politicamente correcto de “César”), exigidas agora com uma força e uma violência que vem do facto de se sentirem a desbravar terreno sem oposição.
E são muitos os que o fazem, ou exigem estas decisões?
Estou em crer que são bem poucos, (perante a "enorme" maioria daqueles que se afirmam cristãos e católicos), mas com uma força e uma perseverança que, ó ironia, Jesus Cristo pede aos seus discípulos.
Mas reparemos que estas tomadas de posição não são isoladas, não são momentâneas, mas sim fazem parte de toda uma acção, mais ou menos concertada e consciente, de afastar “de vez” os homens de Deus, porque sabem bem que nunca conseguirão afastar de vez ... Deus dos homens.
Ou julgamos nós que episódios como os de Saramago, ou de um qualquer político que se diz cristão e católico, mas a favor do aborto, etc., não fazem parte dessa mesma orquestração?
Vão-nos querendo impor restrições ao pensamento e à acção, com teorias de liberdade ditas democráticas, para que temerosos de sermos considerados fundamentalistas, ou qualquer outro palavrão parecido, nos fiquemos por uma “revolta” de silêncio, apenas com os mais chegados, e demos de barato tudo aquilo em que dizemos acreditar.
A Igreja, (que eu amo com todas as minhas forças e que eu sou também), tem a obrigação, o dever, de ser forte guia, clara no pensamento e na Doutrina, sem ambiguidades, que longe de ajudarem, apenas baralham os fiéis, (os verdadeiramente fiéis), na sua acção e no seu testemunho.
Nem por um momento podemos pensar que ao cedermos em determinadas coisas nos podemos manter em “exercício”, porque se cedermos no que parece “acessório”, muito rapidamente seremos obrigados a ceder no essencial.
Porque ao não mostrarmos a nossa forte indignação pela decisão de retirar os crucifixos das escolas, (que até pode ser uma decisão que em nada afecta a vivência da fé), estamos a caminhar muito rapidamente para as decisões que proibirão as procissões nas ruas publicas, e até, porque não, a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos das frontarias das igrejas de culto, a proibição do uso de símbolos religiosos por parte dos cristãos, quem sabe até a proibição de um Bispo poder sair à rua nas suas vestes episcopais!
Ah pois, estou a exagerar!
Pois é precisamente com essa atitude que eles contam, a atitude do “não exageremos”, a atitude do politicamente correcto, a atitude de querermos viver a fé como se de coisa mundana e só mundana se tratasse.
Não, não sou adepto de guerras religiosas, nem de confrontos físicos, (já estive numa guerra, chegou-me bem), mas sou adepto, isso sim, de um testemunho forte e coeso dos cristãos, dos católicos reunidos em Igreja e por Ela acarinhados e defendidos.
Ou talvez não, (perdoem-me a “ironia”), talvez seja melhor deixar tudo andar até à proibição total, para que depois a Igreja sofredora e perseguida se erga na força do Espírito Santo, na força dos que derramam o seu sangue pacificamente pelo Deus de amor em que acreditam.
E hoje há muitas maneiras de derramar o “sangue”, mesmo sem ser o propriamente dito!
Volto ao princípio para dizer que não me incomoda particularmente a retirada dos crucifixos das escolas, mas sim que me incomoda e muito o que está por detrás dessa exigência, que me incomoda e muito a passividade dos cristãos e católicos, (nos quais me incluo), que me incomoda e muito a falta de uma tomada de posição firme e clara, da hierarquia da Igreja, que nos ajude e conduza no testemunho de vivência da Fé em Jesus Cristo, que dá sentido à vida humana, à vida que foi criada pelo Pai, no Espírito Santo, à Sua imagem e semelhança.
Dia de São Nuno de Santa Maria
Correndo o risco de estar em desacordo com a maioria dos que lêem este espaço, acho que não, acho que até nem me incomoda muito esse facto, a concretizar-se.
É importante, isso sim, que esse crucifixo, ou melhor, que tudo aquilo que o crucifixo representa esteja bem vivo no coração, na vida de cada um, e não só no seu olhar.
Outra coisa bem diferente é a atitude subjacente à exigência dessa decisão do Estado, por imposição de uns quantos.
