quinta-feira, 20 de março de 2025

QUARESMA 2025 V

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Diante de ti, Senhor, leio e medito no Evangelho de hoje, luz em mais este dia de caminhada Quaresmal.

Oh, Senhor, o que seria de mim se me julgasses com a severidade com que tantas vezes eu julgo os outros?
Se me condenasse como tantas vezes condeno os outros?
Se não me perdoasses ou fosses lento a perdoar, como tantas vezes eu faço com os outros?

E afinal quem sou eu, Senhor, para julgar os outros, para condenar os seus actos, quando tantas e tantas vezes caio nos mesmos erros e fraquezas?

Tantas vezes deixo os meus pensamentos criticarem meu irmão, julgarem as suas atitudes, sem ter em conta que eu sou tão pecador como ele ou até talvez mais do que ele.

E, no entanto, quanto erro corro para Ti, ansioso pelo Teu perdão, desejoso que não me julgues com severidade, sabendo eu, acreditando eu, que a Tua misericórdia é sempre maior que o meu pecado, quando dele me arrependo.

Como posso eu ter um coração duro e fechado ao outro, se digo que Te amo, a Ti, que a todos amas sem exceção, nem acepção.

Pobre de mim que nem reconheço as minhas fraquezas, os meus julgamentos errados, as minhas faltas tantas vezes repetidas.

Ajuda-me, Senhor, a olhar os outros com o Teu olhar de misericórdia.
Ensina-me a ver em mim os erros que aponto aos outros.
Leva-me, Senhor, a perdoar como Tu me perdoas

Nas Tuas mãos entrego o meu querer, o meu ser, o meu viver.

Não me julgues com severidade, Senhor, nem uses a medida que eu tantas vezes uso com os outros.

Em vez disso abre o meu coração, Senhor, para pesar sempre primeiro as minhas faltas e, reconhecendo-me pecador, ter sempre um olhar de compaixão para com os outros que cruzam a minha vida.

Abre o meu coração, Senhor, e habita nele, para que sejas Tu e apenas Tu, o pulsar do amor que me dá vida.






Garcia, 17 de Março de 2025
Joaquim Mexia Alves
(escritos em adoração)

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