.
.
Quando reflectia sobre o Tempo do Advento que tem início neste Domingo, veio ao meu pensamento este velho ditado.
«Quem espera, desespera»
Pensei então que, em relação ao Advento, este ditado está totalmente errado.
Com efeito, a espera no Tempo de Advento, é uma espera segura, certa, infalível, porque Aquele por Quem esperamos, já está no meio de nós, tendo-se feito carne, como nós, há mais de dois mil anos, tendo vivido entre nós e por nós tendo dado a vida, ressuscitando glorioso.
O ditado referido remete-nos para uma espera ansiosa por algo que pode causar impaciência, ansiedade e frustração, levando a um estado de desespero.
A espera do Natal deve levar-nos a uma espera segura, paciente, na certeza de que O que esperamos se faz realmente presente em nós e para nós.
É uma espera em oração, em entrega, em reflexão, em reconciliação com Deus, connosco próprios e com os outros.
Uma espera assim, envolta em oração, é sempre uma espera bonançosa, uma espera cheia de alegria, uma espera que nos edifica e anima.
Não é uma espera sentado, sem nada fazer, mas sim uma espera activa, uma espera que caminha, uma espera que nos vai moldando no amor de Deus.
Afinal aquele ditado, nestas cerca de quatro semanas que vão decorrer, deve ser substituído por um versículo da Bíblia que define bem a espera neste Tempo do Advento: «A esperança não engana» (Rm 5, 5)
Marinha Grande, 26 de Novembro de 2025
Joaquim Mexia Alves

Sem comentários:
Enviar um comentário