É que não nos enganemos, essa atitude é a continuação de todo o ataque que tem vindo a ser feito contra a religião cristã e particularmente a Igreja Católica, e aos seus valores, ao longo destes últimos anos.
Se olharmos para trás vamos vendo toda uma série de tomadas de posição com o intuito de afastar as pessoas da religião, (sobretudo cristã e católica), ao princípio tomadas “encapotadamente”, mas, perante a passividade dos cristãos, dos católicos, da própria Igreja, (por vezes preocupada com o politicamente correcto de “César”), exigidas agora com uma força e uma violência que vem do facto de se sentirem a desbravar terreno sem oposição.
E são muitos os que o fazem, ou exigem estas decisões?
Estou em crer que são bem poucos, (perante a "enorme" maioria daqueles que se afirmam cristãos e católicos), mas com uma força e uma perseverança que, ó ironia, Jesus Cristo pede aos seus discípulos.
Mas reparemos que estas tomadas de posição não são isoladas, não são momentâneas, mas sim fazem parte de toda uma acção, mais ou menos concertada e consciente, de afastar “de vez” os homens de Deus, porque sabem bem que nunca conseguirão afastar de vez ... Deus dos homens.
Ou julgamos nós que episódios como os de Saramago, ou de um qualquer político que se diz cristão e católico, mas a favor do aborto, etc., não fazem parte dessa mesma orquestração?
Vão-nos querendo impor restrições ao pensamento e à acção, com teorias de liberdade ditas democráticas, para que temerosos de sermos considerados fundamentalistas, ou qualquer outro palavrão parecido, nos fiquemos por uma “revolta” de silêncio, apenas com os mais chegados, e demos de barato tudo aquilo em que dizemos acreditar.
A Igreja, (que eu amo com todas as minhas forças e que eu sou também), tem a obrigação, o dever, de ser forte guia, clara no pensamento e na Doutrina, sem ambiguidades, que longe de ajudarem, apenas baralham os fiéis, (os verdadeiramente fiéis), na sua acção e no seu testemunho.
Nem por um momento podemos pensar que ao cedermos em determinadas coisas nos podemos manter em “exercício”, porque se cedermos no que parece “acessório”, muito rapidamente seremos obrigados a ceder no essencial.
Porque ao não mostrarmos a nossa forte indignação pela decisão de retirar os crucifixos das escolas, (que até pode ser uma decisão que em nada afecta a vivência da fé), estamos a caminhar muito rapidamente para as decisões que proibirão as procissões nas ruas publicas, e até, porque não, a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos das frontarias das igrejas de culto, a proibição do uso de símbolos religiosos por parte dos cristãos, quem sabe até a proibição de um Bispo poder sair à rua nas suas vestes episcopais!
Ah pois, estou a exagerar!
Pois é precisamente com essa atitude que eles contam, a atitude do “não exageremos”, a atitude do politicamente correcto, a atitude de querermos viver a fé como se de coisa mundana e só mundana se tratasse.
Não, não sou adepto de guerras religiosas, nem de confrontos físicos, (já estive numa guerra, chegou-me bem), mas sou adepto, isso sim, de um testemunho forte e coeso dos cristãos, dos católicos reunidos em Igreja e por Ela acarinhados e defendidos.
Ou talvez não, (perdoem-me a “ironia”), talvez seja melhor deixar tudo andar até à proibição total, para que depois a Igreja sofredora e perseguida se erga na força do Espírito Santo, na força dos que derramam o seu sangue pacificamente pelo Deus de amor em que acreditam.
E hoje há muitas maneiras de derramar o “sangue”, mesmo sem ser o propriamente dito!
Volto ao princípio para dizer que não me incomoda particularmente a retirada dos crucifixos das escolas, mas sim que me incomoda e muito o que está por detrás dessa exigência, que me incomoda e muito a passividade dos cristãos e católicos, (nos quais me incluo), que me incomoda e muito a falta de uma tomada de posição firme e clara, da hierarquia da Igreja, que nos ajude e conduza no testemunho de vivência da Fé em Jesus Cristo, que dá sentido à vida humana, à vida que foi criada pelo Pai, no Espírito Santo, à Sua imagem e semelhança.
