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Quando neste fim de semana em Fátima escutava a passagem do Evangelho de São Lucas 1, 26-38, fiquei a reflectir sobre a resposta de Maria ao anjo Gabriel: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.»
Veio então ao meu pensamento, ou melhor, ao meu coração que, embora Maria naquele momento não conseguisse abarcar todo o Mistério da Encarnação do Filho de Deus a acontecer naquele anúncio, as suas palavras poderiam, pelo menos para mim, ser interpretadas mais longe do que o alcance comum que lhes é dado.
Com efeito, ao ouvirmos estas palavras da Virgem em resposta ao anjo Gabriel, logo vem ao nosso coração o Sim incondicional de Maria à vontade de Deus, o que é, obviamente, correcto.
Mas o que naquele momento, em Fátima, veio ao meu coração é que o Verbo é a Palavra de Deus, a Palavra de Deus é o próprio Deus, (como ensina a Igreja) e a Palavra de Deus “definida” com simplicidade é a vontade de Deus para nós.
Então Maria ao dizer Sim e ao dizer «segundo a tua palavra», como que está a dizer também: Que a Palavra aconteça em mim, que o Verbo tome a carne em mim.
E assim logo veio também ao meu coração o Evangelho de São João: «E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco.» Jo 1, 14
Julgo que o que agora escrevo nada acrescenta ao que sabemos e acreditamos, mas foi a primeira vez, em toda a minha vivência cristã, que tal “explicação” entrou no meu pensamento e no meu coração.
Obrigado, Mãe Santíssima, pelo teu Sim.
Obrigado, Senhor Jesus, porque em Maria Te quiseste fazer igual a nós em tudo, excepto no pecado.
Marinha Grande, 10 de Novembro de 2025
Joaquim Mexia Alves

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