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Nestes primeiros passos, deste caminho quaresmal, levado por Ti, Senhor, encontro a minha cruz.
Está pelo chão, porque muitas vezes eu não a coloco aos ombros, para a levar comigo.
E, no entanto, Senhor, Tu dizes-nos que devemos tomar a nossa Cruz para Te seguirmos.
Reflicto, Senhor, que muitas vezes sou mais rápido a querer ajudar os outros a levarem as suas cruzes, do que me apresto a levar a minha.
Talvez, Senhor, ou de certeza, porque reconhecer as cruzes dos outros, ou pensar que as reconheço, ser bem mais fácil do que reconhecer a minha própria cruz.
E nesta reflexão, Senhor, não penso nas tribulações e provações da vida do dia a dia, mas sim nas fraquezas, nos defeitos, nos erros tantas vezes cometidos.
Realmente é tão mais fácil dar conselhos, como quem ajuda os outros a levar a cruz, do que ouvir conselhos ou, se quer, aplicar os conselhos que dou a mim próprio.
Como posso eu querer ajudar outros a levarem as suas cruzes, se deixo a minha pelo chão e não a aceito na minha vida?
Esta cruz em que penso, é a cruz dos meus pecados cometidos, das tais pequenas faltas que repito diariamente e, tantas vezes, não as quero reconhecer ou reconhecendo-as, não faço tudo para as ultrapassar e para as vencer.
Realmente, Senhor, é tão mais fácil ver a cruz dos outros e querer ajudá-los a levá-las, como se isso substituísse a necessidade imperiosa de colocar a minha cruz aos ombros e transportá-la em cada dia da minha vida.
Ajuda-me, Senhor, nesta Quaresma, a reconhecer a minha cruz, a colocá-la sobre os meus ombros e a levá-la com todo o amor, e então sim, poderei ajudar outros a levarem também as suas cruzes.
Ajuda-me, Senhor a encontrar-me verdadeiramente, porque encontrando-me, encontro-Te a Ti em mim.
Garcia, (escritos em adoração)
Joaquim Mexia Alves
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