Dia de São Nuno de Santa Maria
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16 comentários:
Joaquim
Fiquei sem resposta.
Sou mesmo ignorante...valha-me Deus
Eu sou católica, mas acredite que neste momento em que o nosso País atravessa esta grande crise, em que a pobreza moral, fisica e material é o prato do dia...
Acho que nem me importa nada que tirem as cruzes todas das escolas e mesmo das igrejas, prefiro guardar a que trago no peito.
Acho justo que respeitem a minha religião porque também respeito aquelas que respeitam o ser humano. Perdoem-me mas eu nisto de religião estou muito crua, mas fé eu tenho.
No entanto admiro a sua coragem e a maneira de zelar por certas coisas.
Obrigada
Boa noite Joaquim!
Sei que escreve bem e este post é mais uma prova disso.Revela discernimento sobre a realidade do nosso país no que diz respeito à religião católica.
Há sim,por detrás de tudo o que tem sido divulgado,um plano muito bem delineado para introduzir alterações numa sociedade em que só uma minoria o pretende.Contam para isso com a demissão de certos núcleos da sociedade na defesa de interesses que são de quase todos.Essa minoria tem a seu favor uma militância que não desiste e a conseguir os seus objectivos,acabará com a estrutura da família e a consequente destruição do homem como ser espíritual.Também não me afecta em especial a retirada dos crucífixos.O que virá a seguir é que me preocupa.
Em Madrid os católicos vieram para a rua numa manifestação de repúdio.E cá como demonstramos a nossa não aprovação?Não podemos esquecer que neste momento estão já representadas na Assembleia da República forças com poder de persuação,porque sabem muito bem como o fazer principalmente no alicíamento da juventude.
Que o Espírito Santo ilumine a hierarquia da igreja nestes tempos bem conturbados.
Um abraço com aquela Paz que nos faz felizes
Hoje, é moderno não ter religião. Quem a tem é porque é retrógrado.
Então há que abolir os símbolos para que nada a faça lembrar.
Infelizes os que têm medo de afirmar a fé que professam porque não é politicamente correcto... ou porque não se pode ser aceite num grupo se se for cristão.
Então mete-se a fé no bolso não vá alguém apontar o dedo: "olha este também é dos tais!"
Gostei de ver na minha paróquia, na última festa recentemente, homens novos enfileirando a procissão, e com os andores, sem medo de assim se afirmarem de fé (uma certa surpresa para mim)... uma lufada de ar fresco!
Abraço em Cristo que nunca nos abandona, ainda que todos o neguem!
joaquim se eu não soubesse que foi vosse que escreveu este texto , dizia que tinha sido o meu pai , já o ouvi dizer milhares de vezes aquilo que vosse aqui escreveu , [são mesmo parecidos].
completamente de acordo amigo , se cedermos nisto , depois é naquilo ,
e mais aquilo e ainda aqueloutro ,
e quando dér-mos conta , estámos a viver no tempo em que nem se podia falar de deus quanto mais dizer que se era católico .
já cede-mos demais , agora está na hora de nos impormos .
esta é a minha opinião somente .
beijinhos amigos .
"Porque ao não mostrarmos a nossa forte indignação pela decisão de retirar os crucifixos das escolas, (que até pode ser uma decisão que em nada afecta a vivência da fé), estamos a caminhar muito rapidamente para as decisões que proibirão as procissões nas ruas publicas, e até, porque não, a retirada dos crucifixos e símbolos religiosos das frontarias das igrejas de culto, a proibição do uso de símbolos religiosos por parte dos cristãos, quem sabe até a proibição de um Bispo poder sair à rua nas suas vestes episcopais!
Ah pois, estou a exagerar!"
- Amigo Joaquim, não exagera nada, pois que tal já aconteceu, como sabe, na 1ª República, em que os padres foram proibidos de andarem na rua com as suas vestes (curioso que hoje preferem andar de fato ou blusões assim um pouco roqueiros!), as procissões foram igualmente proibidas, e muito muito mais haveria a relatar de actuações nefandas daqueles que os políticos de hoje veneram.
Eu creio que é algo de muito belo e poético termos numa sala de aula um crucifixo, num País maioritariamente cristão. Mas que tal facto incomodo muita gente, lá isso é verdade. Curioso, que esses republicanos e laicos gostam muito de sublinhar a liberdade religiosa para os muçulmanos, os budistas... mas no que diz respeito aos cristãos, hélas! Esses não! Esses não têm direitos! É uma longa guerra, esta...
Sem querer abordar as virtudes e pecados do Estado Novo, o facto é que os carbonários, maçónicos e republicanos laicos estiveram durante esse tempo todo muito "direitinhos" e "respeitosos", devidamente recolhidos nas suas tocas...
Excelente abordagem, meu caro amigo, com este seu texto, acerca desta problemática. Merecia ser publicado em jornal diário! (eu vou insistindo...).
Um Abraço!
Amigo Joaquim,
estou plenamente de acordo com o que disse e, sim, o que realmente me preocupa é a "nossa" passividade. Não podemos continuar a ceder em tudo!!! Mas, na verdade, seria muito bom existir uma tomada de posição por parte da hierarquia!
Um grandioso abraço amigo, em Cristo!
Amiga Utília
Trata-se tão só de não deixarmos que destruam tudo aquilo em que acreditamos e que vai para além da religião, pois faz parte do nosso passado, da nossa cultura.
Que Deus a abençoe.
Abraço amigo em Cristo
Amiga Concha
Infelizmente e pelo que hoje vi nas noticias a hierarquia da Igreja em Portugal prefere mais uma vez emitir umas notas que dizendo alguma coisa, não passam disso mesmo, notas.
Rezemos pela nossa Igreja.
Abraço amigo em Cristo
Obrigado Fa amiga por esse testemunho da presença de pessoas afirmando a vivência da fé.
Temo muito que o ataque aos símbolos da religião continue e cada vez com mais força, pois será o que vai acontecer ao perceberem que não são contestados.
Abraço amigo em Cristo
Amiga Teresa
Obrigado pelas tuas palavras!
Julgo que nós não temos de nos impôr, (eu percebi o que querias dizer), mas sim testemunhar com a nossa presença que discordamos frontalmente de todas estas atitudes.
Quanto mais não seja pelos votos, os partidos iriam entender.
Abraço amigo em Cristo
Amigo Cabral Mendes
Obrigado!
A verdade é que infelizmente temos por hábito só acordar quando o mal já está feito.
Damos as coisas como garantidas e só quando nos apercebemos que já não as temos é que reagimos e então, se não é já tarde, é pelo menos muito mais doloroso repôr o que nunca devia ter sido tirado.
Abraço amigo em Cristo
Amiga Sandra
Pelo que li hoje nos jornais a resposta da hierarquia não vai ao encontro do que nós esperávamos.
Rezemos continuamente, porque vêm aí sem dúvida tempos conturbados.
Abraço amigo em Cristo
Há uns anos atrás resolveram tirar os crucifixos de todas as salas de aula de uma escola bem conhecida lá para os lados do baixo Alentejo.
Um dia pensei (em voz alta) o que teriam feito a todos aqueles crucifixos... quem os tinha guardado e onde estariam guardados... questionei a sua pertença... afinal para onde foram? Será que foram entregues à Diocese, à paroquia ou à autarquia?
Resposta clara e evidente: talvez tenham sido muito bem guardados em parte (in)certa por aqueles que com ar de (in)sonsos disseram “não aos crucifixos nas salas de aula”...
Caro anónimo/anónima
Pois é, podem ter "guardados" para "colecção", ou então, e porque não...pelo sim pelo não...
Abraço em Cristo
A Igreja, (...), tem a obrigação, o dever, de ser forte guia, clara no pensamento e na Doutrina, sem ambiguidades,...
Mais do que nunca!
Mas é preciso tentar transformar, sempre que possível, a negatividade do mundo na positividade de Deus:
http://umjardimnodeserto.nireblog.com/post/2009/10/22/o-livro-mais-subversivo-do-mundo
A coragem é imprescindível para tomar posição contra os destruidores, mas só a Sabedoria pode vencê-los.
Um abraço.
Caro zedeportugal obrigado pelas suas palavras.
Tem toda a razão!
Abraço amigo em Cristo
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